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Jonasnuts

Jonasnuts

A vaga de frio

Jonasnuts, 10.01.10

Está tudo muito chocado e transido de frio, e admirado.

 

Informação à navegação: Estamos em Janeiro, Inverno, é suposto que faça frio, caraças. Aliás, é suposto que faça um frio do caraças.

 

Agasalhem-se a curto prazo, e poupem e reciclem a médio prazo. A longo prazo? Não sabemos, ninguém sabe.

Caro Governador Civil de Lisboa

Jonasnuts, 08.01.10

Não nos conhecemos, mas decidi ler a entrevista que deu à última Visão, provavelmente porque o enfoque era dado, nos títulos e imagens que acompanhavam a entrevista, em temas que me interessam, Facebook, redes sociais enquanto ferramentas de trabalho, etc.

 

Devo desde já esclarecer que não sou uma crente em tudo o que leio e sei, por experiência própria, o quão deturpadas podem ser afirmações que fazemos, quando as lemos mais tarde impressas em qualquer jornal ou revista.

 

Não dou, por isso, demasiada importância ao que leio, principalmente se for escrito na comunicação social tradicional. Assumo-me como descrente, além de que a minha opinião vale o que vale, que é pouco ou quase nada. A minha opinião tem apenas a enorme vantagem de ser a minha, o que apenas me beneficia a mim.

 

Li no entanto algo que, não sendo novidade quando dita pelos novos adeptos das novas tecnologias, suscita habitualmente em mim um levantar de sobrancelha, a saber:

"Para ele, o envolvimento de um político nas redes sociais permite, em muitos casos, antecipar situações, perceber quais as opiniões dominantes. "Às vezes até dá para saber quais vão ser os assuntos em destaque no dia a seguir", diz".

 

É verdade, mas apenas parcial, e pode ser uma falácia.

 

Senão vejamos, não é a maioria dos portugueses que tem acesso à Internet, portanto, a opinião dominante não pode ser recolhida, a não ser por extrapolação que, como se sabe, tem muitos perigos, é uma espécie de generalização teoricamente científica e, como se costuma dizer, as generalizações são perigosas.

 

Notemos ainda que, os que têm acesso à Inernet são pessoas com um maior poder de compra (embora esta tendência esteja a ser absorvida pela massificação) e que pertencem a uma classe social que não é, infelizmente, a da maioria dos portugueses. Novamente, opiniões dominantes por extrapolação.

 

Não esquecer que, para além de tudo, dos que estão online, será uma imensa minoria, aquela que emite opinião relevante ou que ultrapasse o domínio exclusivamente pessoal. A sério. A grande maioria dos Blogs, não são dos políticos, ou de intervenção social, ou de opinião. Se quiser aprofundar esta minha última afirmação, é ver uma coisa que escrevi há uns tempos.

 

Portanto, quem anda online não é a maioria, é uma minoria privilegiada, a maior parte não produz conteúdo e, não esquecer que no meio de tão pouca gente, meia dúzia de intervenientes podem fazer a diferença. É por causa disto que parte da sua afirmação é verdadeira, dá de facto para saber "quais vão ser os assuntos em destaque no dia a seguir" mas apenas porque as redes sociais e blogosféricas são muitíssimo frequentadas por jornalistas (e ainda bem, se quer mais uma opinião minha).

 

E, por último, além de tudo o que já referi antes, convenhamos que, para seguir um político no Facebook é preciso que esteja interessado no que essa pessoa possa ter para dizer e, como sabemos, a grande maioria dos portugueses não se interessa pelo que os políticos têm para dizer (não vale contar com  o número de participantes nos Fórum da TSF que são especialistas em fazer um enorme número de vozes diferentes. Parecem muitos, mas são poucochinhos).

 

Isto já está muito comprido, mas está quase a terminar e assim como assim ninguém leu até aqui.

 

Eu percebo o sentimento de deslumbre com a aparente proximidade que as "novas" tecnologias proporcionam, a sério que percebo, melhor do que gostaria. É extraordinário o potencial enquanto ferramenta de comunicação. Mas há que atingir um ponto de equilíbrio e, sobretudo, não nos deixarmos cair no logro de que estamos todos ligados, e que as pessoas que nos seguem e que nós seguimos representam um todo.

 

É um abismo onde se cai, e de onde se pode demorar algum tempo a sair.

 

Para um conhecimento mais profundo do que, de facto, pensa a maioria, é comprar os jornais desportivos, lê-los num café, de preferência um estabelecimento que tenha uma televisão sintonizada num noticiário da TVI ou nas tarde da Júlia, e estar de ouvido atento aos comentários e às notícias que prendem a atenção das pessoas. Aí sim, vai sentir o pulsar da nação.

Os simpáticos

Jonasnuts, 07.01.10

Tenho para mim que, na maioria dos casos, dizer que uma pessoa é simpática, não é propriamente um elogio, e este post não é excepção.

 

Já aqui falei de trolls, aqueles palermas que infestam caixas de comentários com provocações, insultos, assédio, etc., na tentativa de sei lá o quê; terem uma vida?

 

Mas acho que nunca aqui falei dos simpáticos. São trolls na mesma, mas disfarçam a trollice com simpatia.

 

Ao contrários dos trolls tradicionais, nunca acrescentam nada com o seu comentário. É mais do mesmo. Concordam serenamente. São, tipicamente, elogiosos e até bajuladores.

 

Não se enganem, estes simpáticos não estão interessados no que vocês escrevem, nem estão interessados em concordar, discordar ou acrescentar ao que vocês escreveram. Estes trolls disfarçados ouviram dizer algures que, participar, comentando, em muitos blogs, lhes dá mais tráfego e relevância, porque as pessoas seguem os links que vão deixando nos comentários, dando-lhes visitas.

 

Engano, claro, as pessoas só seguem links nos comentários, se o comentário for minimamente interessante, mas pelos vistos isso não é óbvio para os simpáticos.

 

Têm proliferado, estes caramelos, ultimamente até aqui têm andado (devem andar desesperados, coitados), deixam comentários simpáticos com, tem toda a razão, ou gostei muito disto (mesmo que o post seja sobre cemelhas), e mais nada.

 

Mal por mal, prefiro os outros. Ao menos sempre acrescentam alguma coisa. Merda, mas mesmo assim alguma coisa.

 

Ainda não percebi muito bem qual é a estratégia para os simpáticos (para os outros tenho uma estratégia definida que nunca falhou até hoje). Vamos ver, se este post não é o início duma estratégia anti-simpáticos.

Lá ando eu à volta das escolas, outra vez.

Jonasnuts, 07.01.10

Volta não volta meto-me nestas coisas, por necessidade, claro.

 

Está na altura de decidir em que escola ponho o puto para o próximo ano lectivo. O meu filho sempre andou em escolas particulares, mas desta vez, decidi-me pelo público, sou, portanto, marinheira de primeira viagem nestas coisas das inscrições e dos registos e dos agrupamentos e das burocracias.

 

Poderia pensar-se que nos dias de hoje, com a web, a coisa seria fácil de fazer (ou de aprender), mas parece que não.

 

Saber a que agrupamento escolar pertence a minha área de residência parece ser um segredo bem guardado, online, pelo menos. As recomendações que tenho recebido mandam-me à junta de freguesia da minha área de residência, fazer a pergunta. Tendo em conta que é informação automaticamente georreferenciada, não deve ser difícil fazer um site do tipo, coloque aqui a sua morada, e nós dizemos quais os agrupamentos. Não sei, talvez seja impressão minha.

 

Saber quais as escolas que tenho à minha disposição, independentemente da minha área de residência, e o que é que tenho de fazer, dentro de que prazos, para inscrever o meu filho, com que grau de certeza de que fica na escola que escolhi, também é difícil, ou sou eu que estou à procura no sítio errado.

 

Horários das escolas, por anos, também é coisa que não encontro (pelo menos para as escolas que estão na minha short list).

 

E depois, aquela coisa, sobre a qual eu até entendo que ninguém escreva (mas já merecia), que é prática comum, a de aldrabar a morada para se conseguir que os putos fiquem na escola onde pretendemos que, de facto, fiquem. Tanto post a explicar como é que se fazem bombas, e como é que se fazem outras coisas menos próprias, e uma coisa simples, que aparentemente toda a gente faz (mas eu não conheço ninguém que faça, claro), e não há um post com um passo-a-passo para explicar como é que se faz a coisa, alegada e hipoteticamente, claro.

 

É, chamemos-lhe assim, um admirável mundo novo que estou a descobrir.