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Jonasnuts

Jonasnuts

Precisa-se - Espírito de Natal

Jonasnuts, 21.12.09

Hoje é dia 21, quase 22. O Natal de família, este ano, é cá em casa. O Natal ainda não desceu em mim.

 

Falta tudo, bom, quase tudo.

 

Não há árvore montada, não há compras feitas, não há decorações, não há embrulhos, não há aquele nervoso miudinho, não há expectativa, não há nada.

 

Zero, nicles, népia.

 

A única coisa que me deu verdadeiro prazer foi comprar alguns presentes, para pessoas que não conheço.

 

Help? É que este não é o tipo de coisa que eu consiga safar com a minha capacidade de improviso.

 

Onde é que se arranja espírito natalício à pressão?

Afugentando leitores

Jonasnuts, 20.12.09

Estão a ver a panca que o Bitaites tem pelo Zappa? Aquilo deve afugentar-lhe alguma audiência. Ora eu, não querendo ficar atrás daquelas que são claramente as melhores práticas de quem tem um blog, não podia deixar de fazer o mesmo.

 

Lamentavelmente (ou não), a minha panca não é pelo Zappa, mas pela Streisand, sim, essa, a Barbra. Também gosto de Zappa (que a esta hora deve estar a dar voltas na cova ao ver-se misturado com a Barbra Streisand no mesmo post), mas é ela que me dá a volta ao miolo.

 

Mais, assim de repente, não me ocorre mais nenhum artista que me levasse ao pavilhão atlântico, e olhem que isto, no meu caso, é dizer muito.

 

Digam o que quiserem, que é pimba, que já deu o que tinha a dar, que nunca deu, que é uma divette, que é só voz, que as letras são uma porcaria e que a música é uma merda, temos pena. Eu gosto. Sobretudo gosto do mau-feitio e do nariz (e de nunca o ter "arranjado"), e do vozeirão, claro.

 

Obviamente, não tenho o nível do Bitaites, pelo que não verão por aqui, com frequência, odes à Barbra Streisand, no mesmo ritmo frenético com que o Bitaites publica sobre Zappa, mas hoje apeteceu-me.

 

Não é divette, é diva mesmo. Digam-me lá quem mais é que seria tão narcisista que, num concerto, escolheria para cantar um dueto, ela própria? Mais ninguém :)

 

 

O local de trabalho tornou-se ubíquo

Jonasnuts, 20.12.09

É algo que já sinto (e digo) há muito tempo, mas que o James Tuner define e explica bem melhor que eu.

 

Num artigo em que elege, tecnologicamente falando, o melhor e o pior da década que acaba daqui a uns dias, ele termina desta forma:

 

"

The Workplace Becomes Ubiquitous: What's the first thing you do when you get home at night? Check your work email? Or maybe you got a call before you even got home. The dark side of all that bandwidth and mobile technology we enjoy today is that you can never truly escape being available, at least until the last bar drops off your phone (or you shut the darn thing off!)

The line between the workplace and the rest of your life is rapidly disappearing. When you add in overseas outsourcing, you may find yourself responding to an email at 11 at night from your team in Bangalore. Work and leisure is blurring together into a gray mélange of existence. "Do you live to work, or work to live," is becoming a meaningless question, because there's no difference.".


E isto é tão verdade. Mais verdade ainda quando fazemos aquilo de que gostamos. E se por um lado é uma conquista, esta ubiquidade, por outro lado é um enorme peso.

Football infantil

Jonasnuts, 19.12.09

Não é a primeira vez que sou confrontada com esta coisa, mas choca-me sempre.

 

Num torneio de futebol infantil, entre escolas (e escolas normais, não são sequer escolas de football), a quantidade de pais que leva aquilo a sério é impressionante.

 

Num momento que, idealmente, é de descontracção e divertimento, os pais (e mães) que berram de fora do campo para que os putos joguem melhor é um elemento de stress, na minha opinião, dispensável.

 

Aquela coisa do "na desportiva" é impossível, quando temos ao nosso lado um pai que berra ordens ao filho "vai-te a ele", "vai defender", "remata agora"..... Ainda se fossem mensagens de incentivo "boa defesa", "grande golo" etc., é como o outro, mas os pais que vêem nos filhos um futuro Cristiano Ronaldo (assegurando-lhes a velhice num lar de melhor qualidade, provavelmente), tiram-me do sério.

 

Já me chocava quando se tratava de torneios entre escolas de football (com pais e mães a insultar violentamente o árbitro, vernáculo incluído), mas piora um bocadinho quando se trata de um encontro amigável, entre escolas, e estamos a falar de miúdos do 1º e 2º ciclos (dos 6 aos 12 anos).

 

Cambada de ignorantes, que projectam nos filhos aquilo que gostavam de ter sido, tenham os putos muito ou pouco jeito para a coisa.

 

Espero que tenham dinheiro para pagar as contas do psicólogo que vai ter de tratar da auto-estima dos putos.

Tu e você

Jonasnuts, 19.12.09

O meu post sobre os erros de ortografia da Olá tinha uma pequena observação sobre o tratamento na segunda pessoa que parece ter suscitado mais debate que a questão ortográfica.

 

Para que conste, trato por tu toda a gente com quem tenho alguma intimidade, e vice-versa. A minha mãe, o meu filhos, os meus avós, os meus colegas de trabalho. E essa é uma das primeiras perguntas que faço a quem chega ao meu círculo. Hoje em dia, faço a pergunta mais por causa dos outros do que por minha causa, a miudagem chega ao SAPO e vêem alguém mais velho (sou mais velha que a média, no SAPO), e tratam na terceira pessoa. E eu ponho logo a coisa em pratos limpos: "já nos tratávamos por tu, não?. Ao princípio custa-lhes um bocadinho, mas depois a coisa entranha-se.

 

Isto é, a título pessoal, prefiro o tratamento por tu.

 

Mas, se estou a falar em nome da empresa para que trabalho, o tratamento é sempre na terceira pessoa (sem usar o horrível você), independentemente da idade do meu interlocutor.

 

Não percebo esta mania de se tratarem as pessoas mais novas por tu, se os mais velhos tratamos com salamaleques.

 

Ah, porque é um serviço mais jovem, ou para crianças, e por isso tratamos por tu. Distingam as coisas pá. Tratar na terceira pessoa não significa serem formais. Não percebo um serviço que trata os utilizadores por tu, no site, mas depois responde aos mails com o tratamento na terceira pessoa e com aquelas expressões mais formais como "Estimado cliente" e "apresentamos os nossos melhores cumprimentos".

 

Há serviços que optam pelo tratamento por tu, e depois levam essa opção em conta em toda a comunicação, não concordo, mas ao menos são coerentes. Por exemplo, a Yorn, se ligamos para o call centre, perguntam-nos "estás boa?" ou "qual é o teu número?", tratam por tu, e os mails também. Menos mal.

 

Pessoalmente, acho que a comunicação com utilizadores/clientes tem sempre de ser feito na terceira pessoa, sem usar a palavra "você" e os textos têm de ser assexuados. Prefiro o erro "Bem-vindo", do que o "Bem-vindo(a)". É difícil escrever textos sem identificar o sexo do leitor mas, com prática e alguma imaginação, consegue-se :)