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Jonasnuts

Jonasnuts

Mudar de Vida

Jonasnuts, 01.03.18

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Primeiro os disclaimers.

Sou fanzoca da Cocó há anos. Fui ver. Há uma década. Vi os dois mais velhos a crescer. Os mais novos vi nascer e crescer. Como dizia noutro dia, num comentário a um post da Cocó no Facebook, os filhos dela fazem-me velha e são, ainda que de forma microscópica, um bocadinho meus. 

 

Posto isto, vamos ao que interessa.

 

A Cocó tem no Blog uma rubrica, há uns tempos valentes. A vantagem destas coisas dos Blogs é que dá para encontrar as datas certas. Desde Setembro de 2016.

 

O approach não é novo. Pega em pessoas que investiram numa determinada carreira e que, passados uns tempos, decidem mudar completamente, daí o nome da coisa; "mudar de vida".

 

O conceito não é novo, o nome também não mas, onde a Cocó inova e leva o seu cunho pessoal é nos entrevistados que apresenta (encontrar esta malta implica um trabalho de networking, de pesquisa, de selecção) e depois na forma como escreve, claro.

 

Se uma estação de televisão tivesse uma rubrica com o mesmo conceito e com o mesmo nome, não se estranharia, pois não?

 

E se, além do mesmo conceito e do mesmo nome tivesse também, os mesmos convidados e as mesmas histórias?

 

Aí já cheirava a esturro, não era?

 

É.

 

A SIC Notícias anunciou na semana passada que a partir de hoje terá uma rubrica com esse conceito e com esse nome. E a Cocó descobriu que para além do mesmo conceito e do mesmo nome, também tem muitos dos mesmos convidados.

 

O vídeo divulgado no Facebook da Sic Notícias é um DDW (Digital Done Wrong), cheio de comentários, TODOS sem excepção a creditar a Cocó e a cascar na SIC Notícias. Está tudo sem resposta.

 

É absolutamente vergonhoso que a SIC, cuja casa mãe anda a pedir mais direitos ao legislador para nos impedir de partilhar links para notícias e outros conteúdos, roube o trabalho de outra pessoa sem qualquer esforço para o remunerar ou creditar.

 

Depois venham falar nos Tonys Carreiras e nos Diogos Piçarras. Esses só pecam por se deixarem apanhar. 

 

Já a SIC é "too big to prossecute".

 

E quem se lixa com f de cama, é a Cocó.

 

Ou talvez não.

 

 

 

 

Os chico-espertos do plágio - Take 2 do Take 2

Jonasnuts, 13.04.16

No meu post anterior (auto-link) falei do chico-esperto Rogério Gomes, e da novela de sábado de manhã.

 

Mas induzi-vos em erro. Disse eu que o senhor tinha apagado o post e bloqueado quem lá foi comentar.

 

Não é verdade. Quer dizer, ele bloqueou a malta que fez a festarola, mas não apagou o post.

 

E como é que tu sabes disso, Jonas Maria?

 

Sei disso porque o senhor além de ser chico-esperto, ou é burro, ou tem a memória de um peixinho de aquário e no dia em que bloqueia uma M João Nogueira (que sou eu), pede amizade a uma Ana Nogueira.

 

Sim, Nogueiras há muitas, mas esta calha ser minha irmã, que me liga a dizer que o senhor, de quem ela nunca tinha ouvido falar a não ser no meu post, lhe tenha ido pedir amizade. Aproveitou ainda para dizer que eu sou uma besta, porque desanco as pessoas, porque se calhar o rapaz é tímido, porque nós fomos agressivos nos comentários e não lhe deixámos outra opção senão a do bloqueio, porque....... enfim, o costume.

 

E depois aprofundou o mural do senhor.

 

Começou logo por dizer que não, que o post em causa não tinha sido removido e que lá estava, sem quaisquer créditos ou correcções, apenas com os comentários da festarola apagados.

 

Depois começou a parte divertida. O caramelo é daqueles que faz like aos próprios posts. Espera...... não é aos próprios posts, porque os posts não são dele. Enfim, ao menos coerência.

 

E depois fez uma experiência. Foi ver outros posts. 

 

E é aqui que tenho uma péssima notícia para dar à Helena. Ela não é caso único. 

 

Dos outros 4 posts que a minha irmã viu, era TODOS plagiados, sem qualquer referência à origem, ou crédito. Exactamente a mesma coisa, um parágrafo de introdução de autoria própria, e depois a continuação que é um copy paste sem qualquer alteração, de um post alheio.

 

As provas.

 

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Que é tirado deste post do Jumento

 

 

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Que é tirado deste post do Diário do Purgatório.

 

 

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Que é tirado deste post da Pipoca mais Picante.

 

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Que foi tirado deste post do Delito de Opinião.

 

Depois a minha irmã fartou-se de chafurdar em merda, e não fez mais pesquisas, mas o padrão está identificado. Entretanto o servicinho estava feito, o caramelo fez um post ordinário (provavelmente roubado a um blog rasca) e ela fartou-se e desamigou-o.

 

Portanto, o senhor anda nos blogs, cata o que lhe parece bem, copia no Facebook como sendo dele, e bane quem lá vai deixar comentários a chamar a atenção para o plágio.

 

Eu e a minha irmã acabámos a concordar. Não, o gajo não é tímido. É mesmo imbecil.

 

Os chico-espertos do plágio - Take 2

Jonasnuts, 11.04.16

Há chico-espertos para todos os gostos. Aqui há uns tempos, falei (auto-link) dos chico-espertos profissionais, que se aproveitam do trabalho alheio para ganhar dinheiro. Mas há os outros, os que se aproveitam do trabalho alheio para passarem por espertos, sem ser chico, mas sendo. É desta segunda figurinha que venho falar, com um exemplo prático ocorrido no fim de semana.

 

A coisa passa-se no Facebook.

 

No dia 8 de Abril a Helena escreve um post sobre a cena do "E se fosse eu?" Como é habitual, o post estava bem escrito, com inteligência, alguma piada, e era certeiro.

 

Naturalmente, foi parar ao Facebook, onde, aliás, ainda está.

 

No sábado, dia 9, acordo muito cedo, por motivos que não interessam para nada (a sério, são motivos de merda) e dou um pulinho ao facebook, para encontrar um post da Helena, divertida com o facto de ter havido uma abécula a usar as palavras que ela escreveu, como se tivessem sido escritas pela abécula. Sem aspas, sem créditos, sem links, sem porra nenhuma.

 

rogerio.jpg

 

 

 

Dizia a Helena, com mention ao senhor, que agradecia muito o elogio, já que o plágio era uma forma de reconhecimento, mas que vá...... umas aspas não faziam mal a ninguém. 

 

E isto apareceu no mural dela, e no mural dele. 

 

E a partir daí foi uma festa. 

 

Team Helena começa a deixar comentários ao post.

 

Primeiro foi a Catarina Ivone, que disse: "Este post não é da sua autoria, mas sim de Helena Araújo. Tenha vergonha! !!! vá pedir-lhe desculpa e a seguir apague-o".

 

Depois fui eu: "Muito bom, este texto. Tão bom que nem lembrava de o ter lido, por quem o escreveu originalmente. http://conversa2.blogspot.pt/2016/04/esefosseeu.html
Se queremos usar o jeito que outros têm para escrever, normalmente fazemos a fineza de citar a origem e creditá-la. De outra forma, é roubo e tentativa de enganar os nossos amigos, levando-os a pensar que somos mais espertos e inteligentes do que de facto somos. Não?"

 

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Depois veio a Helena, que perguntou: "Rogério, o seu teclado não tem aspas?" A seguir o Lutz que afirmou "O senhor não tem aspas no seu teclado, nem vergonha na cara".

 

E mais uma catrefada de malta que estava animadíssima para a hora a que aconteceu a coisa. Não tenho o resto dos comentários (devem estar algures nas notificações de mail, mas não justifica o trabalho de andar à pesca).

Reparem...... isto foi praticamente de madrugada, para um sábado. Ainda não eram 9 da manhã e a festa estava lançada. E divertida.

Eu já cá ando há uns anos, por isso, não só fiz alguns screenshots como comentei a dizer que o senhor deveria estar a dormir depois de uma noite de borga, e que quando acordasse ainda ressacado, teria 3 reacções.

 

A primeira seria assustar-se, ao ver tanta notificação, julgando que tinha Facebookado enquanto bêbedo.

A segunda de regozijo, ao ver que os comentários eram a um post feito ainda sóbrio.

E a terceira de horror, ao ver o pandemónio que ali se instalara, e que havia uma catrefada de gente a descobrir-lhe a careca junto de amigos a quem ele queria enganar fazendo-se de esperto.

 

Preconizei também que a reacção do "senhor" seria apagar tudo e bloquear toda a gente, por falta de "material testicular". Eu só não acerto nos números do Euromilhões.

 

Meu dito, meu feito. A meio da manhã, desapareceu tudo. O post, os comentários, a festarola que tínhamos andado a fazer em mural alheio. 

 

Visitei o perfil do Rogério Gomes. Conhecimento é poder. Vi que tínhamos 14 amigos em comum. Fixei 3. Serão tagados nos comentários ao post do Facebook que há-de acontecer automaticamente assim que publicar isto.

 

Caro Rogério Gomes, mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo. O Luís Aguiar-Conraria que é um gajo simpático, diz que apaga o post dele se aparecer um pedido de desculpas à Helena. Eu não sou uma gaja simpática.

 

Não sou simpática, mas tenho a minha veia de Cassandra. Coberta de razão, quando falei na ausência de material testicular.

 

Os chico-espertos do plágio

Jonasnuts, 28.03.16

A história não é, infelizmente, original, nem é, sequer, pouco frequente, pelo contrário. Mas é sempre bom, desmascarar os abutres dos conteúdos, que nascem e proliferam como cogumelos, nos dias que correm.

 

Há pouco mais de 8 anos, o Vítor Santos Lindegaard escreveu um post no seu blog

 

Até aqui nada de novo.

 

No dia 29 de Janeiro de 2016, portanto, quase 8 anos depois do post original ter sido escrito, um site chamado ncultura publica um post, a que dá o título de "10 particularidades que provam que os lisboetas também têm sotaque".

 

Não é um copy/paste, mas a cópia é óbvia. Tão óbvia que há quem se lembre de ter lido o post original, há 8 anos, e dê pela coisa. 

 

É feito um post no Facebook. E depois outros. E a malta está irritada, pois claro.

Alguém vai ao artigo e deixa um comentário, que não é aprovado.

Alguém sugere que se comente na página do Facebook do nculttura.

Alguém comenta na página do Facebook do ncultura.

O comentário é apagado.

Novo comentário. 

Nova remoção.

Ban.

Outra pessoa comenta.

Comentário apagado.

 

E depois, misteriosamente, aparece no rodapé do post plágio "Fonte parcial: Português de Lisboa: ao que isto chegou…".

Como se lá estivesse estado desde sempre.

 

Vamos lá ver. Copiar um post, transcrevê-lo quase na íntegra e colocar no rodapé a "fonte parcial" não branqueia o plágio, senhores do ncultura. Mesmo que com link. Mesmo que lá estivesse estado desde o princípio. 

 

E não estava, como qualquer pessoa com um mínimo que conhecimentos consegue provar, bastando para isso que vá ao webarchive.

 

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E quem são os senhores do ncultura, perguntarão vocês?

 

Pois que não sei. O domínio foi registado em Outubro de 2015 em nome duma empresa chamada Draftnatura Lda, com sede no Porto, e um senhor responsável que, presumo, se chame Rui Videira e tem um mail netcabo. A entidade que gere o domínio é a Amenworld, Serviços Internet - Sociedade Unipessoal, Lda, que é a mesma entidade que registou o domínio  amen.pt esse mais conhecido, para já, que o ncultura. 

 

E é só isto que eu sei.

 

Minto.

 

Sei mais coisas. Sei que os senhores fazem parte do moderno conceito de abutres de conteúdos alheios, com vista ao lucro sobre trabalho dos outros. Sei que fazem parte da crescente manada de chico-espertos que acham que podem fazer o que lhes dá na real gana, não sendo nem sérios nem honestos.

 

Adicionar o link tarde e a más horas, depois do tempo de vida útil do artigo, quando já facturaram a publicidade associada e apenas e só porque alguém vos descobriu o roubo não melhora a coisa, na minha perspectiva, pelo contrário.

 

Fazer bem, é simples.

 

Contactem os autores dos conteúdos que pretendem publicar no vosso site. Perguntem se podem. Partilhem receita. 

 

Se sim, sim, se não, não. Tão simples como isso.

 

Há ferramentas que permitem identificar plágios. Tenho séria curiosidade acerca dos resultados que obteria, se colocasse todos os posts do ncultura aqui.

 

A ver se arranjo um bocadinho, para satisfazer a minha curiosidade.

Totó, mas com ouvido

Jonasnuts, 25.02.11

Por causa do post sobre música clássica erudita, o Ricardo deixou nos comentários uma recomendação de ponto de partida, que segui.

 

A verdade é que conhecia a grande maioria das melodias, o que me faz pensar que não serei assim tão totó como isso, enfim, sou só semi-totó, mas não é disso que quero falar.

 

Ali no meio duma das músicas, algo me estava a incomodar.Faltava ali qualquer coisa. Fui ver. Dizia que era o Adiagoo Adagio Sostenuto from piano concerto nº 2, do Rachmaninoff. O nome é reconhecível, mas não percebi o que raio me estava ali a faltar. Enfim, fui à minha vidinha.

 

Mas aquela playlist continuava nos auscultadores, e passado uns tempos, lá estava outra vez a mesma musiquinha e eu a sentir ali a falta de qualquer coisa. Caraças pá. Não passas de hoje, que eu gosto pouco de coisas que me encanitem.

 

Fui ouvir com atenção, enquanto cantarolava, e de repente, ali a meio da música que cantarolo, divergi e continuei, All by myself, don't wanna be. Ah, sacana, que te apanhei. Esta merda é o all by myself. Descobri um plágio!

 

Enfim, não descobri nada, quer dizer, até descobri, mas não fui original, obviamente. A coisa está inscrita nos anais da história (portanto, está na Wikipedia), e pode ser lida aqui.

 

Mas pronto, fiquei satisfeita por saber que apesar de totó, não sou assim tão dura de ouvido. Já sobre os gostos musicais, parece que não posso ficar tão satisfeita como isso :)