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Jonasnuts

Jonasnuts

Freddie

Jonasnuts, 07.07.17

 

Quando cá vieram os "Queen"+Adam Lambert fui ver. A contragosto. 

Não é que o Lambert não seja um grande vocalista (que é diferente de ser um grande cantor, atenção). Não é que o Adam não tenha um vozeirão, que tem.

 

O problema é que, obviamente, não é a mesma coisa. Nem eles dizem que é, claro. Mas é muito estranho, ouvir a parte instrumental da música muito semelhante ao original, e, de repente, músicas que já ouvimos centenas (milhares?) de vezes, e que são daquela maneira, naquele sítio entra aquela voz, e de repente entra outra coisa. Foi impossível não me sentir desiludida, a cada música.

 

Foi uma desilusão palerma, claro. Porque foi uma desilusão emocional. Racionalmente eu sabia que não iria ser a mesma coisa. Portanto, nem sequer me iludi. 

Eu sabia que não ia gostar. 

 

Não regressarei a um concerto de "Queen" a não ser que....... todos os Queen que sobraram se voltem a juntar (o John Deacon não alinhou nesta fantochada) e em vez de um vocalista de substituição, seja o público a cantar. Nesse eu alinho :)

 

Este vídeo foi captado no início deste mês, em Londres, num concerto dos Green Day.

 

 

Stranglers

Jonasnuts, 31.01.09

Há concertos a que vamos por gostarmos de quem vai tocar e há concertos a que vamos por gostarmos de quem gosta de quem vai tocar. Tenho ido a alguns concertos, quer da primeira quer da segunda categoria. 

 

Gosto de ambientes recatados, pavilhão Atlântico só mesmo se ressuscitarem o Freddie Mercury e os Queen passarem por lá. Coliseu é nas cadeiras de orquestra, aula magna é nos doutorais. Não gosto de confusões. Nunca gostei, não tem a ver com a idade.

 

Desta vez não encontrei doutorais à venda (o que é estranho, porque o que mais havia era lugares vazios nos doutorais). Fui para o anfiteatro inferior.

 

Estava composta a casa (como se dizia antigamente). Chegam os senhores e a coisa parece prometer, o som não estava nada mau. Claro que Stranglers e Aula Magna não se conciliam muito bem. Percebo a escolha em termos de número de lugares, mas não em termos de ambiente. Sei agora que há mais quem partilhe desta minha opinião. Despachada a primeira música o Baz Warne reage às cadeiras de cabedal, diz que parece que está a tocar na sala de alguém, e diz ao pessoal que está nos lugares mais baratuchos para irem lá para baixo.

 

Obviamente, parecia a marabunta. Em menos de um fósforo, as doutorais da Aula Magna transformaram-se, passaram a ser algo mais parecido com a zona de moshe da sala de concertos do salão da Voz do Operário em dia de concerto dos The Temple.

 

Eu agradeço a quem quer que tenha organizado a coisa de forma a que eu não conseguisse comprar lugares nos doutorais. Ninguém me aturaria a neura de pagar algum sossego e ver-me, de repente, no meio do moshe.

 

Foi um concerto contra corrente. Os êxitos mais reconhecíveis dos Stranglers (portanto, os que eu conheço) pertencem ao que alguns consideram a fase azeiteira, mas era nessa altura que a sala mais vibrava. Quando ficava tudo mais calmo, por eles estarem a tocar coisas mais antigas menos reconhecíveis, percebia-se que, azeiteiro ou não, havia ali um eixo condutor da coisa.

 

À saída conheci pessoalmente alguém cuja escrita muito aprecio, e cujo Blog consumo com avidez. O Marques Lopes. O Sebastião, claro, embora o Pedro também conste dos meus favoritos.

 

Gostei muito.