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Jonasnuts

Jonasnuts

Caros senhores das finanças

Jonasnuts, 09.05.17

Adorei saber que tinham lançado uma app.

Fui ver.

 

Instalei e autentiquei-me. Tive pena que não permitissem a autenticação através da impressão digital, mas pronto, paciência, não era um must have, era um nice to have. Ainda por cima, tecnicamente, não é complicado. Mas pronto.

 

Como sou uma cidadã cumpridora, já entreguei a minha declaração pelo que, a app apenas me serviria para saber o estado da minha declaração. Espero que seja apenas o princípio, e que a app cresça em funcionalidades, senão faz-se o download uma vez por ano e só para poupar o trabalho de ir ao site.

 

Fui ver o estado, e agradou-me.

appfinancas.jpg

A "situação", desde 5/5 era "Reembolso emitido". 

Fui logo a correr ao Homebanking confirmar a coisa, que uma pessoa nesta matéria só acredita quando o carcanhol está do lado de cá. Nada.

 

Oh diabo. Desabafei no Facebook e foi aí que uma data de gente culta me informou.

 

"Reembolso emitido" está longe de significar o que as pessoas normais acham que significa. 

Se aparecer "Liquidação processada", a mesma coisa.

 

Em linguagem de pessoas normais, parece querer dizer que já nos devolveram o carcanhol, em linguagem de pessoas das finanças quer dizer que ainda a missa vai no adro.

 

E é aqui que eu pergunto, aos senhores do ministério das finanças......... afinal, a porra da app é para quem? É para o público, leigo na vossa terminologia, ou é para os funcionários do ministério e TOCs?

 

Mão amiga fez-me chegar um organograma dos vários estágios da declaração. Coitada, é viajada, a declaração.

organograma.jpg

Queridos senhores das finanças (ainda não me devolveram o guito, tenho de ser simpática), O que se passa entre o 1º ponto (submetida) e o 5º ponto, ao comum dos mortais, não interessa para nada.

 

Pode, eventualmente, servir para a pessoa perceber que alguma coisa está a andar, mas em nenhum momento vocês podem usar vocabulário que induza as pessoas em erro, sob o risco de as terem ainda mais frustradas do que o habitual uma vez que o assunto mete dinheiro, impostos e atrasos.

Na próxima versão, corrijam estas coisas. Se precisarem de ajuda para traduzir e adaptar textos para linguagem de pessoas normais, eu ofereço-me, que esse é um dos serviços que a minha empresa presta.

 

Muito agradecida. Não tem de quê.

 

 

UPDATE: A Sarah chamou-me a atenção para o facto da linguagem não ser exclusiva da app. Portanto, esta linguagem de jargão técnico financeiro é sinónimo de inépcia transversal a todas as plataformas, não sendo um exclusivo da app. Também posso adaptar os textos do site. Encarece um bocadinho o orçamento, mas valerá a pena.

As minhas aventuras com o IRS - Take 2

Jonasnuts, 02.07.16

Ministros __ República Portuguesa.jpg

Depois de ter escrito o meu post de há pouco (auto-link), comecei a pensar no que deveria fazer.

 

A primeira coisa foi escrever à minha repartição de finanças, perguntando onde deveria então colocar as despesas de educação cujo IVA é de 23% e aguardarei pela resposta, que deverá chegar no início da próxima semana.

Isto servia para resolver o meu problema no imediato, do ponto de vista da burocracia e da entrega definitiva dos impostos, a ver se me devolvem o mais rapidamente possível o dinheiro que retiveram indevidamente.

 

Mas não chegava. 

 

Decidi então escrever ao Sr. Ministro das Finanças, ao Sr. Ministro da Educação e ao Sr. Ministro da Cultura, com uma mensagem adaptada a cada um dos casos. Usei o portal do Governo, que tem formulários de contacto com os Senhores Ministros, e vamos ver agora quando é que me respondem, e que resposta é que me dão.

 

Aparentemente tenho andado a dormir, porque isto já deu que falar quando foi anunciado. Só agora, que me tocou directamente, é que me apercebi da coisa. 

 

A minha irmã diz para não me esquecer destas coisas, quando eu for votar (ela detesta que eu vote sistematicamente em branco). E eu concordo, não me esquecerei. Mas penso que a participação política das pessoas não se pode resumir ao voto. 

 

Claro que outras formas de participar são amplamente desincentivadas, veja-se o que deu a petição contra a lei da cópia privada (auto-link), ou o debate promovido pelo BE sobre o memorando de entendimento (auto-link). 

 

Depois destas experiências, a minha disponibilidade para este tipo de participação reduziu muito. Estou agora adepta duma participação mais personalizada e mais directa. Ah, mas a união faz a força e sozinha não vais a lado nenhum. É verdade. Mas, neste momento, não tenho alternativa. Ou é isto, ou ficar parada que, neste momento, não é uma opção.

 

O puto vai entrar num curso superior relacionado com as artes. Serão muito poucos os livros, e a faculdade é do estado. Se vão ficar exclusivamente por minha conta todos os materiais necessários para o curso do puto, vou à falência. 

 

Alguém tem mais ideias sobre como contrariar esta imbecilidade?

Caro Director-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira

Jonasnuts, 13.06.13

Caro Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, Sr. José António de Azevedo Pereira

 

É com muito gosto, ou não, mas isso agora não interessa para nada, que tenho recebido as suas diversas mensagens de mail, convenientemente enviadas tendo como remetente um no-reply, informando-me das mais variadas coisas que o senhor acha que são do me interesse.

 

A saber, julgou vossa excelência que me interessava saber, no dia 7 de Janeiro, que a emissão de factura é obrigatória, mas que desde 1 de Janeiro essa obrigatoriedade seria reforçada, e até teve a amabilidade de me descrever os termos do reforço. Não me interessava para nada, mas, lá está, o senhor não sabia e queria que eu estivesse informada.

 

Achou também que eu precisava de saber que o site do e-fatura já estava disponível no portal das finanças. Também não me interessava para nada, mas, lá está, senti-me informada.

 

A lista continua, mas não quero tomar o seu, presumo, reduzido tempo, com mais spam.

 

Gostava então de saber, porque é o Director-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, Sr. José António de Azevedo Pereira, é tão solícito a enviar-me correspondência acerca de temas que não me dizem respeito, ou que não me interessam, mas não manda uma porcaria de um mail a dizer que tem "divergências" comigo, e que, por esse motivo, não me devolve o dinheiro que durante todo o santo ano de 2012  reteve indevidamente?

 

Para isso, está quieto, não é?

 

Quem ainda não recebeu a DEVOLUÇÃO dos valores referentes ao IRS declarado para o ano de 2012, que vá ao portal das finanças, e procure por divergências, para ver se eles inventaram alguma coisa, ou se esqueceram de vos dizer qualquer coisa, e agora não vos DEVOLVEM o valor que cobraram indevidamente e estão caladinhos que nem ratos.

 

Eu vi-me à rasca para encontrar a porra das divergências, só lá fui com a ajuda do @joelysandra.

 

Está aqui:

 



O "meu" carro

Jonasnuts, 29.12.12

Assim, entre aspas, que ainda não está todo pago (só em Março, se lá chegar) deixou-me ficar mal pela 2ª vez num curto espaço de tempo. Há um mês e qualquer coisa, foi-se-lhe a bateria. Cheguei lá um dia, e népia, nem um som. Recarrega a coisa e está a andar, a pelo meio até se arranjou miraculosamente o facto de não fechar as portas quando começava a andar, que tinha deixado de funcionar há uns tempos, mal menor.

 

Na semana passada, a caminho do trabalho, acende-se uma luz. Olá? O que é isto? Fui ver ao manual. Era a luz do motor, daquela que tem avisos "se esta luz se acender, vá imediatamente para a oficina". Pois que não fui. Tinha mais que fazer. Mas parei-o.

 

Esta semana, em que estou de "férias" (entre aspas porque as minhas férias levam sempre aspas) lá o deixei na oficina.

 

Pois que é a admissão e os injectores (seja lá isso o que for).

 

Se der para limpar, menos mal, senão, tem de levar tudo novo.

 

Já não me chegava a operação ao ombro (sim, esteve marcada para 5 de Dezembro, mas outros valores mais altos se alevantaram), agora a porra do carro a colidir-me com o orçamento.

 

O que poupei em presentes de Natal, vai agora (e muito mais) no carro e no ombro.

 

Caraças pá, ainda não é desta que começo uma conta poupança reforma.

Os filhos fictícios e os filhos da puta

Jonasnuts, 28.08.12

Acabo de ver na SIC Notícias uma "notícia" com um título sugestivo :) "Fisco admite que milhares de filhos declarados até 2009 eram fictícios"

 

Há 2 coisas que me custam, nesta notícia. Uma mais que outra.

 

Chateia-me que a SIC Notícias apenas debite informação proveniente do Ministério das Finanças, sem se preocupar sequer em questionar aquilo que está escrito. Mas esse é o mal menor....... não sou cliente da SIC, portanto, a probabilidade de vir a ser enganada por um notícia da SIC é reduzida. Aliás, a bem dizer, a probabilidade de vir a ser enganada por uma "notícia" de qualquer órgão de comunicação social tradicional, é reduzida. É uma fonte que cada vez uso menos.

 

Acima de tudo, chateia-me que os alegados deficientes mentais do Ministério das Finanças, debitem informação enganosa, ou, pior, que mesmo após terem sido contactados por uma série de pessoas, ainda não tenham acordado para a porra do problema que causaram com a merda da obrigatoriedade de inclusão do número de identificação fiscal das criancinhas, sobretudo quando a presença da criancinha apenas pode acontecer na declaração de um dos progenitores.

 

A porra do Estado, ainda vive no início do século passado, ainda acha que TODAS as crianças vivem com o pai e com a mãe, e já agora, que a mãe fica em casa, enquanto o pai, o chefe de família, trabalha para providenciar o sustento dos dependentes.

 

A merda do ministério das finanças, ou o governo, ou seja lá quem for que tenha aprovado esta lei acéfala, deixou de lado TODOS os pais que partilham as despesas dos filhos que têm em comum e que, naturalmente, querem deduzir nas respectivas declarações.

 

Desapareceram das declarações? Pois desapareceram....... só daqui de casa, há 3 desaparecidos.

 

E a falta de preparação dos funcionários a quem coloquei a questão é extraordinária, como aliás, já tive oportunidade de descrever no passado (auto-link).

 

E aquele endereço de mail do Ministério das Finanças para onde enviamos as perguntas sobre este tipo de dúvidas, e que é obrigado a responder, e cuja resposta vincula o Ministério das Finanças? Estão-se cagando, e não respondem. Aliás, as finanças mandam-me muitos mails, mas responder aos meus, está quieto.

 

Filho fictícios....... a bem dizer, não conheço nenhum (apesar de ter pelo menos 3 na minha família mais próxima), já filhos da puta, é ao contrário, não tenho nenhum na família, mas conheço muitos (por acaso..... pensando bem, até tenho um filho da puta na família, mas isso agora não interessa para nada).