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Jonasnuts

Jonasnuts

Ok kid, you've got the job

Jonasnuts, 15.02.21

Este vídeo não é novo. Mas reapareceu-me à frente há pouco temo e deixei-o ficar aberto, numa das (milhentas) tabs que tenho abertas no browser. Está na hora de a fechar e hoje apetece-me partilhar isto. São raros, os putos bons atores. Vi um, ontem à noite, numa ida improvisada ao cinema.

 

Este, coitado, fez um papelão, mas nunca soubemos se era bom ator porque ficou tão marcado pelo primeiro papel que fez na vida que nunca conseguiu descolar da imagem. E descolar da imagem é preciso. De uma forma, ou de outra.

 

De um dos filmes da minha vida, vale a pena ver a sessão de casting de um dos personagens principais.

 

Aumentar a receita

Jonasnuts, 10.09.12

Aumentar a receita não é, ao contrário do que se possa pensar, fácil, para o comum mortal. Aliás, dá-me a sensação que as facilidades em aumentar a receita são exclusivas ou de quem está no governo, ou de quem já tem dinheiro.

 

Para os restantes (os 99%), é mais difícil, a não ser que se tenha um talento especial, ou uma ideia original, e a isso é preciso ainda juntar motivação, vontade, esforço, trabalho, dedicação e sorte.

 

É o caso da Cláudia Borralho. Ora primeiro que tudo, vamos ao disclaimer. A Claudia (assim, sem acento), trabalha comigo há muitos anos. É designer. É, também, minha amiga. E ainda antes de sermos amigas e de trabalharmos na mesma equipa, eu acompanhava o Blog dela (que na altura tinha um nome muito mais comprido, mas isso agora não interessa para nada). Mais, fui cliente da Claudia, quando ofereci à minha mãe alguns dos bonecos feitos à mão, em tricot, e que eram o máximo.

 

 

 

 

Feito o disclaimer, fica a informação. Depois de muito tempo a trabalhar neste hobbie usando apenas a sua casa (para workshops e para fazer os seus trabalhos) e o online (para promoção e vendas), a Claudia encontrou um espaço físico para o seu hobbie, em Lisboa, Campo de Ourique. Apesar de já ter aberto a loja, as festividades são esta semana.

Uma loja cheia de coisas feitas pela Claudia (e muito mais que isso), de artigos dedicados a bebés e crianças (fruto do facto da Claudia se ter especializado nesta matéria, por via de ter sido mãe, duas vezes).

Apareçam por lá, vejam, façam compras, inscrevam-se nos workshops, e invistam um bocadinho na formação de competências alternativas. Às vezes, um hobbie, quando aprofundado, pode transformar-se numa fonte adicional de receitas.

 

 

Com um bocadinho de sorte, ainda cravo a Claudia para vender meias feitas à mão, ou os meus sack boy (auto link)  :)

Football infantil

Jonasnuts, 19.12.09

Não é a primeira vez que sou confrontada com esta coisa, mas choca-me sempre.

 

Num torneio de futebol infantil, entre escolas (e escolas normais, não são sequer escolas de football), a quantidade de pais que leva aquilo a sério é impressionante.

 

Num momento que, idealmente, é de descontracção e divertimento, os pais (e mães) que berram de fora do campo para que os putos joguem melhor é um elemento de stress, na minha opinião, dispensável.

 

Aquela coisa do "na desportiva" é impossível, quando temos ao nosso lado um pai que berra ordens ao filho "vai-te a ele", "vai defender", "remata agora"..... Ainda se fossem mensagens de incentivo "boa defesa", "grande golo" etc., é como o outro, mas os pais que vêem nos filhos um futuro Cristiano Ronaldo (assegurando-lhes a velhice num lar de melhor qualidade, provavelmente), tiram-me do sério.

 

Já me chocava quando se tratava de torneios entre escolas de football (com pais e mães a insultar violentamente o árbitro, vernáculo incluído), mas piora um bocadinho quando se trata de um encontro amigável, entre escolas, e estamos a falar de miúdos do 1º e 2º ciclos (dos 6 aos 12 anos).

 

Cambada de ignorantes, que projectam nos filhos aquilo que gostavam de ter sido, tenham os putos muito ou pouco jeito para a coisa.

 

Espero que tenham dinheiro para pagar as contas do psicólogo que vai ter de tratar da auto-estima dos putos.

Aquela coisa da professora chanfrada

Jonasnuts, 21.05.09

Por esta altura já toda a gente ouviu falar da professora chanfrada. Há mesmo aqueles que já estão, como eu, cansados de ouvir falar do caso da professora chanfrada. Paciência, cansem-se mais um bocadinho, que é sobre isso que eu quero falar.

 

Para já, acho que o caso desta professora é excepcional. A senhora é doente. Claramente. Não creio que aquele tipo de discurso, numa sala de aula, seja a regra da maioria das salas de aulas. Internem a mulher. Problema resolvido. Se por acaso ela fosse professora do meu filho, a coisa seria diferente, porque para além de a internarem eu já teria tido uma conversinha de pé de orelha com a senhora, com a directora de turma, com o conselho directivo e com a respectiva direcção regional de educação.

 

Há aqui 2 questões fundamentais. A primeira, que a maior parte das pessoas desconhece, é que lidar com os pais das criancinhas deve ser das coisas mais frustrantes na vida dum professor. Eu não teria pachorra, aliás, por isso é que nunca seria professora, não tenho vocação. Aliás, aquelas mãezinhas da reportagem são nota disso mesmo....."pronto, ela falou daquela maneira e nós dissemos que por nós estava desculpada, que íamos falar com os maridos, mas que por nós tudo bem". E porque é que os maridos não estavam lá? Não são pais das crianças? E porque é que uma mãe tem de falar com o marido, neste caso? Tem de pedir autorização para pensar? E como é que, num caso em que alegam que este tipo de atitude por parte da professora é recorrente e vem de longe, deixam a coisa passar com um pedido de desculpas? Achavam que a atitude recorrente ia mudar de um dia para o outro, com um pedido de desculpas? Burras, burras, burras.

 

E a segunda questão fundamental tem a ver com a total falta de poder que os pais sentem, no que se refere ao que se passa dentro duma sala de aula e dentro da escola. Acompanho de perto um caso que me é muito próximo, de pais (inteligentes e esclarecidos) que desde o início do ano lectivo ouvem da sua criança relatos de tratamento discriminatório por parte de um professor. Já tiveram provas (escritas) da imbecilidade e incompetência do professor em causa. Recorreram à directora de turma, que se revelou ser igualmente incompetente e imbecil (embora de forma mais moderada, a senhora é uma anémona), recorrem agora ao conselho directivo, vamos ver. Mas durante todo o ano lectivo, e desde o primeiro contacto dos pais com a Directora de Turma, que a criança sofre pressões públicas (dentro da sala de aula, à frente de toda a turma) para não dizer em casa o que se passa naquela sala de aula. Coisas do tipo "tem um problema, vem falar comigo, não precisa de ir fazer queixinhas ao papá e à mamã".

 

Numa profissão tão corporativa como a dos professores, toda a escola funciona em bloco, contra os pais e contra os alunos. O que fazer? Medidas extremas e levar gravadores para dentro da sala de aula? Pois, se tiver que ser, seja. Fosse um pai ou uma mãe mais geek, e até se faria a coisa com emissão em directo na web, sem que o puto precisasse de saber que levava na mochila um carro de exteriores equipado com emissores de imagem e som, o peso já é tanto que mais gadget menos gadget não faria a diferença. É ilegal? É imoral? É pouco ético? Provavelmente, mas qual é a alternativa? Os canais existentes para o efeito, claramente não funcionam.

 

 

Encurralem-me, enquanto mãe, tratem o meu filho injustamente, e é verem eu levar tudo à frente, sejam quais forem os métodos (à excepção da violência, claro). E depois não se venham queixar que foram usados métodos pouco ortodoxos. Não falem de ortodoxia, quando emboscaram e encurralaram a leoa e a cria. Amanhem-se, lambam as feridas, baixem a crista, aprendam e sigam a vidinha.