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Jonasnuts

Jonasnuts

Football infantil

Jonasnuts, 19.12.09

Não é a primeira vez que sou confrontada com esta coisa, mas choca-me sempre.

 

Num torneio de futebol infantil, entre escolas (e escolas normais, não são sequer escolas de football), a quantidade de pais que leva aquilo a sério é impressionante.

 

Num momento que, idealmente, é de descontracção e divertimento, os pais (e mães) que berram de fora do campo para que os putos joguem melhor é um elemento de stress, na minha opinião, dispensável.

 

Aquela coisa do "na desportiva" é impossível, quando temos ao nosso lado um pai que berra ordens ao filho "vai-te a ele", "vai defender", "remata agora"..... Ainda se fossem mensagens de incentivo "boa defesa", "grande golo" etc., é como o outro, mas os pais que vêem nos filhos um futuro Cristiano Ronaldo (assegurando-lhes a velhice num lar de melhor qualidade, provavelmente), tiram-me do sério.

 

Já me chocava quando se tratava de torneios entre escolas de football (com pais e mães a insultar violentamente o árbitro, vernáculo incluído), mas piora um bocadinho quando se trata de um encontro amigável, entre escolas, e estamos a falar de miúdos do 1º e 2º ciclos (dos 6 aos 12 anos).

 

Cambada de ignorantes, que projectam nos filhos aquilo que gostavam de ter sido, tenham os putos muito ou pouco jeito para a coisa.

 

Espero que tenham dinheiro para pagar as contas do psicólogo que vai ter de tratar da auto-estima dos putos.

Tu e você

Jonasnuts, 19.12.09

O meu post sobre os erros de ortografia da Olá tinha uma pequena observação sobre o tratamento na segunda pessoa que parece ter suscitado mais debate que a questão ortográfica.

 

Para que conste, trato por tu toda a gente com quem tenho alguma intimidade, e vice-versa. A minha mãe, o meu filhos, os meus avós, os meus colegas de trabalho. E essa é uma das primeiras perguntas que faço a quem chega ao meu círculo. Hoje em dia, faço a pergunta mais por causa dos outros do que por minha causa, a miudagem chega ao SAPO e vêem alguém mais velho (sou mais velha que a média, no SAPO), e tratam na terceira pessoa. E eu ponho logo a coisa em pratos limpos: "já nos tratávamos por tu, não?. Ao princípio custa-lhes um bocadinho, mas depois a coisa entranha-se.

 

Isto é, a título pessoal, prefiro o tratamento por tu.

 

Mas, se estou a falar em nome da empresa para que trabalho, o tratamento é sempre na terceira pessoa (sem usar o horrível você), independentemente da idade do meu interlocutor.

 

Não percebo esta mania de se tratarem as pessoas mais novas por tu, se os mais velhos tratamos com salamaleques.

 

Ah, porque é um serviço mais jovem, ou para crianças, e por isso tratamos por tu. Distingam as coisas pá. Tratar na terceira pessoa não significa serem formais. Não percebo um serviço que trata os utilizadores por tu, no site, mas depois responde aos mails com o tratamento na terceira pessoa e com aquelas expressões mais formais como "Estimado cliente" e "apresentamos os nossos melhores cumprimentos".

 

Há serviços que optam pelo tratamento por tu, e depois levam essa opção em conta em toda a comunicação, não concordo, mas ao menos são coerentes. Por exemplo, a Yorn, se ligamos para o call centre, perguntam-nos "estás boa?" ou "qual é o teu número?", tratam por tu, e os mails também. Menos mal.

 

Pessoalmente, acho que a comunicação com utilizadores/clientes tem sempre de ser feito na terceira pessoa, sem usar a palavra "você" e os textos têm de ser assexuados. Prefiro o erro "Bem-vindo", do que o "Bem-vindo(a)". É difícil escrever textos sem identificar o sexo do leitor mas, com prática e alguma imaginação, consegue-se :)

Jelados Ólà

Jonasnuts, 19.12.09

Cara Unilever,

 

Da próxima vez que quiser enviar correspondência às crianças em geral e ao meu filho em particular, agradeço que o faça com correcção. Não o trate por tu, porque o tratamento na 2ª pessoa implica intimidade, que é algo que não existe nesta relação e, sobretudo, escreva sem erros de ortografia.

 

Quando o nosso target são crianças em idade escolar, temos de ter ainda mais cuidado com a correcção ortográfica do que comunicamos.

 

Da próxima vez que ele me pedir para comprar um gelado, eu também não me "esqueçerei" da vossa mensagem.

 

 

Devem ter a mesma agência que o Toys'r'us.