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Jonasnuts

Jonasnuts

Ok kid, you've got the job

Jonasnuts, 15.02.21

Este vídeo não é novo. Mas reapareceu-me à frente há pouco temo e deixei-o ficar aberto, numa das (milhentas) tabs que tenho abertas no browser. Está na hora de a fechar e hoje apetece-me partilhar isto. São raros, os putos bons atores. Vi um, ontem à noite, numa ida improvisada ao cinema.

 

Este, coitado, fez um papelão, mas nunca soubemos se era bom ator porque ficou tão marcado pelo primeiro papel que fez na vida que nunca conseguiu descolar da imagem. E descolar da imagem é preciso. De uma forma, ou de outra.

 

De um dos filmes da minha vida, vale a pena ver a sessão de casting de um dos personagens principais.

 

Nas entranhas das fitas

Jonasnuts, 04.02.21

Para quem, como eu, cresceu a conhecer bem as entranhas de um cinema e todos os cantos de uma casa que não é habitada pela maioria das pessoas, que se limita a entrar, ver a fita e sair, este vídeo feito pela excelente equipa do cinema São Jorge é um luxo e um regresso a um passado longínquo, onde, tocar o gongo que anunciava o início da sessão, era um privilégio frequente.

 

No meu caso não foi no São Jorge, mas no Estúdio 444, onde a minha avó era chefe de bilheteira e o meu avô foi projecionista.

Este é um vídeo fruto do trabalho de muito de gente (de acordo com a ficha técnica) mas destaco o Pedro Vieira, porque....... Pedro Vieira :) 

Obrigada pela viagem pela estrada da memória (isto em português não tem a mesma patine), ou, mais cinematograficamente, obrigada por me terem feito sentir, bruscamente no verão passado.

#IVDM Comunicação de crise

Jonasnuts, 02.02.21

Isto Vai Dar Merda – na Pandemia.jpg

A (boa) comunicação pode acabar com uma Pandemia?

 

É o ponto de partida para o debate que hoje vou moderar, e que conta com a participação da Joana Lobo Antunes, do  Pedro Aniceto e do Marco Maia. Às 21h30, aqui.

 

Apareçam e participem nos comentários (ou no Twitter, claro).

Se não sabem o que é o IVDM, podem ver tudo, aqui, incluindo os belíssimos debates já transmitidos.

Somos muito pouco

Jonasnuts, 30.01.21

Isto tem dado muito Twitter, por aqui, mas é natural, porque lá passo muito tempo. É lidar. 

Este blog tem várias funções, uma delas é registar coisas que são importantes para mim, e a que regresso de vez em quando, porque me fazem bem.

 

2020 foi um ano em que alterei a minha presença do Twitter. 2020 foi um ano em que alterei muitas coisas :) Essa foi apenas mais uma. Mas alterei. Abri. Eu seguia um número reduzido de um certo tipo de contas que servia muito bem os meus propósitos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, não é? Foi.

 

Vivo com muitas tabs de Chrome, de coisas que quero preservar, guardar para mais tarde, a que me quero agarrar. E podem ser receitas, instruções para algo em tricot, uma música que quero aprender, um vídeo sobre o qual quero escrever, uma DM antiga, um artigo de um jornal sobre um tema que quero aprofundar, um ficheiro de som a que regresso de olhos fechados, um estudo científico para ler com atenção para ver se percebo algo, um meme a que achei particular piada, para descrever apenas aquelas que tenho abertas numa das janelas (sim, há mais do que uma janela aberta em simultâneo).

 

De vez em quando, tenho de proceder a limpezas, porque a memória do computador não se aguenta nas canetas, com tanta tab aberta e toca de guardar nos favoritos as coisas a que quero regressar, e toca de deixar ir o que é para deixar ir. Mas mantenho aquelas que não quero nem arquivar nem descartar. E, uma das soluções, é trazê-las para aqui.

 

Há um episódio do Twitter, do ano passado, que tem estado sempre presente nas minhas tabs de chrome e que tem de vir para aqui, porque é mesmo isto.

 

23 de novembro, uma segunda-feira. Eu estava merdosa. Sei disso porque o referi superficialmente na conversa. Mas a verdade é que já não sei porquê. 

 

O Hugo, uma aquisição recente da lista de pessoas que sigo, estava com covid, e respondeu ao meu desabafo com um "Muita força para essa semana". E comoveu-me, não é? Respondi-lhe: "O Twitter é muito isto. Tu estás aí, todo roto, a tentar recuperar e, apesar disso, sai-te um “muita força para essa semana” :-) Andamos todos ao colo uns dos outros :-) Obrigada por isso :-)" E ele sai-se com o tweet a que tenho regressado de vez quando. O tal que está na tab que não quero descartar.

Hugo di Portogallo on Twitter_ _@jonasnuts Somos tão pouco se não formos uns para os outros minha querida. Muitas beijocas 😘_ _ Twitter.jpg

É que é isto, não é? 

 

Somos tão pouco se não formos uns para os outros.

 

Sempre, mas sobretudo num momento em que dependemos tanto uns dos outros. Tenho aqui um post afiambrado para falar nisso e até casa bem com este, mas não quero conspurcar a ideia chave do Hugo, que subscrevo desde sempre, que quero que fique aqui registada e que gostava que fosse mais claro, para mais pessoas.

Somos muito pouco, se não formos uns para os outros.

 

E já posso descartar a tab.

Bora à #Fachina ?

Jonasnuts, 28.01.21

(55) Insónias em Carvão on Twitter_ _@AdrianFCardoso Por mim tiramos as teimas e bloqueamos todonjunto. Amanhã às 15, um mass block e mute. E depois vemos se continuam a falar dele._ _ Twitter.jpg

Ontem (na realidade hoje, porque já passava da meia-noite, mas ainda não tínhamos ido dormir, portanto, ontem), no calor de mais uma indignação/provocação (os paspalhos que foram para o restaurante LAPO, confraternizar em manada, aparentemente ao abrigo da exceção ao confinamento para trabalho político) no calor, dizia eu, de mais uma indignação, e de mais uma chegada a um beco sem saída "o que é que podemos fazer em relação a esta merda?" e num dia marcado por um novo recorde de mortes, e de notícias de que o SNS já está muito para além da capacidade máxima, e de pessoas que conhecemos e que estão doentes e aflitas, e no rescaldo do resultado que o outro paspalho conseguiu, o Insónias, em conversa, saiu-se com uma proposta/desabafo (é ler a thread). 

 

Como o #movember, um mês de sensibilização para problemas de saúde especificamente masculinos, o Insónias sugeriu que se criasse um mês de limpeza mediática, de ignorar, bloquear, deixar de dar palco a tudo o que sejam conteúdos daqueles imbecis (tweets, notícias, posts, clips, podcasts, etc...).

 

A lógica é simples.

1- Técnica. Sempre que fazemos RT (ReTweets, no Twitter o equivalente ao share), ou fazemos like, ou respondemos, ou mencionamos um determinado conteúdo (ou um handle), sobretudo (mas não só), por parte de contas que têm bastantes seguidores, estamos a dizer ao algoritmo do Twitter que aquele conteúdo é relevante, é importante, gera tráfego. O Twitter reúne essa informação e coloca-a ao serviço da plataforma, e expõe aquele conteúdo a mais pessoas. E mais pessoas falam do conteúdo e, de repente, criou-se um trending topic. Do trending topic à "mainstream media" é um pulinho pequeno.

2 - Social. O Twitter não é uma rede de massas. Não tem em Portugal, comparativamente com outras redes sociais, o mesmo volume de utilizadores e tráfego. Mas tem uma coisa que os outros não têm, ou têm mais diluída; qualidade. Há mais opinion makers, há mais decisores, há mais influenciadores, daqueles que influenciam mesmo a agenda mediática, e não a fila de pessoas que se mete nos saldos da zara. Há muitos jornalistas, advogados, opinadores, bloggers (sim, ainda existem, ainda contam, não como noutros tempos, mas ainda), podcasters (sorry Bronn). São pessoas com poder de decisão sobre o que vai sair da bolha, para a famosa "mainstream media". E decidem com base no que lhes dará mais tráfego. Não nos iludamos. Podem mascarar a coisa como quiserem mas, tal como o twitter quer mais users e mais tráfego, os órgãos de comunicação social querem exatamente a mesma coisa e vão espremer todo e qualquer conteúdo (verdadeiro, falso, assim-assim, relevante, irrelevante, dispensável) até ao máximo da audiência e engajamento desse conteúdo. 

Quantas vezes não ouvimos uma notícia na televisão e na rádio "As redes sociais dizem que......" ou "esta notícia teve origem no site Twitter" (que se transformou num clássico instantâneo)? E às vezes vamos ver, e foram meia dúzia de tweets, originados por meia dúzia de contas provocadoras (outro post sobre isso, para breve), e que viralizaram porque, lá está, o pessoal adora fazer RT a dizer "estes gajos são do pior", sem se aperceberem de que estão, inadvertidamente, a fazer-lhes o joguinho e as vontades.

 

Assim que o Insónias fez aquele tweet e disse mata, a malta aderiu e disse esfola. A John sacou imediatamente duma hashtag fabulosa, #fachina e foi assim que se deu início à coisa. 

 

Portanto, a partir das 15h00 de hoje, 28 de janeiro, e durante um mês, não responder, não dar visibilidade, não interagir, não nomear, não partilhar, não porra nenhuma a conteúdo daquela proveniência. Se precisarem mesmo de referir a coisa, olha, façam como com a outra, usem o sandra, em vez do sofia (auto-link). Bloqueiem, façam mute se for essa a vossa estratégia para não interagir, a contas, a temas, a hashtags. Whatever works.

 

É uma experiência. De recondicionamento do algoritmo e de verificar se tem impacto na agenda mediática. 

 

"Ah, mas isso é o mesmo que não fazer nada e não é por ignorares um problema que ele deixa de existir". Pois não, mas ninguém está a sugerir que se ignore o problema. Ninguém está a sugerir que se baixem os braços ou que se deixe de lutar, noutras frentes, com menos visibilidade, mas de eficácia mais direta. Ninguém está a sugerir que nos enfiemos numa bolha. É apenas uma luta menos visível.

 

Bem sei, bem sei, esta estratégia não dá tanta visibilidade, não gera tantos likes. Nada como um belo RT de um conteúdo chegófilo, com o comentário "estes gajos são do pior", para gerar de imediato uma onda de likes e de shares e de comentários "you go, girl". São as putas das endorfinas, não é? É a porra do umbigo. É o tamanho da pila. E depois explicamos, olha...... se calhar fazias isso com um screenshot, porque KPIs e algoritmos, não? E a resposta é "ah, vocês levam-se demasiado a sério, eu estava só a brincar" ou "é preciso não deixar passar para eles perceberem que não estamos de acordo".

Eles estão-se cagando para que estejas de acordo ou não, lindinha. Já lhes serviste os propósitos, já lhes fizeste share ao conteúdo, amplificando a mensagem e, sobretudo, reforçando o algoritmo. Espero que os likes e os shares que a coisa te rendeu em massagem ao ego compensem a contribuição que fazes para a ascensão da extrema direita. Bom trabalho.

 

Portanto, e porque isto já vai longo, bora à #fachina