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Jonasnuts

Jonasnuts

Nas entranhas das fitas

Jonasnuts, 04.02.21

Para quem, como eu, cresceu a conhecer bem as entranhas de um cinema e todos os cantos de uma casa que não é habitada pela maioria das pessoas, que se limita a entrar, ver a fita e sair, este vídeo feito pela excelente equipa do cinema São Jorge é um luxo e um regresso a um passado longínquo, onde, tocar o gongo que anunciava o início da sessão, era um privilégio frequente.

 

No meu caso não foi no São Jorge, mas no Estúdio 444, onde a minha avó era chefe de bilheteira e o meu avô foi projecionista.

Este é um vídeo fruto do trabalho de muito de gente (de acordo com a ficha técnica) mas destaco o Pedro Vieira, porque....... Pedro Vieira :) 

Obrigada pela viagem pela estrada da memória (isto em português não tem a mesma patine), ou, mais cinematograficamente, obrigada por me terem feito sentir, bruscamente no verão passado.

Trovoada

Jonasnuts, 21.07.20

trovoada.jpg

Por causa do título do post, pode achar-se que este é um post sobre a trovoada de ontem, mas não.

Este é um post sobre a minha casa. Eu gosto muito da minha casa. Por muitos motivos e, desde ontem, por mais um.

Há mais coisas de que gosto, trovoadas, por exemplo. Sempre gostei. Secas, molhadas, com trovões mais altos, com trovões mais baixinhos, não me interessa. Haja trovoada e lá vou eu para a janela.

Pois ontem, não tive de ir para a janela. Estava já deitada, quando a trovoada deu um ar de sua graça, e bastou-me subir o estore, voltar para a cama e apreciar o espetáculo.

Foi assim que adormeci ontem, à espera do raio seguinte, a iluminar o mar.

Na minha casa, ontem, assisti ao espetáculo como se estivesse nos doutorais da aula magna, ou nas cadeiras de orquestra do coliseu.

O maior espetáculo do mundo, na melhor companhia do mundo, no melhor sítio do mundo.

A foto não é minha, que nem me lembrei de telemóveis ou máquinas fotográficas, estava entretida com a coisa, a foto é do Paulo Pimenta, para o Público.

A nossa casa

Jonasnuts, 14.04.20

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A nossa casa deve ser, em princípio, o sítio onde nos sentimos em casa.

Sempre, claro, mas sobretudo nos dias que correm, porque é aí que passamos grande parte do nosso tempo.

É muito desagradável, passar este (ou qualquer outro) período de reclusão ou simplesmente viver, numa casa de que não se gosta, ou que não é confortável, ou que não tem condições, não nos reflete ou, simplesmente, onde não nos sentimos em casa.

Os detalhes que fazem com que uma casa seja a nossa casa variam de pessoa para pessoa, claro. No meu caso, são coisas simples, meros detalhes, coisas fáceis; uma vista de mar, de jeito, um fogão, as portas dos armários que fecham, as gavetas que deslizam, uma cama quente, um tapete frondoso, os meus livros, objetos desencaixotados depois de anos de pausa, os quadros pendurados, a horta, o eterno work in progress, a possibilidade quase ilimitada de transformação e melhoria, sem limites a travar-me o passo.

 

E é tão bom, estar, finalmente, em casa.`

 

Coisas esquisitas que eu gostava de ter em casa

Jonasnuts, 16.03.10

Tenho um gosto um bocado esquisito, concedo isso. As casas onde vivi sempre tiveram umas coisas malucas que faziam as pessoas esbugalharem os olhos. Ainda me lembro do empreiteiro que ficou com a obra de renovação duma casa de banho, quando lhe expliquei que os azulejos que deveria colocar na parede eram daqueles baratuchos, todos brancos, normalíssimos, mas todos partidos. Primeiro que conseguisse que ele percebesse que eu queria MESMO os azulejos partidos, foi o cabo dos trabalhos.

 

Enfim, isto tudo para explicar que gosto de coisas inusitadas e originais, que a maioria das pessoas (pelo menos as que conheço) detesta.

 

E hoje dei com uma dessas coisas. Adorava, adorava, adorava.

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Casamento entre pessoas do mesmo sexo

Jonasnuts, 18.11.09

Queixaram-se de que não escrevia há muito tempo. Para quê escrever se estamos com pouco tempo e outros o fazem tão melhor que nós?

 

Dois posts, dois links, o mesmo tema, tema que me é caro.

 

O primeiro, do Bitaites.

 

O segundo, da Laura Abreu Cravo.

 

Chegámos ao mesmo sítio de diferentes origens, por caminhos distintos. Mas estamos todos no mesmo sítio.

 

Agora.....aflitivo, aflitivo, aflitivo, é o teor de alguns comentários (nos dois posts que link). É que não há mesmo outra palavra para além de aflitivo.