KPIs à força
Jonasnuts, 10.01.08
Disclaimer do costume. Esta é a minha opinião, e tal e coisa, e não é obrigatória ou necessariamente a opinião da empresa onde trabalho, das empresas onde já trabalhei nem das empresas onde possa vir a trabalhar, and so on, and so on, and so on. Pronto. Está feito.
Já aqui disse que não sou apologista dos métodos mais tradicionais de gestão, a gestão by the numbers. Olho para os números sim senhor, mas, em primeiro lugar não olho para os mesmo números que o resto dos gestores de serviço que eu conheço e, em segundo lugar, os números apenas servem, na maioria dos casos, para confirmar algo que já sabia ou intuía (conceito difícil de explicar numa reunião com chefias).
Tive um chefe, em tempos, que achava que devia ser ao contrário, que devíamos primeiro olhar para os números, e depois é que tiraríamos as conclusões. Andei durante uns meses valentes a provar-lhe que as conclusões a que ele chegava através dos números, eram as mesmas que as minhas, sem que eu precisasse de olhar para os números. E a única vez em que parecia que eu estava errada, não estava, e tratava-se de um erro na recolha de dados (uma porra qualquer que tinha a ver com a sazonalidade). Já não tenho esse chefe, e também não tenho saudades. As maiores felicidades e sucesso profissional, é o que lhe desejo, sinceramente, mas longe daqui, longe de mim.
Muitas vezes me perguntam, quantos Blogs há nos Blogs do SAPO. Tenho sempre de ir ver, não é um número que eu saiba de cor, ou a que dê muita importância. Sei que estamos no bom caminho porque leio e oiço o feedback das pessoas, nos posts, nos comentários, no mail, no telefone. Olho para os números, mas interessa-me mais a evolução do número médio de posts por Blog do que o número de Blogs propriamente dito. De que me interessa ter muitos blogs vazios? Nada. Interessa-me Blogs com conteúdo, que eu possa promover e destacar. Interessa-me que as pessoas usem a plataforma. E que gostem. Prefiro ter números mais baixos, mas reais, do que números altíssimos, falsos, porque mais tarde ou mais cedo, a bolha rebenta. É inevitável.
Há poucos passatempos nos Blogs do SAPO, e os que há têm sempre a ver com o conteúdo, e não com o registo, ou com obrigatoriedade de se fazer seja o que for. As poucas experiências que fizemos que tinham obrigatoriedades correram, evidentemente, mal.
Quando me obrigam a fazer qualquer coisa, eu não gosto. Não gosto de ser obrigada, gosto de ser convencida, seduzida, levada. Prefiro passatempos em parceria com utilizadores da plataforma, do que passatempos que dêem prémios por volume de comentários, ou de posts ou de links.
Prefiro que os meus números, para os quais olho pouco, mas olho, sejam de utilizadores reais, que subscreveram o serviço e o usam porque gostam, e não gosto de registos fantasma feitos por pessoas que apenas subscreveram o serviço para ganharem um qualquer brinde. Um serviço online não é a farinha amparo (os mais novos não vão perceber esta boca).
Os números para os quais se olha habitualmente não distinguem o utilizador real do utilizador do brinde.
Eu distingo.
Já aqui disse que não sou apologista dos métodos mais tradicionais de gestão, a gestão by the numbers. Olho para os números sim senhor, mas, em primeiro lugar não olho para os mesmo números que o resto dos gestores de serviço que eu conheço e, em segundo lugar, os números apenas servem, na maioria dos casos, para confirmar algo que já sabia ou intuía (conceito difícil de explicar numa reunião com chefias).
Tive um chefe, em tempos, que achava que devia ser ao contrário, que devíamos primeiro olhar para os números, e depois é que tiraríamos as conclusões. Andei durante uns meses valentes a provar-lhe que as conclusões a que ele chegava através dos números, eram as mesmas que as minhas, sem que eu precisasse de olhar para os números. E a única vez em que parecia que eu estava errada, não estava, e tratava-se de um erro na recolha de dados (uma porra qualquer que tinha a ver com a sazonalidade). Já não tenho esse chefe, e também não tenho saudades. As maiores felicidades e sucesso profissional, é o que lhe desejo, sinceramente, mas longe daqui, longe de mim.
Muitas vezes me perguntam, quantos Blogs há nos Blogs do SAPO. Tenho sempre de ir ver, não é um número que eu saiba de cor, ou a que dê muita importância. Sei que estamos no bom caminho porque leio e oiço o feedback das pessoas, nos posts, nos comentários, no mail, no telefone. Olho para os números, mas interessa-me mais a evolução do número médio de posts por Blog do que o número de Blogs propriamente dito. De que me interessa ter muitos blogs vazios? Nada. Interessa-me Blogs com conteúdo, que eu possa promover e destacar. Interessa-me que as pessoas usem a plataforma. E que gostem. Prefiro ter números mais baixos, mas reais, do que números altíssimos, falsos, porque mais tarde ou mais cedo, a bolha rebenta. É inevitável.
Há poucos passatempos nos Blogs do SAPO, e os que há têm sempre a ver com o conteúdo, e não com o registo, ou com obrigatoriedade de se fazer seja o que for. As poucas experiências que fizemos que tinham obrigatoriedades correram, evidentemente, mal.
Quando me obrigam a fazer qualquer coisa, eu não gosto. Não gosto de ser obrigada, gosto de ser convencida, seduzida, levada. Prefiro passatempos em parceria com utilizadores da plataforma, do que passatempos que dêem prémios por volume de comentários, ou de posts ou de links.
Prefiro que os meus números, para os quais olho pouco, mas olho, sejam de utilizadores reais, que subscreveram o serviço e o usam porque gostam, e não gosto de registos fantasma feitos por pessoas que apenas subscreveram o serviço para ganharem um qualquer brinde. Um serviço online não é a farinha amparo (os mais novos não vão perceber esta boca).
Os números para os quais se olha habitualmente não distinguem o utilizador real do utilizador do brinde.
Eu distingo.