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Jonasnuts

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Mini - 7ª Maravilha

Jonasnuts, 08.07.07
Não acompanhei de perto a história da eleição das novas sétimas maravilhas, mas fiquei surpreendida quando vi os resultados finais. Embora algumas das escolhas me parecessem óbvias (grande muralha da China, por exemplo), vi que uma das "maravilhas" eleitas tinha sido o Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, Brasil.

Ora bem.... eu já estive no Cristo Redentor, e é giro, porque é grande, mas, penso que o critério do tamanho não se deveria aplicar, afinal de contas, aquilo é só um bocado de betão, montado num sítio que tem a particularidade de ser extraordinário. Desde quando é que o Cristo Redentor pode estar na mesma liga que a Grande Muralha da China?

Não tenho nada contra o Cristo Redentor, nem contra o Brasil, nem contra o Rio de Janeiro (bom, contra o Rio até tenho, mas não é relevante para este post), mas cheira-me que aqui, o que contou, foi o número de telefonemas que os brasucas fizeram.

Nessa perspectiva, eu acho que o nosso Cristo Rei pode ser considerado uma mini 7ª maravilha. Senão vejamos.....também é Cristo, e também é Redentor, também foi feito para cumprir uma promessa, também é em betão, também tem uma vista gloriosa e também é uma atracção turística.

Quando é que são votadas as mini sétimas maravilhas? Temos assegurado um lugar no pódio.


(A UNESCO não se associou a esta eleição, alegando que os critérios não eram científicos, pronto, nem tudo está perdido).



(Foto do Cristo Rei, Almada, de Oma K)

Crocs - O marketing dos pés

Jonasnuts, 08.07.07

crocs.jpg

 


Isto que estão a ver aqui em cima são umas Crocs. Há vários modelos, mas todos se resumem ao mesmo. Um bloco de borracha/plástico, altamente colorido, confortável (dizem), em tamanhos de adulto e criança, e made in china.

Ora isto faz-me lembrar aquelas sapatas que a minha avó usava por causa dos calos, e que só se vendiam na farmácia, e só havia em preto e azul escuro.

São de plástico/borracha, são made in china, portanto são baratuchas, certo? Errado. Pelo menos em Portugal. Se forem de criança custam €30, se forem de adulto custam €40.

8 contos (desculpem lá, mas eu refiro-me a exorbitâncias ainda no dinheiro antigo). 8 contos por um bocado de borracha/plástico, ao qual fizeram uns buracos e ao qual juntaram doses generosas de corante. Um roubo. Mas piora. Para além das crocs propriamente ditas, há todo um esquema para encarecer ainda mais a brincadeira, que são os pins. Umas coisas de plástico que se põem e tiram, e que podem ser flores, ou corações, ou piratas das caraíbas e que ajudam a personalizar a croc. Cada pin custa €3 (600 paus, mais coisa menos coisa). Isto é um roubo, mas as crocs estão esgotadíssimas e a fábrica tem dificuldade em repor stock. Parece que a crise só se faz sentir dos tornozelos para cima (a julgar pela pouca de quantidade de tecido usado para cobrir o resto do corpo).

É uma estratégia de marketing absolutamente escandalosa e eficaz, as coisas vendem-se que nem pãezinhos quentes. É assim o mundo de hoje em dia, as pessoas embarcam nestes esquemas. Palermas.

P.S.: As minhas estão encomendadas, são iguaizinhas às da foto, e já tenho os pins. Cá em casa também (quase) toda a gente já tem :)