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Jonasnuts

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Semaninha complicada

Jonasnuts, 24.02.08
Este estaminé não é a minha prioridade, obviamente. Por isso, sempre que me acontece uma semana mais complicada, aqui há menos actividade. Lógico.

Foi uma semaninha complicada. Não foi difícil, não foi má, muito pelo contrário, profissionalmente foi uma excelente semana, com frutos que darão à costa brevemente.

Mas ficaram algumas coisas por dizer. Nomeadamente acerca da Porto Editora.

Num post recente pedi ajuda, por causa de um parágrafo no livro de história de Portugal do meu filho, que anda no quarto ano. Achei (e continuo a achar) que o texto utilizado para descrever e caracterizar o Islamismo pecava por omissão. Contactei a Porto Editora através do formulário disponível no site para o efeito, e depois de uma tentativa falhada (provavelmente por motivos técnicos), a minha questão chegou a bom Porto (editora), e foi respondida.

A resposta não foi automática, pelo contrário, percebe-se que alguém olhou para a pergunta e se preocupou em procurar a resposta certa, encontrar as referências e as obras consultadas para elaborar aquela parte do livro, transcrevê-las e indicar as sumidades que escreveram os originais.

Não concordei completamente com a resposta, e creio que fui, pelo menos inicialmente, mal compreendida (ou expliquei-me mal). Não me movia (nem move) qualquer preferência religiosa. Não sou de nenhuma religião, respeito-as a todas, igualmente. Movia-me (e move-me) a preocupação pela educação e instrução do meu filho. Não pretendo que a pílula seja dourada, nem em relação ao Islamismo nem em relação a nenhuma outra religião, mas penso que omitir informação é tão grave como dourar a pílula. O respeito pelo facto histórico e pela verdade histórica não permite nem dourar a pílula, nem omitir aspectos relevantes. Mencionar apenas um dos pilares da Islamismo é, quanto a mim, grave, na medida em que contextualizar crianças de 9 anos é muito complicado, sobretudo porque me parece que a contextualização é deixada para quem acompanha a criança, e não é dada no próprio livro. Mesmo que tenha sido esse o pilar que motivou e impulsionou a expansão Islâmica.

Resumindo, fiquei esclarecida, apreciei a rapidez e a competência com que a questão foi tratada pela Porto Editora, mas não fiquei completamente convencida.

Chamarei a mim a tarefa de contextualizar o meu filho, e explicar-lhe que não cabia tudo no livro, e que há muitos anos as coisas eram muito diferentes, às vezes.