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Jonasnuts

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Discriminação com base em características físicas

Jonasnuts, 09.02.08
Acontecem ainda, infelizmente, um pouco por todo o lado. Ainda há quem discrimine com base nas características físicas de uma pessoa. Incluindo o estado português.

Não queria acreditar quando me disseram isso mesmo, há bocado. Mas fui confirmar, online, e parece ser mesmo verdade. A nota da disciplina de educação física conta para a média de acesso à faculdade, mesmo para cursos que nada tenham a ver com desporto. Portanto, um aluno que tenha média de 20, mas tenha um qualquer problema físico que o impeça de ter boas notas a educação física, fica à partida, impedido de entrar na faculdade, porque a sua incapacidade física o impede de manter a média.

Isto é um absurdo. Que a educação física seja obrigatória durante toda a escolaridade obrigatória, independentemente da área que se escolheu, acho muito bem.

Mas contar para a média?

Quais são os argumentos para que a educação física conte para a média, quando se pretende entrar em Direito, ou em Arquitectura, ou qualquer outro curso que não tenha uma componente física?

Não consigo perceber. Não vejo razão de ser. Discordo completamente.

Onde é que eu assino?

Onde é que eu protesto?

Quem foi o imbecil que teve a ideia? Provavelmente alguém com muito músculo e pouco cérebro.

Disclaimer: Sempre fui aluna de 20 a educação física, e o meu filho vai, aparentemente pelo mesmo caminho.

A petição, que já assinei, está disponível aqui.

Tás bom pá?

Jonasnuts, 09.02.08
Gosto do tratamento por tu. Acho-o preferível ao tratamento na terceira pessoa, detesto a palavra você. Trato a minha mãe por tu, e o meu filho trata-me por tu. Claro que quando conheço alguém, nos momentos iniciais o tratamento é na terceira pessoa, mas assim que há espaço (caso haja), proponho logo o tratamento por tu, pelo menos se se tratar de uma pessoa agradável, para usar uma expressão que me é muito cara. Para mim o "tu" é uma questão de confiança. Claro que há pessoas que eu faço questão de tratar na terceira pessoa, e há outras que não deixam espaço para que seja doutra forma. Respeito.

Mas, do que não gosto, é de uma empresa que trate os seus clientes ou potenciais clientes, por tu. O tu implica intimidade e confiança. Não existe nenhuma empresa com a qual eu tenha um grau de intimidade e de confiança que permitam o tratamento por tu. A não ser aquela onde trabalho e aí sim, trato a maioria das pessoas por tu, sim, mesmo os administradores.

Vem isto a propósito de um post do Arcebispo de Cantuária (não é esse das declarações controversas sobre a Sharia ou lei Islâmica, é o outro, o nosso). Diz  o nosso Arcebispo que de repente a SuperBock se dá muito bem com ele, tão bem que já o trata por tu.

Não é caso único na comunicação em Portugal. De há uns anos para cá, tornou-se moda, tratar as pessoas por tu, principalmente quando o target de um determinado produto ou serviço pertence a uma faixa etária mais jovem. Ou mesmo para dar um certo ar de juventude a uma marca.

Também não gosto do tratamento demasiado formal. O Exmo. Senhor é tão arcaico e provinciano que só as empresas verdadeiramente atrasadas no tempo é que ainda o usam.

Quando o apoio a cliente do portal onde trabalho era da minha responsabilidade (longe vai o tempo e não tenho saudades), as indicações eram simples. Tratamos os utilizadores pelo nome, na terceira pessoa. Caro António, Cara Maria.

Um dia chega-nos um mail com um pedido de esclarecimento. Vinha assinado por um administrador, e depois de confirmarem tecnicamente a origem, colocaram-me a questão. Como é que respondemos? Exmo. Senhor, Exmo. Senhor Professor, Exmo. Senhor Engenheiro?

Não se tratava de um administrador qualquer, tratava-se de Francisco Murteira Nabo.

A resposta seguiu, igual às outras.

Caro Francisco.