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Jonasnuts

Jonasnuts

Grupo profissional de varrimento de votações

Jonasnuts, 30.11.20

Este é o tipo de coisa que me diverte muito.

Chego a este tema por via do João Almeida, o atleta português, do ciclismo, que andou meia volta à Itália com a camisola cor-de-rosa.

Uma conta/site especialista em conteúdos de ciclismo decide lançar uma votação, em várias mãos, que se destina a eleger o melhor rider de 2020. O esquema é sempre o mesmo, colocam nome de dois ciclistas numa poll e o que tiver mais votos, passa à eliminatória seguinte.

Ora, isto não tem nada a ver com competências atléticas ou desportivas, pois não?  Isto são votações no Twitter. Valem o que valem. Bora lá votar no João Almeida, que ainda por cima nasceu em 98. Entusiasmei-me com a coisa e comecei a fazer campanha.

Nesse momento constato que, longe de estar só, estou mesmo muito bem acompanha por pessoas que parecem profissionais da coisa.

É nessa altura que sou apresentada ao grupo informal mas profissional de varrimento de votações. Sempre que há um português a votos, este grupo mobiliza-se para divulgar a votação, apelando ao voto nos portugueses a concurso.

 

Com a ajuda do Michael Seufert chego à origem deste grupo. Consta que tudo começou em finais de março, com uma votação sobre futebol, dos Les Réservistes, em cujo início foi tudo apanhado um bocadinho de surpresa, como se nota.

 

(24) Les Réservistes on Twitter_ _Seizième de

Na mesma altura do torneio, Vítor Baía foi nomeado nos 16 avos de final e é nessa altura que as pessoas acordam para a coisa. E por pessoas, não me estou a referir a mim, ou a qualquer vulgar user de Twitter, estou a referir-me a (ia dizer influencers, mas depois eles davam-me um tiro), estou a referir-me a pessoas bem abonadas, do ponto de vista dos followers. O Sir_Bronn_ o insoniascarvao, o rsaraiva, o aquilespintoPT,EuSouZarolho, o seufert para citar apenas alguns. Ora, o resultado deste envolvimento começou por ser o do Baía ganhar ao Buffon. AO BUFFON!

(30) Les Réservistes on Twitter_ _Quart de final

A diferença de votos entre votações onde participa um português e votações onde não participam portugueses é considerável.

(30) Micha - pessoa que escreve cenas on Twitter_

Claro que, melhor ainda do que os concorrentes portugueses ganharem, foram os comentários. Quer do portugueses que votavam, quer do resto do mundo, absolutamente pissed.

Nessa votação, que não consigo recuperar, todos os jogadores portugueses a concurso ganharam as polls em que participaram. 

Regressemos às polls do João Almeida.

À medida que vão sendo ganhas mãos, a dificuldade vai aumentando.

(25) La Flamme Rouge on Twitter_ _#LFRBestRider20

 

(6) La Flamme Rouge on Twitter_ _#LFRBestRider20 -

 

(7) La Flamme Rouge on Twitter_ _#LFRBestRider20 -

 

(9) La Flamme Rouge on Twitter_ _#LFRBestRider20 -

 

(9) La Flamme Rouge on Twitter_ _#LFRBestRider20 -

 

Muitas têm sido as contas que alinham na divulgação de cada votação. Para além das já citadas, há outras como a Paula Neves, a Ana Ni Ribeiro (que foi quem me deu o título do post), a Raquel Shelby Vaz Pinto, a Umbelina, para me manter agora num universo feminino e isto é sempre injusto, porque é tanta gente que não dá para referir todas as contas.

Mas, o melhor disto tudo são os tweets, o humor, os códigos que se criam, as cumplicidades. E o facto do resto do mundo estar pissed, claro :)

Como diz o Sir Bronn, "Vencer polls é bom mas dar-lhes cabo da moral dessa forma é magnífico."

Apareceu neste processo uma frase que colou e que é usada por todos, com ligeiras variações que lhe conferem maior ou menor portugalidade, nomeadamente a presença ou não da última palavra. 

É a minha próxima t-shirt (a frase tem de ser mais genérica, tem de ter outra fonte e falta-lhe um ponto final - e nunca deixei de ser produtora).

 

nexttshirt-1.jpg

(A t-shirt é da autoria do Edu)

Já estão anunciados os concorrentes para os 16 avos de final, o que significa que mais daqui a bocadinho, recomeça tudo de novo.

Bora lá overperformar mais esta. Bora lá ganhar isto outra vez. 

:)

 

1990, és tu?

Jonasnuts, 05.02.18

Por motivos que agora não interessam mas que é uma questão de tempo até por aqui aparecerem, fui dar com o site do Instituto do Desporto e Juventude.

IPDJ.jpg

 

Isto é um tema com potencial para conteúdos do caraças. Um tema com  potencial para criar uma comunidade do caraças (ou, melhor dizendo, uma federação de comunidades). Um tema com tudo para dar certo e ser um case study em termos de estratégia digital.

 

Mas, aquilo a que temos direito é um site pobrezinho mora longe, anos 90 no seu auge, onde encontrar informação é difícil, não é responsive e onde não há, sequer, referência a redes sociais.

Tricot, crochet, maternidade e tiro com arco

Jonasnuts, 29.09.09

Isto de ser mãe tem os seus quês. Disse ao puto que se ia acabar a mama do ano passado (em que não praticou nenhum desporto), e que este ano ia ter uma actividade física qualquer.

 

Andámos à procura da actividade certa. Futebol (já fez) não gosta, ténis (já fez) cansa muito, natação (fez desde os 2 anos) não precisa e tem a desvantagem de molhar, hóquei não deu, por ser demasiado velho.

 

Eu preferia um desporto de equipa, que isto de ser filho único é tudo muito bonito, mas depois ficam-lhe a faltar competências mais sociais (é um bicho do mato, como a mãezinha, o sacana), mas, já sei por experiência que se a escolha for só minha, corre mal. Tinha de ser uma coisa escolhida por ele. Assim como assim já sabe que, o que escolher, faz até ao fim, não há cá desistências a meio.

 

Julgava eu que, desporto de equipa ou desporto individual, pelo menos, ninguém lhe tirava a actividade física, até que ele deixa cair a bomba. Tiro com arco. Tiro com arco? Mas isso nem te mexes. Não me interessa, é um desporto, olímpico e tudo. Diz que é bom para a concentração, e se há puto com espaço para evoluir nesse capítulo, é o meu. Veremos no final da temporada.

 

Pronto...lá está, no tiro com arco, às segundas quartas e sextas (o que me dá cabo dos meus finais de dia). Vou buscá-lo, vou pô-lo, espero uma hora cá fora (só entrei da primeira vez para falar com o professor), e depois vamos para casa, onde chegamos quase à hora de (fazer o) jantar.

 

Naquela hora, em que a minha mente divaga por acidentes com arcos e flechas (e mais para mais o puto tem um nome com tradição no tiro com arco), não tenho muito que fazer. Uns sudokus no iPod, livros, revistas. Mas sentia-me um bocado inútil (e ver as mães, sempre as mães, quase sempre só as mães a levar as criancinhas, não ajuda). Pensei em capitalizar aquelas 3 horas semanais.

 

É desta que relembro o crochet que a minha avó me ensinou, e faço os presentes de Natal duma catrefada de gente. Até já sei qual é o projecto, que vi aqui e cujo resultado final me pareceu excelente. (De referir que a minha avó era uma artista, caraças. Lá está, capitalizava as longas horas de espera típicas do seu trabalho, e fazia verdadeiras obras de arte, uma delas, feita de encomenda para o meu "enxoval" às vezes aterra na minha cama).

 

Primeiro dia de tiro com arco, e toca de ir ali perto comprar as lãs e a agulha. A senhora da loja deve ter pensado que lhe tinha saído a sorte grande, olhe, dê-me um novelo de cada cor, se faz favor.

 

Pensei eu, burrinha, que se tinha aprendido a tricotar com o Knitting for dummies (e a coisa correu bem), com o crochet ia ser mais fácil, não só porque a minha avó me ensinou o básico, mas também porque já tinha o Crocheting for Dummies. Mas parece que sou mais dummie do que o que julgava, porque a última fila daquela coisa não fica com os double crochets que é suposto. Já tentei todas as combinações, e fica ou com espaços a mais ou com espaços a menos.

 

Já fiz mais de quase 20 hexágonos, mas não tenho nenhum, porque empanco sempre no mesmo sítio, e desmancho tudo.

 

Já me arrependi amargamente de ter escolhido aquele cor de rosa para experimentar, que já deito cor de rosa pelos olhos.

 

Mas, acima de tudo, gosto do ar ligeiramente enojado que as mãezinhas frequentadoras daquele ginásio selecto fazem, quando me vêem de agulha de crochet na mão. Acho que vou começar a levar um lenço na cabeça, e começar a ler as instruções alto, e a falar achim, para jugarem que sou a criada de casa do menino (é difícil, porque não dá para dizer crochet sem ser achim, e porque as instruções são em inglês). É engraçado, que já me acontecia com o tricot, mas com o crochet o ar de asco é maior.

 

Tenho de me fazer convidada para um encontro qualquer de crocheteiras, para ver se alguém me tira a dúvida (que deve ser uma coisa básica, obviamente), para ver se ponho aquelas 3 horas a render.

 

Enquanto isso não acontece, e uma vez que já esgotei todas as possibilidades e combinações de pontos que me ocorreram, em vez do crochet levo o 2666. Por mais page turner que aquilo seja, tenho ali para, pelo menos, 2 semaninhas.

Hóquei

Jonasnuts, 10.09.09

Qualquer pessoa com filhos passa pelo drama das actividades extra curriculares. Há quem atafulhe as criancinhas de actividades extra curriculares, há quem opte por não fazer nada, e há quem tente encontrar o meio termo. Eu sou destas últimas.

 

O desporto é importante e, nessa perspectiva, tenho incentivado o meu puto a experimentar vários, para ver de que é que ele gosta. Football, ténis, natação, já fez (e já não faz), falou-me em Karaté por volta dos 6 anos, mas tendo sido uma praticante da modalidade sei que, para ser feito a sério, dá cabo dos joelhos, pelo que na minha opinião, nunca antes dos 10. Para ser feito a brincar, e precisamente por ter praticado, não quero.

 

Este ano, confrontado com a necessidade de escolher um desporto, disparou em várias direcções. O Hóquei foi um dos tiros. Ok, hóquei, tem vantagens e desvantagens, mas vamos lá aprofundar a coisa.

 

Liguei para o Clube Desportivo de Paço de Arcos, e expliquei ao que ia. O meu filho, de 11 anos, gostava de conhecer melhor a modalidade, para ver se seria algo de que gostava e que pudesse aprender.

 

Resposta: 11 anos? Mas já praticou hóquei? Não. Sabe andar de patins? Não.

 

Então não dá. A nossa escola de hóquei é dos 4 aos 8 anos, e começam a competir aos 6. Aos 11 anos já são praticamente profissionais, e já não dá para integrar miúdos que não pesquem nada do assunto.

 

4 anos. Era preciso que o puto entrasse entre os 4 e o 8 anos.

 

Portanto, das duas uma, ou eu tenho um esquema muito bem planeado para a actividade desportiva do meu filho assim que ele nasce, ou estou lixada.

 

Aquela coisa do desporto pelo desporto, e pelo prazer da actividade, não mora ali.

 

Ainda bem que é um clube cujo lema é "amizade primeiro, competição depois", porque senão iam buscá-los à saída da maternidade.