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Jonasnuts

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Odeio o Sol

Jonasnuts, 22.02.09

Não é que eu odeie de facto o Sol, que não.

 

Mas odeio este jeitinho portuga, de meter um bikini e ir para a praia e invadir as esplanadas, ao menor sinal de Sol. Ontem em Oeiras e em Carcavelos era vê-los e vê-las, a darem banhos de sol às banhas acumuladas durante o Inverno. Nada contra, cada um dá banho ao que tem, o problema é que me invadem as esplanadas.

 

Eu acho que os frequentadores de Inverno das esplanadas deviam ter prioridade. Que merda é esta, eu que sou frequentadora durante todo o ano, chegam uns raios de sol e tunga, tenho de ir para a bicha. Ainda por cima, esta gente que hiberna durante o Inverno é madrugadora, portanto, com sol, ou me levanto antes das 10h00 ou não tenho lugar, que parece que os gajos acamparam ali durante a noite, e ocupam os lugares aos primeiros raios de Sol.

 

Que caraças pá.

Velocidade

Jonasnuts, 21.02.09

São rápidos, os nossos tempos.

 

Rapidez parece ser a palavra de ordem. Queremos tudo, mas acima de tudo, queremo-lo rapidamente.

 

A grande diferença entre o meu tempo e o tempo da minha avó é a velocidade com que se fazem as coisas. Fazemos tudo mais rapidamente. Queremos tudo mais rapidamente. Com menos trabalho também, mas sobretudo mais depressa.

 

 

Queremos andar mais rapidamente, queremos comunicar mais rapidamente, queremos comer mais rapidamente.

 

Tudo para poupar tempo.

 

Para que tenhamos mais tempo, para gastar mais rapidamente.

 

O carro mais rápido, a ligação à Internet mais rápida, o computador mais rápido. Queremos tudo instantaneamente.

 

O que é que fazemos com o tempo que sobra, porque fazemos tudo mais rapidamente? Arranjamos mais coisas, para fazer rapidamente.

 

Passamos rapidamente pelas coisas, e deixamos que elas passem rapidamente por nós. É tudo efémero, descartável, passageiro, transitório.

 

Vivemos a vida num ápice e, vai-se a ver, as coisas melhores, são as que não descartamos, são as que vivemos devagar, são as que saboreamos, mais do que as que devoramos.

 

 

Não quero voltar ao tempo da minha avó, mas quero aprender a andar mais devagar.

 

Há alguma escola?

Índios e Cowboys

Jonasnuts, 20.02.09

Detesto o Carnaval, não é de agora e fica feito o disclaimer.

 

Nunca forcei o meu puto a mascarar-se. Detesto ver criancinhas com 6 meses, mascaradas. Aos 6 meses ninguém pede para se mascarar, são os paizinhos que gostam de ver o querubim com uma fatiota que eles sempre desejaram ter, mas nunca puderam. Já se fazem fatinhos de sevilhanas para 1 ano?

 

O meu puto tinha 2 anos, quando a educadora disse que era para ir mascarado. 2 anos? Mas eles com 2 anos sabem lá se aquilo é roupa normal ou se é máscara. É-lhes indiferente. Para não ser o único a destoar do resto da turma lá foi, com a concessão possível, vestido com o equipamento do Benfica Glorioso.

 

Depois começou a gostar, e a fazer pedidos específicos. Buzz Lightyear, Homem-aranha, tartaruga ninja, estrela de rock, guerreiro medieval. Este ano queria ir de cowboy (?). Calças de ganga, camisa aos quadrados, lenço vermelho, cinto, chapéus. Ó mãe, mas é um cowboy moderno. Moderno? Sim mãe, porque vai de ténis, tem uma capa preta, e usa óculos escuros.

 

Lá foi, esta manhã, entusiasmadíssimo, achando que aquilo era o supra sumo da farinha amparo, mas na realidade mais parecia um assaltante de bancos mexicano.

 

Os putos arranjam sempre imensos problemas aos pais. A minha irmã lixou-se. Ó filho, queres mascarar-te de quê? De Pokémon. Pokémon? Isso é muito complicado, tens de escolher outra coisa. Está bem mãe, se não pode ser Pokémon, posso ir de caranguejo. Dá-se uma segunda nega? Não, trabalha-se numa fatiota de caranguejo, desejando ardentemente não ter dado a primeira nega, enquanto se faz mais uma das muitas patas de caranguejo.

Mistérios da condução

Jonasnuts, 19.02.09

Há vários mistérios relacionados com a condução, mas hoje debruço-me sobre o paradigma quanto mais caro é o carro menor é a probabilidade de ter um kit mãos livres.

 

Nunca repararam? Comecem a prestar atenção e verão que é verdade.

 

Senhores donos dos carros caros, se o vosso problema são os furinhos no tablier, informo-vos que há uns auriculares mãos livres que se ligam via bluetooth ao vosso telemóvel (que provavelmente é daqueles carotes e cheios de geringonças que vocês não sabem para que é que servem), e não precisam de furar o precioso carro para instalarem um daqueles calhamaços onde encaixa o telefone. É um gadget altamente tecnológico, e quem o usa fica com um ar bestialmente moderno, o que significa que mesmo sendo mais entradote, fica imediatamente com um manto de juventude e vanguardismo mais a condizer com o bólide. Há vários modelos, uns mais cromados outros menos cromados, podem comprar aquele que vai melhor com a cor do carro, ou com a cor da gravata.

 

Mais especificamente para as senhoras, a mesma informação, mas de forma mais adaptada ao target. Sabem meninas, colocar a chamada em alta voz, mas pegar no telefone e aproximá-lo da boca para poderem falar, continua a dar multa. Portanto, estarem de telefone na mão junto à boca ou junto à orelhinha vai dar ao mesmo. Não é preciso, há um brinco bestial que eles inventaram agora, onde se ouve a voz de quem está ao telefone convosco, e que faz com que oiçam o que vocês dizem. É magia, não é importante que percebam como é que funciona, o que é importante é que vos permite terem as mãos livres para poderem segurar o volante (que provavelmente está a 2cm dos vossos ombros). Há em várias cores, uns acendem um luzinha azul, outros uma luzinha vermelha, podem ter vários para combinar com as cores das farpelas que trazem vestidas ou com a cor da unha de gel.

 

Quem é amiguinha, quem é?