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Jonasnuts

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Prazos modernos

Jonasnuts, 22.05.12

Este post é só uma constatação. Uma conclusão a que cheguei, não só de âmbito profissional mas também de âmbito pessoal e social.

 

Para mim, um prazo, é uma data, ou uma hora. Por vago que seja (por semana, mês, trimestre ou semestre), há sempre uma data associada. Se uma coisa está prevista para o 2º semestre, há-de ser ali entre 01/07 e 31/12. É uma data. Vaga. Mas é.

 

No entanto, nos dias que correm, deparo-me com frequência com prazos alternativos. E encanita-me porque, um prazo sem data, não é um prazo, é uma intenção, e mesmo isso, nem sempre. E, como sabemos, de boas intenções está o inferno cheio.

 

Portanto, para futura referência e conhecimento de pessoas mais jovens que por aqui possam passar, desenganem-se, se acham que um prazo é uma data. Nem sempre. Aliás, quase nunca.

 

Um prazo pode vir travestido de pseudo sinónimos, tais como; brevemente, asap, rapidamente, por estes dias, futuramente, em processamento, daqui a uns dias, em agendamento, num futuro próximo, assim que possível, assim que consigamos, está a ser tratado, estou em cima disso, mal arranje um bocadinho. E estes são apenas os que me ocorrem de rajada.

 

Deve ser isto a crise de meia idade, achar que sou de outra criação, ou que sou da velha guarda.

 

Para mim, um prazo, é uma data.

 

E não me venham com merdas de pseudo sinónimos, que a gramática nunca foi o meu forte.

 

 

UPDATE: Mais um pseudo sinónimo, contribuição do Macaco, "só sei quando estiver feito".

Prazo de validade

Jonasnuts, 20.06.08

As embalagens dos géneros alimentícios (e outros) facilitam-nos o trabalho, têm lá pespegado o prazo de validade. Nem sempre é fácil descobri-lo, mas sabemos que ele está lá.

 

Mas como é que sabemos o prazo de validade das pessoas, profissionalmente falando? Mais, como é que sabemos se nós próprios estamos dentro do prazo de validade e, igualmente importante, como é que descobrimos que a empresa onde trabalhamos já ultrapassou o prazo de validade (no que nos diz respeito)?

 

À partida a resposta parece simples, enquanto formos produtivos e gostemos do que fazemos estamos dentro do prazo, por outro lado se já nos dá mais gozo fazer coisas que nada têm a ver com trabalho, e se custam a passar as horas de "expediente" é sinal de que estamos a ficar azedos.

 

Para a empresa aplicam-se os mesmo critérios mais coisa menos coisa, continua a apostar em nós, quer do ponto de vista da remuneração quer do ponto de vista de "regalias" quer do ponto de vista da formação? Se sim, está dentro do prazo. Se, por outro lado, a empresa nos emprateleirou, ou se nos dá o tratamento das palmadinhas nas costas, está a começar a cheirar mal, está na hora de começar a olhar para o mercado, à procura de alternativas, de empresas que ainda estejam dentro do prazo, e que procurem pessoas que estejam, também elas, dentro do prazo.

 

Pode haver vantagens nos dois cenários (dentro de prazo, fora de prazo), desde que haja sincronismo.

 

Se um ctrabalhador que está dentro do prazo de validade trabalhar numa empresa que também está dentro do prazo, têm tudo a ganhar um com outro, e com a manutenção desse prazo de validade.

 

Por outro lado, um trabalhador que já esteja fora de prazo a trabalhar numa empresa fora de prazo é ouro sobre azul, ninguém se chateia muito, e todos contribuem para que a empresa definhe, mas, se tudo correr bem, isso só acontecerá quando já todos os intervenientes estiverem reformados ou à beira da reforma.

 

O único problema é quando uma pessoa dentro de prazo está a trabalhar numa empresa fora de prazo. Ou a empresa acorda, ou apodrece, e a pessoa vai pôr a validade a render para outros.