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Jonasnuts

Jonasnuts

Lápis Azul

Jonasnuts, 06.08.08

Desde o tempo do Terràvista que, uma das minhas tarefas passava por encontrar conteúdos que colidissem com os termos de utilização do serviço, e removê-los, informando o dono dos conteúdos acerca do sucedido, e que cláusula dos termos de utilização é que tinha sido violada.

 

Chamavam-me o Lápis Azul do Terràvista, e por mais que eu tentasse explicar que não se tratava de censura, mas do cumprimento dos termos de utilização, ninguém deixava de me chamar lápis azul (e outras coisas menos simpáticas, ainda deve haver por aí online uns resquícios dos mimos com que me presenteavam :)

 

Há mais de 10 anos, num serviço que estava sob a tutela do Ministério da Cultura, este posicionamento fazia sentido (e mesmo assim foi o que foi, mas pronto, isso agora não interessa nada).

 

Com o evoluir das mentalidades, e dos conteúdos e da internet em geral, esse posicionamento, de alojador "controlador" da moral e dos bons costumes deixou de fazer sentido. Hoje em dia é MUITO raro remover seja o que for, e apenas são removidos os conteúdos que gritante e visivelmente são ilegais. Há anos que não apago um Blog.

 

Mas, é raro o dia em que não chega um pedido de remoção. Pessoas que com o tempo a mais que têm em mãos, andam à cata de conteúdos que pensam ser ofensivos da (sua) moral e dos (seus) bons costumes.

 

Seja porque é um Blog que tem umas maminhas à mostra, seja porque tem uma opinião contrária à do queixoso, seja porque é um Blog que denuncia uma empresa grande, as pressões para que se removam os conteúdos de terceiros, por dá cá aquela palha, sem qualquer legitimidade legal, chegam, todos os dias.

 

Esta coisa das mentalidades educa-se, e é isso que fazemos, aqui, todos os dias. Até já temos uma mensagem de mail pré-definida. Se pensa que é ilegal, deverá apresentar queixa junto das autoridades competentes. Se discorda do que está escrito no Blog (ou na Homepage) em causa, pode sempre usufruir da liberdade de expressão que existe em Portugal desde o 25 de Abril de 1974 e criar um Blog onde exponha os seus pontos de vista.

 

Get a life.

Abrandar

Jonasnuts, 06.08.08

Normalmente quando vou de férias, demoro uma semana até conseguir desligar quase completamente. É uma semana de férias quase perdida, porque o telefone toca, o ritmo, apesar de mais brando, não é aquele completamente calmo. Não são só as solicitações exteriores, é também o meu próprio ritmo, ando acelerada durante uns tempos, até conseguir abrandar.

 

Ora, convenhamos, isto é um disparate. Este ano optei por uma estratégia diferente. Comecei a abrandar antes de tempo. Trabalho normalmente, mas já comecei a desligar, já não vejo tantas vezes o mail quando estou em casa, já não estou colada ao computador durante grande parte da noite, já estou a abrandar.

 

Resultado? Acho que, pela primeira vez na minha vida, estou de facto ansiosa pelo fim da semana, e pelo início das férias.

 

Buzz

Jonasnuts, 06.08.08

Gosto de quizzes. Apesar de ter muitas consolas em casa, não jogo muito. Buzz, Mario Kart, Guitar Hero, Sing Star e pouco mais.

 

Ontem estive a jogar Buzz TV, o último jogo que saíu. Aquilo não tem muito que saber, a mecânica é sempre mais ou menos a mesma.

 

A voz do Jorge Gabriel irrita um bocadinho, a partir de determinado momento, mas pronto.

 

Agora, aquilo tem bugs. Não só perguntas com respostas erradas como, mais grave, na pronúncia do inglês. Esperar-se-ia que um jogo que custa cerca de €40, e que tem uma produção relativamente cuidada, tivesse contratado para a locução das perguntas uma pessoa que soubesse falar nglês. Mas não, contrataram o Rui Branco, uma das mais antigas vozes da locução em Portugal. Ninguém põe em causa a qualidade da voz. O Rui é um bocado surdo, mas tem uma belíssima voz. O problema é que não sabe falar inglês. Nunca soube. Se havia locuções com palavras em inglês o Rui era automaticamente excluído da pré-selecção (isto no tempo em que eu me movimentava nessas áreas das locuções e das publicidades).

 

No caso do jogo, não só escolheram uma pessoa que não pesca um boi de inglês como, em estúdio, não tinham ninguém que o corrigisse.

 

O resultado é, por vezes, tão hilariante que desconcentra uma pessoa. Faz-me perder pontos.

 

Não percebo, nem a escolha, nem o facto de terem deixado aquilo sair assim para o mercado.