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Jonasnuts

Jonasnuts

Eu vou, mas devagarinho

Jonasnuts, 06.06.08

Sou uma comodista. A verdade é que há poucos artistas que me levam a sair de casa para os ir ver. E, quando isso acontece, gosto de vê-los comodamente. Na Aula Magna é nos doutorais, no Coliseu é nas cadeiras de orquestra, enfim..... gosto pouco de ajuntamentos, pisadelas, encontrões, gente que fala alto, cabeças à minha frente e demais idiossincrasias dos grandes concertos tipo tudo ao molho e fé em Deus.

 

Posto isto, hoje vou ao Rock in Rio.

 

 

Não fui eu que escolhi o dia, eu por mim nem lá punha os calcanhares, tendo em conta o parágrafo inicial deste post, mas sempre me vou treinando para quando tiver de levar o meu puto, num dos próximos eventos.

 

Ontem vi o cartaz, e nestas coisas, são apenas referidos os cabeças do dito cujo. Ok, faz sentido, são tantos os palcos e os grupos e os artistas, que se falassem de todos, não chegava o espaço.

 

Então, na comunicação do festival, os cabeças de cartaz, para hoje são:

 

Linkin Park

The Offspring

Muse

Kaiser Chiefs

Orishas

 

Acho muito bem, e devem ser todos muito bons e muito animados e muito profissionais e muito apreciados mas para mim, meus senhores, os cabeças de cartaz, seja onde for que actuem, são os Clã (mas este Clã também é muito bom)

 

(Há-de entrar aqui uma foto, se o autor der permissão).

 

Quem já os viu ao vivo, saberá do que falo. Quem anda não os viu ao vivo, que não perca a oportunidade.

 

Às 19h50, não estarei a ver os tais dos Orishas no palco principal. Vou estar a ver Clã no tal do Sunset. E quando acabar Clã, se calhar ainda me socorro do iPod :)

Mal generalizado

Jonasnuts, 04.06.08

Parece que não é só por cá que os meios de comunicação social inventam sobre temas que desconhecem.

 

Aparentemente a Vanity Fair publicou um artigo sobre Internet, as suas origens e os seus protagonistas onde refere (again) Al Gore, e onde deixa de lado qualquer empresa não americana, não refere o Firefox nem o Google e mais uma catrefada de omissões desse calibre.

 

Não sei se me alegre se me entristeça.

 

Não estamos sós, mas na mediocridade. Não me parece grande consolo.

 

Via Techcrunch

Das palavras

Jonasnuts, 02.06.08

Sempre que me refiro ao momento em que  o meu filho estava a nascer, uso o verbo parir.

 

Noto, no entanto, que muitas pessoas torcem o nariz, e ficam a olhar para mim de lado.

 

Quando as questiono acerca da alternativa, falam-me com frequência em "dar à luz". Ora, dar à luz é ligar um interruptor, e é um eufemismo tão poeticamente distante da realidade de um parto, que me soa sempre deslocado. Dar à luz não tem nada a ver com um parto.

 

Quando eu dei à luz, foi esta manhã quando acendi a luz da casa de banho.

 

Dizem-me que parir, parem as vacas.

 

Assim, quais são as alternativas, sendo que "dar à luz" não é uma opção?

Mudam-se os tempos.....ou nem por isso

Jonasnuts, 01.06.08

Há quase 15 anos (mais coisa menos coisa), quando me despedi da agência de publicidade onde trabalhava (e era do quadro e essas coisas todas) e fui trabalhar, a recibos verdes, a ganhar menos, num projecto que tinha a ver com internet, a maioria das pessoas chamou-me maluca. A família não, que não vale a pena ser redundante, que eu era doida já eles sabiam há muito tempo.

 

Pronto, pirou, vai trabalhar naquela coisa dos computadores.

 

Quando eu imprimi nos meus cartões pessoais, o meu endereço de mail, era invariável a pergunta, o que é isto aqui com o caracol?

 

Passados uns tempos, quando eu dizia que trabalhava num projecto que tinha a ver com internet, olhavam para mim de lado, e rosnavam - aquela coisa da pornografia.

 

Mudam-se os tempos, mudam-se os medos, passados uns tempos, internet era sinónimo de fraudes com cartões de crédito.

 

Com a massificação, veio a habituação, mas os velhos do Restelo, que têm medo das coisas relacionadas com o que desconhecem e com o que não querem conhecer, hão-de sempre inventar coisas, para tentar que os que os ouvem se afastem. Não por não terem interesse, mas por terem medo.

 

Agora, parece que a nova vaga diz que quem tem blog é terrorista.

 

A minha família já não liga, a minha mãe também faz parte da seita terrorista, mas irrita que persista a tentativa de associar coisas negativas (e não exclusivas deste meio, já agora), por puro desconhecimento e ignorância.

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