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Jonasnuts

Jonasnuts

Contraciclo

Jonasnuts, 31.12.20

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2020 foi um ano em que andei em contraciclo com o resto do mundo. 

Tudo a despencar-se e a tentar ajustar-se aos desafios da covid-19 (e eu também, naturalmente) e eu naquele que foi, de longe, o melhor ano da última década. 

Um ano de recomeços, de investimento, de introspeção, de pausa para balanço, de golpe de rins, de (re)construção, de tomadas de decisão arriscadas, com miufa mas com certeza, curiosamente, com cada vez menos certezas, com objetivos identificados e alcançados, com surpresas boas e com pessoas boas. 

Um ano de crescimento e conhecimento pessoal, e muito por fazer, ainda, mas tanto que foi feito. Um ano de orgulho, em mim e nos meus. 

Um ano que termina com uma imensa vontade de regressar a sítios onde já fui muito feliz, e onde já comecei a passar mais tempo, mas também de visitar sítios desconhecidos e novos e de viver novas aventuras.

 

2020 trouxe-me pessoas novas. Boas, já disse? Trouxe-me o remo, trouxe-me a carta de moto (mas ainda não a moto nova, isso é para 2021), trouxe-me de volta o prazer da cozinha e o da escrita, trouxe-me medidas novas, e trouxe-me o resgate de muita música que tinha deixado de me pertencer. E dúvidas, muitas dúvidas. A certeza de que o mundo não é a preto e branco e de que é no dégradé de cinzentos que está o sal da vida.

Uma reta final absolutamente maravilhosa, transformadora, comovente.Trouxe-me erros com que pude aprender. Com que aprendemos. O agridoce da coisa. Trouxe ternura e carinho e é isso que interessa, porque é isso que fica. 

 

2021 promete, porque, apesar de tudo, dei pela falta de coisas que não sabia que me faltavam. Os abraços, por exemplo. Tenho mais do que um abraço em atraso. Lá chegarei. Lá chegaremos. Não hoje, mas um dia destes.

Que 2021 seja tudo aquilo que promete e que, desta vez, eu não esteja em contraciclo e estejamos todos juntos no mesmo barco, a remar ao mesmo ritmo, mesmo que seja contra a maré.

Bom 2021, Malta.

Os prazeres do Tejo

Jonasnuts, 15.11.20

aqui falei (auto-link) da minha estratégia de fuga para a frente, para gerir as epicondilites.

Dois meses depois, o relatório. 

As epicondilites estão cá, que estão, e depois de cada treino segue-se o ritual do gelo por 20 minutos, duche relaxante que me sabe pela alma, seguido de generosas doses de voltaren, que podia ter também a componente da hidratação, e assim ficava logo o servicinho todo despachado.
Mas estão melhores :)

Agora....... efeitos secundários de que não estava à espera; que me divertisse tanto. Que me desse tanto prazer, estar ali em sintonia com o resto de quem está a treinar, em movimentos ritmados, com cadência, que exigem alguma técnica (que estou a tentar aprender), e que são de uma exigência física razoável.

Faço dois treinos durante a semana, de 45 minutos a 1 hora de tanque, seguido de ginásio, para trabalho de músculos específicos e por fim os alongamentos finais. Sabem lindamente, os treinos semanais.

Mas, ao domingo é que é. Ao domingo, se as condições permitirem (e nem sempre permitem), saímos.

Desemprateleiramos o yolle de 8 (olha para ela, já a dar-lhe na linguagem técnica - um yolle), apoiamo-lo nos carrinhos, incluímos os remos e vamos até à doca. Depois vem a parte complicada, pelo menos para mim, que é pegar no yolle (e este, de que falo, é de madeira, não é de fibra) e à força dos bracinhos, levá-lo para baixo e colocá-lo na água. 8, mais um timoneiro.

Enfim, haja bracinhos e mãozinhas.

E depois, o que se segue, é maravilhoso. Vamos para o rio. E é inexplicável, o gozo que dá.
Esta manhã saímos por volta das 8h30 e regressámos quase duas horas depois. Não fui com o grupo do costume (que sai às 10), porque fui preencher um lugar vazio de última hora, no grupo das crescidas (as crescidas remam a sério, e esmifrei-me toda para as acompanhar).

Saímos da Doca de Santos, fomos até à Cruz-Quebrada, até se via a minha varanda, e regressámos.

Foi uma manhã absolutamente gloriosa, a famosa #morninglory.  Há muito tempo que não me sentia tão bem, nem tinha tanto prazer, numa manhã de domingo.

Quem está à procura de um desporto muito completo, num ambiente muito descontraído, relativamente barato e que proporciona estes passeios de Tejo, já sabem, é no Clube Ferroviário, ou falem comigo que eu encaminho e trato de uma aula de teste, para quem estiver interessado.

(Gajas....... muito pessoal que já pratica há um bocadinho mais de tempo - ficam com um corpaço).

Fiquem com o passeio de hoje.

 

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A minha varanda, que me proporciona tantos momentos de prazer, vista do lado da vista.

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Não se nota, mas dei cabo de uma unha :)

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Melhor manhã de domingo em anos :)