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Jonasnuts

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Post do dia

Jonasnuts, 21.04.08
É engraçado como olhamos para um post e sabemos que é aquele.

É imediato. É a única razão pela qual tão cedo ainda, esteja já encontrado o post do dia, uma categoria recente que nasceu de geração espontânea aqui.

E o eleito de hoje, está no LerBlog e é de uma acutilância breve e seca, que é o tipo de coisa que me provoca sempre uma gargalhada.

Reza assim:

"Representantes da Lusofonia, Francofonia e Hispanofonia e ainda do árabe reunem-se hoje em Lisboa para elaborar uma estratégia de resposta ao «perigo de hegemonia do inglês». Vão falar em esperanto, supõe-se."

As quotas

Jonasnuts, 21.04.08
Como é sabido por quem aqui passa, não sou a maior apreciadora de números. Não acho que que devamos ser tratados estatisticamente (apesar de não haver outra alternativa, em algumas circunstâncias). Sei que sou tratada como um mero número em muitas circunstâncias da minha vida, mas evito pensar nisso, evito cair na mesma tentação (tratando as pessoas como números), e luto activamente para mudar esse estado de espírito generalizado.

Nessa perspectiva (e noutras) detesto esta história das quotas.

Anda tudo com a dita aos pulos, porque o Zapatero tem mais mulheres do que homens, no seu Governo. E, heresia das heresias (ou vanguardismo dos vanguardismos depende de quem fala), uma delas está grávida, imagine-se. De 7 meses. E é a que tem a pasta da Defesa.

Não sei se em Espanha têm, como os idiotas deste lado de cá da península, quotas mínimas obrigatórias de mulheres.

Se o que se passa aqui ao lado se passasse aqui (vá, eu sei, só daqui a 100 anos, mas é um "supônhamos"), dizia eu, se fosse cá, quantas veriam fragilizada a sua autoridade e competência, pelo facto de, nas suas costas, os senhores piscarem os olhos entre si, afirmando "e uma ministra de quota"?

A mim as quotas incomodam-me, dá sempre a ideia de coitadinhas, não têm competência para fazer isto, mas deixa cá inclui-las, para dar uma ideia de que somos modernaços, e para termos um sales argument para ver se conseguimos captar o eleitorado feminino.

Uma mulher nunca sabe se lá está porque merece, ou porque é preciso preencher quotas.

Não sabe se está a acrescentar competência ou se está a encher chouriços.

Não gosto de discriminação positiva. As mentalidades não se mudam por decreto.

Cristiano Ronaldo diz poesia

Jonasnuts, 20.04.08
É o que dá, ter e televisão a fazer música de fundo, sintonizada na RTP1.

Um spot publicitário, da RTP e do Modelo (?), sobre a selecção e o orgulho e essas coisas.

O texto pretende ser poético, heróico, inspirador. Se calhar, dito por alguém que saiba da poda, safava-se, talvez o Mário Viegas ou o Ary dos Santos conseguissem fazer passar a coisa, não sei (mas a esta hora estão a dar voltas na cova só de verem os seus nomes aqui no meio disto).

Mas ouvir o Cristiano Ronaldo a falar em "gérações", e com as palavras a atropelarem-se e com uma dicção horrorosa, arrepia. E não é um arrepio dos bons. Não me refiro ao sotaque. Há muitos sotaques, e não acho que os posts tenham sempre de usar o sotaque lisboeta, que é o meu, refiro mesmo ao facto do senhor não saber falar, não sabe dizer as palavras.

O senhor até pode ser muito bom a jogar football (eu não aprecio o estilo bailinho da Madeira), mas qualquer pessoa que não seja surda percebe que quando abre a boca, a coisa não corre bem.

Porque é que houve alguém que achou que um texto heróico e poético ia ficar bem, dito pelo Cristiano Ronaldo?

Os provedores

Jonasnuts, 19.04.08
Confesso que não compreendo muito bem o papel dos provedores. Pelo menos da forma como essas funções são desempenhadas pelos provedores portugueses que conheço.

Mas, sei que o provedor é a pessoa que intermedeia, publicamente ou não, a empresa e os seus utilizadores, ou clientes.

Nessa perspectiva, uma empresa transmite uma mensagem, com a escolha do seu provedor. As características da pessoa escolhida podem dizer muito acerca do posicionamento e atitude que uma empresa queira adoptar face aos seus clientes.

Uma pessoa dinâmica, divertida, que escolha temas pertinentes para destacar transmite cá para fora que esse é posicionamento da empresa. Se, pelo contrário, o provedor não existe, porque passa despercebido, ou porque é uma pessoa cinzenta ou pouco dinâmica (pelo menos na aparência), indica que é assim o posicionamento da empresa.

Isto tudo porque acabei de ver na RTP1 uma comunicação do Provedor da RTP, Paquete de Oliveira. Não conheço o senhor, e à partida merece-me todo o respeito e consideração (como merecem todas as pessoas, obviamente). Não sei se é uma pessoa dinâmica e inteligente, e até presumo que sim, mas não é essa a imagem que transmite.

Acabei de assistir a meia-hora (?) de um "programa" sobre a RTP Açores e tendo em conta o discurso, o tom, o que tinha vestido e o que foi feito, ter sido transmitido hoje ou há 30 anos não faria a mínima diferença. Tão fora de moda, tão desactualizado, tão parado, tão monótono, tão chato.

Obviamente que escolher um puto morango para ser provedor, não faz o mínimo sentido, mas há-de haver pessoas que sendo inteligentes, íntegras, independentes e capazes de dar bons provedores (ou provedoras), que dêem alguma utilidade real ao papel e provedor.


Podem dizer que estou a dar mais importância à forma do que ao conteúdo, e até é possível que esteja, mas, principalmente nos dias que correm a forma é quase tão importante como o conteúdo.

O auto-refresh ou a erecção dos Blogs

Jonasnuts, 19.04.08
O auto-refresh é mais ou menos auto explicativo. É capacidade que um site (ou uma parte de um site) tem de, de x em x tempo, fazer um refresh ou um reload a si próprio. Isto dito assim parece pornográfico, mas é uma mera questão técnica.

O auto-refresh justifica-se, e é legítimo, quando o site em causa é actualizado com novos conteúdos com muita frequência, como um site noticioso, por exemplo.

Mas o auto-refresh é algo mais, é uma forma artificial de aumentar o número de pageviews, para que um site fique com umas estatísticas mais bonitinhas. Não é uma funcionalidade ao alcance imediato do comum dos mrotais, já que não se trata de uma questão de cultura geral, mas qualquer pessoa que queira, descobre facilmente como é que se põe um site ou um blog a fazer auto-refresh.

Os números parecem ser a Verdade de alguma Blogosfera. O meu Blog tem mais visitas que o teu, ou a minha pila é maior que a tua. A questão é que não se conseguem distinguir as visitas legítimas, das visitas que são resultantes de auto-refresh.

Portanto, andam a medir as pilas, mas uns têm umas réguas que já levam uns centímetros a mais. Parece aquela desculpa, ah, mas com uma ajudinha, fica maiorzinho.

Quando alguém me vier dizer que o Blog tem não sei quantos visitantes, acho que vou começar a pergunta, se é com o blog erecto ou em descanso.

Aqui, e só aqui, o tamanho não é o principal.

O principal é o que se faz, no e com o Blog.