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Jonasnuts

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O óptimo é inimigo do bom

Jonasnuts, 15.05.19

Esta frase, aplicada com parcimónia, pode fazer sentido.

 

No entanto, aplicada a torto e a direito é apenas uma desculpa para a falta de exigência, para a falta de rigor, para a falta de brio.

 

Prefiro a frase "Se não sabes ou não consegues fazer bem, não faças. Mais vale estares quietinha do que fazeres merda."

 

Bem sei que não tem o mesmo impacto, nem é um ditado ou uma expressão idiomática, mas a expressão "o óptimo é inimigo do bom" vai sair do meu naipe de expressões admitidas.

Blog no CV

Jonasnuts, 16.01.08
Como estamos a tentar (e vamos conseguir) contratar uma pessoa para a equipa onde trabalho, tenho visto alguns currículos. Um dos requisitos do nosso pedido passa pela obrigatoriedade de ter Blog.

Hoje perguntaram-me a razão de ser desta exigência, e também hoje tive oportunidade de entrevistar um candidato cujo Blog conhecia bem.

A razão de ser parece-me mais ou menos óbvia. Tratando-se de uma equipa que gere a plataforma de Blogs, é essencial que haja algum conhecimento sobre esta área, seja do ponto de vista da produção de conteúdos, seja do ponto de vista do consumo de conteúdos, em Blogs.

Mas há mais, mesmo que não se tratasse de um projecto de Blogs, o Blog continuaria a ser interessante. Porque um Blog, se tiver conteúdo original e não for um mero copy paste de notícias que se vão lendo noutras fontes, pode-nos dizer muito acerca de um candidato. Até a forma como escreve, a correcção ortográfica (ou falta dela). Cai no mesmo âmbito da pergunta "que sistema operativo é que usa" ou "qual é o seu browser favorito", ou "quais são as suas inclinações desportivas" (sim, eu pergunto isso, não conta para nada, mas pergunto).

Tendo em conta o tamanho da Tag Mau-feitio, neste Blog, talvez não seja boa ideia adicionar o endereço a um CV que eventualmente envie para uma empresa mais conservadora. No entanto, dependendo do tipo de empresa a que me esteja a candidatar, o endereço deste Blog pode ser um elemento importante. Aliás, pensando melhor, e tendo em conta que nas entrevistas a que fui ao longo da vida, o minha postura é sempre de what you see is what you get, adicionava mesmo o endereço do Blog. Se me contratassem, já sabiam ao que iam.

Acho que aquele horrível modelo de CV europeu que agora parece estar na moda, bem podia incluir um campo específico para que os candidatos indicassem o endereço do Blog/Página pessoal/site.

Neste caso em específico, os vários Blogs que vimos serviram para ter uma ideia, que confirmámos durante a entrevista.

Recomendo vivamente, quer a potenciais candidatos quer a potenciais recrutadores

Recursos humanos

Jonasnuts, 14.01.08
São o melhor de cada empresa, e todas as empresas que conheço apregoam isto em todas as acções motivação dos seus colaboradores.

Eu concordo. As empresas, sem as pessoas, não valem de grande coisa.
Mas levo o conceito um pouco mais além.
Neste momento preparamo-nos para integrar mais uma pessoa na equipa onde trabalho.
A nossa equipa é estranha, e tem uma vida e uma filosofia muito próprias. Somos diferentes das outras equipas que eu conheço. Não estou a dizer que somos melhores, somos diferentes. Temos um equilíbrio muito próprio, uma dinâmica instalada e, uma vez integrado na equipa, um elemento mesmo que saia, não sai (sim Joana e Isa isto é para vocês).
Por isso, integrar uma nova pessoa numa equipa que já tem códigos próprios, cumplicidades, onde toda a gente já sabe o que esperar dos restantes, quais as suas fragilidades e quais as suas forças, o seu forte e o seu fraco, integrar uma pessoa nova numa equipa já rodada não é tarefa fácil. O Pedro foi a sorte grande (quando houver blog para linkar, avisa). Encaixou que nem uma luva. Estamos a tentar a sorte grande outra vez, passado menos de um ano.
Por isso, quando há um candidato a entrevistar, é toda a equipa que faz a entrevista, toda a equipa participa, uns mais conversadores que outros, porque também é assim que somos quando não estamos a entrevistar pessoas.

Da experiência que temos, até agora (e o Pedro pode falar disto dos dois lados da barricada, também ele foi entrevistado pela equipa toda), é muito positivo. Para nós. Para o candidato, pelo menos para aqueles que temos entrevistado até agora, a experiência não parece ser tão pacífica. O ambiente é super informal, não é inquisitório, trata-se apenas de uma conversa onde, mais importante do que descobrir competências ou habilidades, é sobretudo importante ver a forma como o candidato reage e lida com perguntas diferentes, feitas por pessoas diferentes. É sempre uma galhofa e o ambiente é bem disposto, mas o nervosismo dos candidatos tem sido evidente. Será que preferem um ambiente mais formal e cinzento? Com uma mera repetição verbal do que já vem escrito no CV?
Temos pena. Não somos nem formais nem cinzentos. Somos bem-dispostos.

E só estamos à procura da sorte grande, outra vez.