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Jonasnuts

Jonasnuts

Da partilha

Jonasnuts, 17.04.08
Sim Bruno, concordo contigo. Partilhar é acrescentar. Partilhar é permitir que uma ideia se desenvolva e cresça. Ao partilharmos ideias, estamos a dar-lhes potencial de voo.

Mas, já cá ando há uns anos. Existe um timing ideal para partilhar uma ideia. Quando ela já está suficientemente madura para poder ser lançada, ou implementada rapidamente, mas ainda está suficientemente verde para poder incluir eventuais inputs que ocorram da partilha.

Já me aconteceu partilhar ideias cedo demais e vê-las roubadas, indecente e indecorosamente, e já me aconteceu partilhá-las tarde de mais, tendo o input recebido sido implementado, mas com dificuldade.

Adoro a experiência de partilha.

Mas odeio ser roubada.

Beijinhos, abraços e bacalhaus

Jonasnuts, 15.04.08
Os homens têm a vida muito facilitada. Não se apercebem, mas têm.

Seja em que circunstância for, socialmente, está previsto que se cumprimentem com um bacalhau. Seja uma reunião formalíssima, seja um encontro de amigos, o bacalhau serve para tudo. Bacalhau com todos. Se houver intimidade, ou se se tratar de um formalismo celebratório, acrescenta-se o abraço da praxe.

Já nós, as mulheres, temos mais dificuldades. Quer dizer, se calhar é melhor personalizar isto.
Eu tenho mais dificuldades.

Seja numa reunião formal, numa reunião informal, num encontro social, hesito sempre. Nunca sei se é suposto o bacalhau, que por sinal é o meu favorito, independentemente do sexo do meu interlocutor, ou se é de beijinho. Não raras vezes acontece estar a meio de um bacalhau ao mesmo tempo que não quero deixar o meu interlocutor de cara pendurada, à espera do beijinho, e toca de dar beijinho também.

A mim faz-me confusão.

Eu sempre fui muito comedida, no que aos contactos físicos diz respeito, não quero cá intimidades com pessoas que não quero conhecer, além de que acho idiota, entrar numa reunião e por-me para ali a dar beijinhos para cá e beijinhos para lá, a pessoas que nunca mais vou ver na vida, e se forem homens, principalmente educados, pior. Levantam-se, apertam o casaco, ficam levantados à espera que eu me sente. Muito pouco produtivo.

Não se pode instituir o bacalhau como forma de cumprimento para toda a gente?
É que, quanto mais não seja, é um bom indicador da personalidade de quem está do lado de lá.

Gajo que me dê um bacalhau frouxo, fica logo rotulado :)

Público Gratuito

Jonasnuts, 15.04.08
Hoje de manhã, ia pegar num daqueles jornais gratuitos, que têm sempre imensa publicidade por todo o lado, e escarrapacham os anúncios na primeira página, dizia eu que ia pegar num dos gratuitos, mas apercebi-me a tempo que não era grátis. Era o Público.

Curiosamente, sobre isto, ainda não vi a Blogosfera exaltar-se.

Ou anda tudo a ver quem é que atira a primeira pedra, ou na realidade, são menos aqueles que compram o Público e mais aqueles que dizem que compram.


Decidam-se, porra.

Jonasnuts, 15.04.08
Num espaço de menos de uma semana ouvi, em relação ao SAPO, as seguintes frases:

- Ah, não, não vamos mudar para os Blogs do SAPO. A plataforma é muito boa, mas pertence ao grupo PT, e isso é um grupo capitalista.


- Ah, sim, pois, mas vocês não são uma empresa do Estado?



Porra, presa por ter cão e presa por não ter.

Da testosterona

Jonasnuts, 14.04.08
Então ontem lá fui ao Moto GP.

Confesso que não sou muito fanzoca de motos, mas valeu pela experiência. Não conheço outros autódromos, mas se forem tão maus como o nosso, não percebo o sucesso destas coisas das corridas. Nem um mísero multibanco, a porcaria do relato das corridas feitas num perfeito..... espanhol. Uns écrans mixurucas que empancavam com frequência, enfim, uma desgraceira.

Mas, o folclore, deu para ver.

Bancadas cheias, com todos os lugares comuns possíveis. Desde os gajos de capacete, mas sem moto, ao motard barbudo e de ar sebento, aos desgraçados que aproveitaram a manhã de Domingo para ir ao Vassoureiro encomendar um psiché para o hall de entrada, em pinho envernizado. Deu para ver tudo.

A frequência era maioritariamente masculina.

Qual foi o ponto alto, que mais ovações arrancou à assistência?

A entrada em cena das equipas? Não.
O barulho (ensurdecedor) das motos? Não.
A chegada dos pilotos? Não.
Os segundos antes da partida? Não.

O que maus sururu provocou na assistência foi a entrada das meninas da BWin, que seguravam umas tabuletas. O que é que tinham as tabuletas? Ninguém sabe.

O que toda a gente sabe é que as meninas tinham pouca coisa vestida. Elas sim, encarnado verdadeiramente o lugar comum. Maillot preto (agora acho que se diz body, mas para mim são maillots), coladinhos ao corpo. Perna ao léu. Botas de cano alto. Tudo preto. Os cabelos eram longos e na maioria dos casos, loiros. Lugares comuns, clichés. Mas funcionaram lindamente.