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Jonasnuts

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Proposta eleitoral

Jonasnuts, 16.09.09

Não sei muito bem a quem endereçar esta proposta, se às televisões, se à ERC, se aos candidatos, se aos jornalistas. Olhem, entendam-se uns com os outros.

 

Os debates entre candidatos servem para que meia dúzia de comentadores políticos possam justificar os seus ordenados, e para que alguns mais esgrimam argumentos nos Blogs, mostrando a quem quiser ver que têm jeito, e que se calhar até davam bons comentadores políticos (há excepções, não ando tudo à procura de tacho ou visibilidade).

 

Creio no entanto, que a grande maioria dos eleitores decide em quem vota ou por tradição (sempre votou naquele partido), ou porque gosta mais da cara de A ou de B. Não conheço um eleitor, dos normais, que leia o programa proposto pelos partidos.

 

Posto isto, creio que os senhores (todos os que descrevi no primeiro parágrafo) deviam repensar os debates, e fazer só a coisa no modelo Gato Fedorento, mais oleado.

 

O Esmiuçar os Sufrágios vai ter mais impacto na decisão dos eleitores do que todos os outros programas/debates/frente-a-frente juntos.

 

A ordem dos candidatos não foi a mais feliz (para o programa), já que eles ainda estão à procura de um tom e de um ritmo, e que o Ricardo Araújo Pereira ainda está demasiado preocupado em encontrar o personagem ideal e ainda tem medo de sair do armário e assumir-se como gajo que até joga em igualdade (ou mesmo superioridade) de circunstâncias com as pessoas que está a entrevistar. Mas é capaz de lá chegar, já esteve melhor ontem do que anteontem.

 

Quanto às comparações com o The Daily Show with Jon Stewart, ainda é cedo. O formato é semelhante e, embora o Ricardo Araújo tenha potencial para ser o Jon Stewart português, os outros três não têm hipótese de chegar aos calcanhares do John Oliver, da Samantha Bee ou do Jason Jones.

 

Anyway....a proposta do título do post é esta.....façam mais entrevistas neste tom, e menos das outras. É uma win, win, win situation. Ganha a televisão, ganha o candidato, ganha o público e ganha a política na medida em que muita gente que não se interessaria pelo tema vê a coisa, porque é divertido.