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Jonasnuts

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Violência na Internet

Jonasnuts, 25.01.09

Há uns anos, quando se falava de Internet e as pessoas perguntavam "inter-quê?", os factos mais frequentemente associados à Internet eram a pornografia e as fraudes com cartões de crédito. Perdi a conta às reportagens que vi nos órgãos de comunicação social tradicionais, assinados por pessoas com know how para saberem fazer melhor, que martelavam nestas duas teclas. Na altura, eu nem dizia às minhas avós o que é que fazia na vida. Para elas, eu trabalhava com computadores, e está a andar.

 

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

 

Nos dias que correm, a moda é associar a Internet a casos de pedofilia e a casos de violência.

 

Isto tudo a propósito de um título de uma notícia no site da RTP. Violência na Internet é uma realidade preocupante (aqui), com um vídeo (que não vi), e com um pequeno texto que diz "É uma preocupação que chega com as novas tecnologias e plataformas de distribuição de vídeo. Há cada vez mais adolescentes portugueses a publicar na Internet imagens que retratam cenas violentas e de ameaças à integridade física".

 

Primeiro falam genericamente das novas tecnologias como se qualquer tecnologia relacionada com a Internet tivesse chegado apenas agora. Caramba, há plataformas de alojamento de vídeos há anos. E depois, fiquei sem perceber se o que os preocupa é a violência (e nesse caso porquê restringir a coisa à Internet), ou se estão preocupados com o facto das pessoas agora poderem publicar as tais imagens a retratar violência. Chateia-os que haja violência ou que essa violência seja denunciada e exposta?

O sururu do Twitter

Jonasnuts, 24.01.09

Existe há algum tempo, o Twitter, mas parece que só agora é que colou. Só agora é que parece começar a estar na moda em Portugal. Eu confesso, sou uma céptica do Twitter, e explico porquê.

 

Por todas as razões apontadas aqui pelo Bitaites.

 

E porque, se olharmos um bocadinho para trás, verificamos que, na sua origem, os Blogs começaram por ser isso mesmo, uma plataforma que servia, basicamente, para troca e partilha de links, com pequenas recomendações.

 

Depois os Blogs evoluíram, tecnológica e socialmente, e são hoje plataformas muito mais completas, que, dêem-lhes uns mesitos e começam a tirar cafés. Longe dos tempos em que era preciso alguns conhecimentos técnicos, e em que as plataformas eram algo limitadas, os Blogs são hoje potentes ferramentas que incorporam tudo (áudio, vídeo, imagens, formulários, java, ajax, e demais parafernálias que a malta se lembre de lá colocar.).

 

De regresso ao Twitter. Faz lembrar um bocadinho o início dos Blogs, embora com ferramentas de publicação mais facilitadas. Tem um bocadinho de componente social, por causa daquela coisa dos seguidores e dos seguidos. Mas não vejo, assim de repente, qualquer espaço de evolução. Mas hey, posso estar enganada. Assim como assim, também não era uma fanzoca dos Blogs, que tiveram de me conquistar.

 

Mas, está na moda, lá isso está.

 

E porque está na moda, e é in estar no Twitter, toda a gente lá quer estar. Não sabem muito bem porquê, mas sabem que querem. E vão e chegam, e abrem contas (que é uma coisa facílima de fazer) e configuram o que há a configurar. E descobrem o TwitterFeed que descarrega para o Twitter os posts do Blog, e depois descobrem que podem colocar no Blog um widget com os posts do Twitter, que usam para descarregar os feeds do Blog..... estão a ver onde é que isto leva, certo? Ao loop infinito.

 

No site da presidência da república (isto deveria estar com maiúsculas?) anunciou-se há uns dias que já tinham um Twitter. Hoje vi um Twit do Carlos Vaz Marques, curioso acerca do facto do Twitter da presidência seguir o Twitter Oliveira Salazar. Cheira-me que alguém na presidência se entusiasmou com a história dos seguidores e decidiu angariá-los a qualquer custo, activando o "seguir todos os que me seguem". Por acaso foi um Oliveira Salazar que suscitou curiosidade. Se em vez do Oliveira Salazar fosse um "Cavaco é burro" (isto para não ser ainda mais politicamente incorrecta), já não suscitaria curiosidade, suscitaria outras coisas.

 

Isto tudo porque nestas coisas da representação de imagem no meio virtual, ainda não há (que eu saiba) em Portugal quem possa aconselhar as pessoas públicas que querem estar, mas não sabem como. Qualquer assessor de imagem deveria ter formação nesta área. Mais, esta vertente da assessoria de imagem não é sequer valorizada, tudo isto é, aparentemente, tão fácil, que qualquer pessoa pode fazer. Faz-me lembrar os tempos em que as empresas não queriam os serviços das agências de publicidade, para o online (sites) porque "o meu sobrinho percebe de computadores e faz-me isso de borla" (eu ouvi isto, por mais do que uma vez, da boca de directores de marketing, mudando apenas o parentesco de ligação ao carola dos computadores.).

 

É tudo tão mal enjorcado, tão pobrezinho mora longe. É aflitivo o atraso de Portugal nesta área. Somos os reis do desenrasca, mesmo quando não precisamos de ser desenrascados.

 

Só nos enrascamos.

Para quem se interessa sobre publicidade online

Jonasnuts, 24.01.09

Recomendo vivamente a leitura atenta deste post do Enrique Dans sobre o tema. Especialmente recomendado a anunciantes, agências de publicidade (mais especificamente sobretudo se  se tratar duma "especializada" em publicidade online), e áreas comerciais de portais ou grandes sites.

 

Vão, e vejam se aprendam qualquer coisinha.

 

Andamos nisto há anos, e vocês ainda não perceberam nada.

Isto, meus senhores, só na América

Jonasnuts, 23.01.09

Beanie_Babies_sells_dolls_called_Sasha,_Malia_-_Inauguration_-_MSNBC.com-20090123-235230.jpg

 

Estas bonecas foram lançadas no início de Janeiro. Uma é a Sasha e outra a Malia, coincidência das coincidências, têm os mesmos nomes que as filhas de Barack Obama.

 

A empresa que as lançou no mercado afirma que não pretende emular as criancinhas presidenciais, pois claro que não.

 

Cada uma tem o preço recomendado de USD 9.99.

 

 

Isto é um daqueles posts que eu não posso escrever

Jonasnuts, 23.01.09

Se vocês soubessem a quantidade de gente com tempo a mais e ocupação a menos que se "ocupa" a observar a vida dos outros, e a tentar castrar (não me ocorre outra palavra) toda e qualquer opinião que saia, mesmo que ligeiramente, do politicamente correcto, admirar-se-iam.

 

E os que no meio do discurso escrevem "liberdade de expressão" em maiúsculas, são aqueles que mais frequentemente tentam atropelar essa mesma liberdade de expressão. Democracia madura? Nós? Nem pensar. Temos tanto, mas tanto ainda que aprender.

 

A minha caixa de correio é um bom barómetro. Em vez de cada vez haver menos, cada vez há mais.

 

Caraças.

 

Cada vez detesto mais o politicamente correcto. Nunca gostei muito, mas a aversão cresce a par e passo das mensagens que me chegam à caixa de correio.