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Jonasnuts

Jonasnuts

Monty Python Live

Jonasnuts, 02.07.14

Acabada de chegar ao hotel, depois de ver o primeiro espectáculo de Monty Python, Live at The O2 Arena.

Não estava à espera de ver o espectáculo da minha vida. Afinal de contas, os senhores já são velhotes, e a idade pesa. A sensação deve ter sido a mesma de quem foi ver o Sinatra quando ele veio a Portugal. Ninguém foi lá ouvi-lo cantar. Foram lá vê-lo. Para poder dizer aos netos que viram o Sinatra ao vivo (eu não vi, foi num sítio horrível).

 

Estava à espera de poder aplaudi-los, agradecer-lhes tudo o que me proporcionaram (não necessariamente no espectáculo a que estava assistir), e ficar com uma história para contar. E foi isso exactamente que eu fiz.

Foi giro, vê-los ao vivo, mais pelo facto de estar a partilhar com aqueles gajos o mesmo espaço do que propriamente por causa do material que apresentaram. Já lhes falta o vigor de outrora. Este espectáculo, há 10 anos, teria sido muito diferente. Gostei muito, não me arrependi, paguei os bilhetes e ainda lhes dei mais algum no exorbitante merchandising, afinal de contas eles foram suficientemente honestos para explicar que faziam isto por causa do dinheiro.

Só à conta do merchandising, a coisa deve chegar aos netos. T-shirts a £25, bonés a mesma coisa, e uma merda dum saquinho de pano, £15. Vão roubar para a estrada.

Comprei um de cada. O livro do espectáculo, que é uma espécie de um catálogo, £20. Não comprei.

Assim como assim, foram as férias deste ano, estes 4 dias em Londres. Valeu a pena.

A julgar pelo aspecto, há uns que devem estar quase a marchar, pelo que a coisa não se repetirá.

Como eles dizem, one down, five to go. Foi muito bom, poder aplaudi-los, por conta de todas as vezes que me fizeram rir, durante a minha vida.

 

Thank you boys, not The greatest show, but one hell of a journey!

British Airways

Jonasnuts, 20.12.07
Então, com mais calma.

Toda a gente se queixa da TAP. Mas, se a comparação for com a BA, a TAP é muito melhor.

Já não me refiro às questões mais básicas como a qualidade da comida, as condições do avião e essas coisas. Refiro-me à simpatia e competência da equipa que nos recebe. Mecânicos, robots, sem um sorriso, e a tratarem-nos como gado. Se tenho os auscultadores nos ouvidos, enquanto oiço música no meu iPod, não tenho os olhos tapados, portanto não preciso duma palmada no braço, um esgar desagradável, e um gesto de repreensão, com o indicador apontado, em riste, para mim.

Mas o "mailindo" foi no regresso. Heathrow é um aeroporto nojento, superlotado, desorganizado e sujo. Resultado? Mais de uma hora para fazer um check-in que em Portugal teria demorado 15 minutos. Revistar bagagens, obrigatoriedade de descalçar sapatos, etc. Quando terminou o processo, já havia a indicação de que a porta de embarque estava prestes a fechar.

Corrida, para chegarmos a tempo. Como estão em obras, tivemos de parar a meio, para dar passagem a uns caramelos que estavam a chegar naquele momento, mais stress. Lá conseguimos chegar à porta que...... ainda não tinha sequer aberto.

Com aquela coisa toda, nem tive tempo de fumar um cigarro. Dirijo-me ao balcão, estavam duas senhoras. Pergunto educadamente, onde é que posso fumar um cigarro? Não pode, estamos num país livre do fumo, gargalhadas uma para a outra.

Fiquei tão irritada que voltei para trás. Sentei-me, respirei fundo, troquei impressões com ele, voltei a levantar-me e voltei ao balcão. Pedi o livro de reclamações. Não temos, mas a proibição de fumar é uma coisa do governo, não é uma coisa da BA, e eu respondi que não pretendia reclamar acerca da proibição, mas sim acerca da forma como ela tinha respondido à minha pergunta. Se era um "smoking free country" porque é que raio vendiam cigarros? E porque é que se podia fumar na rua? E porque é que se tinha desmanchado em gargalhadas com a colega depois de me responder?.

Desarmou ligeiramente, disse que não se podia fumar na rua, e então eu disse que nesse caso, era a polícia que era incompetente, porque eu tinha fumado na rua, e tinha visto imensa gente a fumar na rua. Levanta a voz, e pergunta ao caramelo que ia a passar, não se pode fumar na rua, pois não? E o caramelo responde; eu posso.

Pissed, fiquei pissed. Anotei ostensivamente o nome que trazia na placa identificativa, e perguntei se a BA, ao menos, tinha um endereço de mail. Disse que não sabia.

Mas tem, e já seguiu o mail. E a senhora chama-se Cheryl, e estava às 18h00 na porta 26, onde se processava o embarque para o voo BA 504.

Cabra! E se me estiver a ler, bitch!

Vou ali e já volto

Jonasnuts, 14.12.07
Quer dizer, levo computador, telemóvel e afins, e sim, vou ver mail, e vou trabalhar. Mas vou ali a Londres e já volto (aceitam-se encomendas).

3 dias de "descanso", longe do caos, nessa cidade calma que é Londres.

Londres tem 2 inconvenientes, para mim.

Está cheia de ingleses. É como Paris, está cheia de franceses.
Não tenho nada contra os Ingleses, pelo contrário, aprecio (algum) humor, e respeito aquela fleuma (desde que seja entre eles), e pronto, há sempre a música, já a comida...... Não gosto da arrogância e claro, as generalizações são perigosas.

O 2º inconveniente é que eu, por causa dos putos cá de casa, praguejo imenso em inglês. Fuck, asshole, cuntface, são coisas que me saem pela boca fora quando os miúdos estão presentes, e por força do hábito, saem-me também quando estão ausentes. Ora, em Portugal isso não terá assim muita importância, mas em Londres são capazes de me perceber, não sei.

Vou ter de fazer como numa das últimas vezes que lá tive, com um enorme grupo de amigos.

Íamos no metro. Eu tinha (tenho?) a mania de organizar coisas, e "levei" uma série de colegas (que são as putas, mas neste caso não eram) a Londres. Aliás, levei não. Quem levou o grupo foi a Chichonas, essa prestigiada agência de viagens.

Anyway. Todos no metro, uns 10. Distribuídos pela carruagem, uns numas portas outros noutras. E eu com medo que alguém se perdesse. SAÍMOS NA PRÓXIMA, grito para um lado, e repito, de forma igualmente estridente, para o outro lado.

Reparei que as únicas pessoas que não olhavam para mim eram precisamente os meus companheiros de grupo. Claro está que fingiam não me conhecer, como se aquilo não tivesse sido com eles. De resto, todos os ingleses tinham colado os olhos em mim, e tinham aquele ar meio enojado meio enjoado, de superioridade insular (insular inglesa, que os Açoreanos são insulares e são 5 estrelas).

Portanto, vejo-me de repente a braços com um dilema que pode prejudicar a imagem de Portugal. E eu não queria provocar um incidente internacional. Mais para mais com os ingleses, que são os nossos mais antigos aliados (é sempre isto que se diz quando se fala dos ingleses, não é?).

Na altura, a única coisa que me ocorreu foi pedir desculpas. E foi o que fiz:

I'm sorry. We are spanish. We talk very loud.

E saímos.