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Jonasnuts

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Em busca da moto perfeita

Jonasnuts, 17.04.17

Já percebi que as motos são como as opiniões, há para todos os gostos.

 

Para quem, como eu, não percebe nada, a quantidade e a qualidade do feedback que recebi, por causa do post anterior, foram esclarecedoras, mas também baralharam.

 

Roda alta, roda baixa, roda intermédia? Sei lá eu, que achava que as rodas eram todas iguais,

 

Capacete já percebi que tem de ser integral, mas one piece ou modular? 

 

E alugo uma para treinar, faço um test drive ou tenho aulas? Eu só sei andar de bicicleta e com calma.

 

Tenho achado que o mercado está pouco preparado para pessoas como eu. Está preparado para a miudagem, que já sabe conduzir porque aprendeu nas motos dos amigos. Está preparado para quem já conhece e já domina.

 

Não encontrei uma única escola de condução com oferta de aulas de condução, sem falar em carta. Se eu tenho carta de ligeiros, não preciso de tirar a carta para conduzir uma 125. Tenham uma oferta de aulas para quem quer aprender, mas não quer (ainda) tirar a carta.

 

Também já percebi que a questão estética é importante. Para mim também é, mas o argumento €€€€ fala mais alto. Eu gosto da Django Evasion. Do look retro e, sobretudo, do tom de azul. Mas € 2.700 é muita fruta, sobretudo assim de repente e não encontrei em 2ª mão.

 

Peugeot - DJANGO EVASION.jpg

 

Em cima disso, não sei quais são os consumos, nem ninguém me diz se isto é alguma coisa de jeito ou não. E é francesa. E tem um leão mesmo ali à frente.

O consenso parece ir para a Honda PCX. Porque gasta muito pouco, porque é fiável, porque tem uma boa relação qualidade/preço. A grande maioria das pessoas com quem falei recomendou-me esta PCX. Nova é mais cara que a Django, mas, não só há promoções e facilidades de pagamento como há várias em 2ª mão.

 

PCX125 Campanha Financiamento  Honda Portugal.jpg

Outra dúvida, mas esta já a tenho há MUITOS anos. Porque é que a buzina das motos é tão fraquita? Se há veículo que precisa duma buzina potente, é uma moto. Um camião TIR, com aquele tamanho todo, não apanha ninguém desprevenido, não precisa daquele buzinão para nada, a simples deslocação de ar chama a atenção. Uma moto é mais discreta, tem muito mais necessidade duma buzina de jeito, mas não, têm umas coisinhas imberbes que mal se ouvem. Comprando uma, a primeira coisa que lhe faço é meter-lhe uma buzina de jeito. A não ser que não se possa.

 

Os seguros são outro mistério. Não percebo porque é que não há seguros contra todos. E também não percebo porque é que não há seguros contra roubo. Não tendo garagem para a deixar durante a noite, vai ter de ficar na rua. Amarrada a um poste da luz, mas na rua. Ficaria mais descansada se pudesse ter um seguro, apesar de toda a gente me dizer que ninguém rouba 125.

 

É todo um mundo novo que descubro, devagarinho. Irei dando notícias e estarei atenta ao feedback que me quiserem dar, porque tem sido muito útil :)

 

 

Feminismo

Jonasnuts, 07.10.11

Já ando com esta encasquetada há uns tempos, mas o Nobel da Paz atribuído hoje a 3 mulheres trouxe-me ainda mais dúvidas.

 

Eu sou feminista. Sou feminista porque penso que ambos os sexos, com as suas diferenças, devem ser tratados com o mesmo grau de exigência, com a mesma justiça, os mesmos direitos, as mesmas responsabilidade. Enfim, nada de novo, por aí.

 

Mas é fácil, para mim, pensar e sentir, desta forma politicamente correcta. Fui educada dessa forma. Vivo numa sociedade onde os direitos das mulheres têm evoluído (ainda há muito por fazer, mas tem havido evolução). Sobretudo, têm mudado as mentalidades. Vivo num país ocidental. Tenho acesso a meios de comunicação. Vivo num país livre. Sou filha duma mãe pioneira na sua área (a publicidade, já agora), sou neta de mulheres que, cada uma de sua forma (uma mais que outra, mas mesmo assim) sempre pensaram nelas próprias como iguais, não como inferiores.

 

Não sou, portanto, uma surpresa. Tudo à minha volta apontava para este caminho. Não há grande coragem, ou um grande salto mental, meu, por pensar como penso.

 

A dúvida que me assalta, e que nunca esclarecerei, é; e se eu tivesse nascido numa sociedade diferente? E se eu tivesse crescido com tudo à minha volta a dizer-me que eu era inferior? E se, desde pequenina, eu tivesse sido habituada a ver nos homens seres superiores e nas mulheres seres inferiores?

 

Seria capaz de pensar diferente?

 

É tão fácil, olharmos para as burqas ou, não indo tão longe, para a mulher que apanha do marido e se vai mantendo casada, e pensar "se isto fosse comigo partia a loiça toda".

 

É essa a dúvida. Será que partia?

Dúvida existencial

Jonasnuts, 01.10.09

É mesmo uma dúvida que cada vez me assalta mais (a cabra).

 

Quanto é que vale em €€€ no fim do mês, o privilégio de fazermos aquilo de que gostamos?

 

Quantifiquem-me lá isso, que quando eu faço contas, todos os anos aumento o valor ao "fazer aquilo de que gosto", e mesmo assim, as contas são cada vez mais difíceis.

 

Em oposição pensem em "fazer algo de que se goste menos, ser menos boa no que se faz, mas ninguém dá por nada, e a vidinha fica mais desafogada"