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Jonasnuts

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Os prazeres do Tejo

Jonasnuts, 15.11.20

aqui falei (auto-link) da minha estratégia de fuga para a frente, para gerir as epicondilites.

Dois meses depois, o relatório. 

As epicondilites estão cá, que estão, e depois de cada treino segue-se o ritual do gelo por 20 minutos, duche relaxante que me sabe pela alma, seguido de generosas doses de voltaren, que podia ter também a componente da hidratação, e assim ficava logo o servicinho todo despachado.
Mas estão melhores :)

Agora....... efeitos secundários de que não estava à espera; que me divertisse tanto. Que me desse tanto prazer, estar ali em sintonia com o resto de quem está a treinar, em movimentos ritmados, com cadência, que exigem alguma técnica (que estou a tentar aprender), e que são de uma exigência física razoável.

Faço dois treinos durante a semana, de 45 minutos a 1 hora de tanque, seguido de ginásio, para trabalho de músculos específicos e por fim os alongamentos finais. Sabem lindamente, os treinos semanais.

Mas, ao domingo é que é. Ao domingo, se as condições permitirem (e nem sempre permitem), saímos.

Desemprateleiramos o yolle de 8 (olha para ela, já a dar-lhe na linguagem técnica - um yolle), apoiamo-lo nos carrinhos, incluímos os remos e vamos até à doca. Depois vem a parte complicada, pelo menos para mim, que é pegar no yolle (e este, de que falo, é de madeira, não é de fibra) e à força dos bracinhos, levá-lo para baixo e colocá-lo na água. 8, mais um timoneiro.

Enfim, haja bracinhos e mãozinhas.

E depois, o que se segue, é maravilhoso. Vamos para o rio. E é inexplicável, o gozo que dá.
Esta manhã saímos por volta das 8h30 e regressámos quase duas horas depois. Não fui com o grupo do costume (que sai às 10), porque fui preencher um lugar vazio de última hora, no grupo das crescidas (as crescidas remam a sério, e esmifrei-me toda para as acompanhar).

Saímos da Doca de Santos, fomos até à Cruz-Quebrada, até se via a minha varanda, e regressámos.

Foi uma manhã absolutamente gloriosa, a famosa #morninglory.  Há muito tempo que não me sentia tão bem, nem tinha tanto prazer, numa manhã de domingo.

Quem está à procura de um desporto muito completo, num ambiente muito descontraído, relativamente barato e que proporciona estes passeios de Tejo, já sabem, é no Clube Ferroviário, ou falem comigo que eu encaminho e trato de uma aula de teste, para quem estiver interessado.

(Gajas....... muito pessoal que já pratica há um bocadinho mais de tempo - ficam com um corpaço).

Fiquem com o passeio de hoje.

 

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A minha varanda, que me proporciona tantos momentos de prazer, vista do lado da vista.

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Não se nota, mas dei cabo de uma unha :)

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Melhor manhã de domingo em anos :)

Fuga para a frente

Jonasnuts, 30.09.20

epicondilite é a inflamação dos tendões (tendinite) extensores dos músculos do antebraço, na região do epicôndilo, que, para leigos, é no cotovelo. Sim, evitem as piadas sobre dores de cotovelo porque, lá está, já as ouvi todas.

Resulta com frequência de muita dedicação ao ténis ou ao golf, no meu caso, resulta de muita dedicação ao rato e ao teclado. É uma doença profissional, por via de anos a fio a usar equipamento pouco ou nada ergonómico. 

O que isto faz é que haja dores no cotovelo, que depois vão alastrando para os ombros (em casos mais graves continuam por ali fora) e para os pulsos e mãos. 

Há quase 4 anos que detetei este problema que foi inicialmente mal endereçado o que fez, provavelmente, com que isto se tornasse crónico. Mas isso são outros quinhentos. 

Shots de relaxantes musculares, shots de analgésicos, shots de anti-inflamatórios, vários ciclos de fisioterapia, sem resultados extraordinariamente promissores, porque, basta um pequeno esforço, e lá volta tudo outra vez.

Não me dá jeito nenhum isto. As dores ainda é como o outro, porque foi para isso que se inventaram os analgésicos, mas chateia-me, não ter a força do costume nos ombros, nos braços, nos pulsos e nas mãos.

De modo que decidi adotar uma estratégia muito pessoal, com resultados já provados noutros contextos, o fuga para a frente, meia bola e força, nem que a vaca tussa. Depois de falar com muitos médicos, de ortopedia e de medicina desportiva, fisioterapeutas, fisiatras, personal trainers e amigos vários que padecem do mesmo mal, identifiquei uma linha de ação.

Nada de extraordinariamente inovador. Fortalecer os músculos adjacentes e que dão apoio às estruturas afetadas, de forma a que se exija o mínimo possível aos tendões que não se aguentam nas canetas.

E de que forma é que vais incrementar essa musculatura, Jonas Maria? Começar a fazer musculação, devagarinho? Falares com um PT e em conjunto delinear um plano que vise o aumento lento e sustentado da massa muscular? Veres com o teu fisioterapeuta um programa de aumento destes músculos? Qualquer coisa deste género, calma, ponderada, equilibrada e harmoniosa?

Não. 

 

Inscrevi-me no remo.

 

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