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Jonasnuts

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Explorando loopholes

Jonasnuts, 29.10.20

Av_Q.jpg

Uma das minhas decisões de confinamento passou por prestar mais atenção ao teatro. 

Eu gosto de teatro, a minha mãe amava teatro (e fez, amador, durante anos), mas o stress associado (ai meu deus, e se eles se esquecem das falas e a coisa lhes corre mal?) nunca me deixou apreciar verdadeiramente a experiência.

 

Com os diretos do Bruno Nogueira, tive contacto com uma série de atores cuja existência desconhecia e, por arrasto e curiosidade, outros apareceram na minha vida, outros recuperei, e decidi que iria regressar ao teatro.

Esperava que o meu regresso fosse com a "Peça que dá para o Torto", do meu amigo Frederico Corado, mas só regressam em fevereiro.

Assim sendo, escolhi a Avenida Q. Por vários motivos. O primeiro dos quais, o facto da Sissi andar, desde sempre, a elogiar a Avenida Q, é logo meio caminho andado, e depois, depois por causa da Inês Aires Pereira, com quem contactei pela primeira vez nos diretos do meu homónimo, e que nunca mais larguei, salvo seja, e que é absoluta e fastasticamente brilhante :)

Estava decidido que ia ver a Avenida Q. Faltava o dia, e é aí que entra o loophole.

Inicia-se amanhã e dura até terça, um período durante o qual não podemos sair do nosso concelho de residência, porque, covid. Ora..... eu vou respeitar, claro, mas....... queria muito conseguir ir para o rio, no domingo. Uma pessoa rema no tanque, e corre tudo muito bem, mas no rio é outra loiça, e entristecia-me, ter de falhar o rio. Descubro então que, para se assistir a um espetáculo, pode mudar-se de concelho, desde que seja para o do lado, e caiu-me a ficha, que nestas coisas sou muito portuguesinha, e uma pessoa tenta sempre dar a volta ao texto.

Pois foi o que fiz, juntei a fome à vontade de comer, comprei um bilhete para ir ver a Avenida Q que passa a ser, em simultâneo, o meu salvo conduto para poder ir ao remo de manhã. Junto-lhe umas voltas de moto in between, para praticar, e é um domingo perfeito.

O mais que pode acontecer é alguém me mandar parar e perguntar-me onde é que eu penso que vou, para que eu, ufana, mostre às 9 da manhã o bilhete para uma peça que é às 18h00 mas, fã que é fã, abanca-se à porta da sala desde cedo, para ver entrar os artistas. Espero que acreditem.

Pronto, se alguém precisar de ir a Lisboa no domingo, é comprar um bilhete para ir ver a Avenida Q. 

 

Home office ergonómico

Jonasnuts, 11.05.20

Já se percebeu que o novo normal passa e passará por se trabalhar muitíssimo mais a partir de casa. Não é propriamente novidade, há muitos anos que trabalho a partir de casa e já o fiz por períodos maiores. 

Isso faz com que seja fundamental que haja em casa um espaço especificamente dedicado a esta função. Aquilo que até há pouco tempo servia; a mesa da cozinha, a mesa da casa de jantar, o sofá, a cama, whatever..... deixou de servir. 

O espaço que um dia será o meu escritório, aqui em casa, ainda precisa de obras e não é, neste momento, exequível. Arranjei então um canto, onde coloquei uma secretária pequenina, muito longe de conseguir acolher o meu setup habitual de 3 monitores, mas que cumpre os mínimos.

Faltava-me uma cadeira. Em cadeiras não se deve investir em soluções mixurucas e temporárias. Afinal de contas, é onde passamos grande parte do nosso tempo de trabalho. 

Neste momento e espaço não é muito e, em cima disso, estou a apreciar um certo minimalismo. Portanto, era preciso encontrar uma cadeira que cumprisse os requisitos funcionais e ergonómicos, os requisitos estéticos e os requisitos de espaço. Depois de alguma pesquisa, elegi a cadeira que respondia bem às 3 questões. É uma Capisco. O que é giro, porque é uma palavra que uso com frequência no contexto de "capiscas ou não capiscas?".

 

Capisco .jpg

Só tem um probleminha....... um requisito que me esqueci de elencar, mas que é muito importante; o preço.

Como de costume, a minha pontaria anda muito distante da minha carteira, e a Capisco tem a versão mais pelintra a ser vendida na casa das quase 800 libras e a versão com a configuração que eu escolhi a ser vendida na casa das 1.270 libras. Dada, como diria uma pessoa que eu conheci.

É muito típico, a minha escolha recair sobre cenas caríssimas. Umas vezes vou a jogo, outras vezes nem por isso.

Desta vez, não me parece. Acho que é um caso semelhante ao dos chapéus....... há-de haver muitas.