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Jonasnuts

Jonasnuts

Caros deputados portugueses do Parlamento Europeu....

Jonasnuts, 07.11.11

.... em meu nome, votem NÃO.

 

 

 

"Consegue imaginar o seu fornecedor de internet a policiar tudo o que faz online?

Consegue imaginar medicamentos genéricos, que salvam vidas, a ser banidos?

Consegue imaginar sementes que poderiam alimentar milhares de pessoas, a ser controlados e retidas, em nome das patentes?

 

Isto será realidade, com a ACTA.

 

Acta é o Anti Counterfeiting Trade Agreement. Disfarçado de acordo comercial, ACTA  vai muito, muito mais longe que isso.

 

Nos últimos 3 anos, acta tem sido negociada em segredo por 39 países. Mas os negociadores não são representantes eleitos democraticamente. Não nos representam, mas decidem leis, nas nossas costas.

 

Passando por cima dos processos democráticos, eles impõem novas sanções criminais para impedir a partilha de ficheiros online. ACTA pretende que os fornecedores de acesso à internet sejam legalmente responsabilizados pelo qus os seus clientes fazem online, transformando estes fornecedores de acesso em polícias e juízes, ao serviço da lei do copyright, censurando as suas redes.

 

O efeito inibidor sobre a liberdade de expressão, seria terrível.

 

Em nome das patentes, a ACTA daria às grandes corporações o poder de impedir que os medicamentos genéricos cheguem a quem deles precisa, bem como o poder de impedir que determinadas sementes sejam cultivadas.

 

O Parlamento Europeu vai, brevemente, votar a ACTA., Este voto será a ocasião ideal para dizer não, duma vez por todas, a este perigoso tratado.

 

Como cidadãos temos de pressionar os nossos representantes para que estes votem contra a ACTA."

 

Mais informação, aqui.

 

Via Enrique Dans.

Mais importante que a abstenção

Jonasnuts, 08.06.09

Este não é um blog político ou de política, mas caramba, as europeias foram ontem.

 

Acho que os políticos deviam estar menos preocupados com a abstenção e mais preocupados com os brancos.

 

As abstenções foi pessoal que não teve pachorra para ir votar. Acham que há coisas mais importantes. Não havendo sol, foram certamente encher os centros comerciais que pululam por esse Portugal fora. Ou ficaram em casa, ou vão passear. Não interessa. Baldam-se. E não me venham com tretas de que é para mostrar cartões amarelos ou vermelhos. Não é nada disso. Estão-se cagando.

 

Com o que eu acho que os senhores políticos se deviam preocupar era com os votos em branco. São as pessoas que não têm pretensões a figurar nos mapas dos números e que não se importam com o facto de aos seus votos não ser conferido qualquer valor estatístico, têm o trabalho de ir votar, às vezes fazer umas distâncias valentes porque ainda não trataram da papelada para para mudarem a assembleia de voto para a sua área de residência, que apanham filas de trânsito no IC30 por causa de acidentes, e vão lá, pegam no boletim, e ainda não chegaram à cabine de voto e já vai o papelito quase todo dobrado. Não estão nem 1 segundo na cabine de voto, regressam ainda a dobrar o papel, depositam o dito cujo na urna, recebem os documentos de volta, dão as boas tardes e vão por donde vieram.

 

São os que vão lá, dizer que não acreditam.

 

Com estes é que os políticos se deviam preocupar.

Internet livre, por agora

Jonasnuts, 06.05.09

Parece que houve drama, suspense, manobras de diversão e intrigas umas mais palacianas que outras.

 

De acordo com o Tek, a proposta não passou.

 

A verdade é que eu não consegui perceber muito bem o que é que aconteceu à tal da proposta que ia hoje a votos no parlamento europeu, pelo menos a partir do texto do Miguel Portas. Aquilo é de tal forma confuso que eu acho que é propositadamente burocrático e complicado para que os cidadãos comuns não percebam.

 

Seja como for, parece que, pelo menos por uns tempos, a coisa está travada.

 

Seja como for, é preciso que nos mantenhamos atentos, que estes gajos, se nos apanham distraídos, borram a pintura.

 

 

Internet sob controlo

Jonasnuts, 05.05.09

Já falei disso aqui, na semana passada. Discute-se hoje e vota-se amanhã, na comissão europeia, aquilo que se optou por chamar o pacote das telecomunicações que propõe, entre outras coisas, que as empresas de telecomunicações possam actuar como polícias da Internet. Se este pacote for aprovado, qualquer ISP (Internet Service Provider - Fornecedor do Serviço de Internet) pode vasculhar nos conteúdos que produzimos, consultamos, e decidir o que é que temos o direito a ver ou não.

 

A ser aprovado, será o fim da Internet como a conhecemos. Será a Internet dos feudos, e dos privilegiados, onde uns poucos mandam e muitos obedecem porque não têm alternativa.

 

Será o fim da Internet livre, como a conhecemos. Se, pelo absurdo que esta proposta representa, nos fiarmos na virgem, podemos acordar na quinta-feira com o nosso mundo virado ao contrário. Eu também acho que a proposta é tão imbecil, que não há forma de qualquer pessoa minimamente inteligente aprovar esta coisa. No entanto, a experiência ensinou-me que há muitos imbecis em muitos lados, especialmente nos sítios onde deveriam ser proibidos.

 

Estando tão próximas as eleições para a comissão europeia, sugiro que vejam como votaram os deputados dos vários partidos, e não se esqueçam desse voto, quando chegar a vossa vez de votar.

 

Mais informações sobre este pacote das telecomunicações, aqui.

 

Aqui têm uma ideia sobre as votações de deputados portugueses na proposta inicial (a coisa é negra)j.

 

E aqui, algumas sugestões para fazer chegar aos representantes a sua opinião.

O futuro da Internet discute-se a 5 de Maio

Jonasnuts, 28.04.09

Já disse aqui várias vezes que não leio jornais, nem sou consumidora de notícias nos órgãos de comunicação social tradicionais. Talvez seja por isso que me tenha escapado algum barulho que certamente estes órgão de comunicação social mais tradicionais têm, obviamente, feito acerca deste tema. Deve ter havido imensos artigos de opinião, que pessoas conscientes e ciosas das liberdades de expressão (próprias e alheias) têm feito veicular acerca deste assunto.

 

Falha minha, certamente.

 

Chamo a vossa atenção para a votação que irá decorrer no Parlamento Europeu, no próximo dia 5 de Maio.

 

Pelos títulos das propostas, parece estar tudo bem, e parece que os direitos dos consumidores (nós) até estão a ser defendidos.

 

No entanto, sempre que vejo regulação, regulamentação e internet, na mesma frase, eu vou atrás. Não sei porquê, mas desconfio sempre. Deve ser da idade. Mais para mais, os senhores parece que estão com pressa em aprovar isto antes das eleições. E reguladores, regulamentos, Internet e pressa deixam-me ainda mais pulgas atrás da orelha.

 

Então parece que se estas novas propostas forem aprovadas, a Internet, como a conhecemos, pode estar a acabar. Sim, isto pode ser o princípio do fim. Se estas propostas forem aprovadas,  os ISP (Internet Service Providers - Fornecedores do Serviço de Internet) passarão a estar legalmente habilitados a limitar o número de sites a que podemos aceder, e a dizer-nos se estamos ou não autorizados a utilizar determinados serviços. Eles decidem por nós. Estará disfarçado de "Opções dos consumidores", parecendo, portanto, uma benesse, mas na realidade, isto permitirá aos fornecedores de acesso a venderem pacotes de internet como vendem os pacotes de televisão, com um número limitado de opções às quais poderemos aceder.

 

 

Eles escolhem os conteúdos e os serviços a que podemos aceder.

 

 

Os grandes não terão grandes problemas, mas os pequeninos, os Blogs, as pequenas empresas, os que estão fora do lobby, esses, não sobreviverão. E isto será apenas o princípio.

 

Deixaremos de ter uma Internet Livre, será a Internet pré-escolhida por terceiros. Com a liberdade que esses todos poderosos decidirem dar-nos. Uma liberdade assim-assim.

 

Portanto, se por acaso passar aqui algum candidato ao parlamento europeu, esta era uma pergunta para a qual eu gostaria de resposta. Como é que votaria estas propostas? O meu voto depende disso.

 

Quanto aos demais leitores, podem passar por sítios onde isto está mais bem explicado e documentado. Aqui por exemplo.