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Jonasnuts

Jonasnuts

For dummies

Jonasnuts, 29.09.09

Eu acho que para se comprar um livro for dummies, é preciso que não se seja dummie. Porque os verdadeiros dummies, não sabem que são dummies. Isto parece muito socrático, mas é verdade.

 

Tenho a pretensão de achar que não sou burra, mas adoro brincar e gozar com os esterótipos, É burra porque é loira, é burra porque é mulher.....

 

Tenho uma t-shirt (velinha, velhinha, velhinha) que diz "I'm naturally blonde, please speak slowly".

 

Gosto sempre de ver a reacção das pessoas que, normalmente, não me desilude.

 

Hoje, precisamente hoje, tenho uma t-shirt dessas.

 

 

Não se percebe bem, mas diz "with all this, who needs brains".

 

Com a pontaria que eu tenho, sou chamada à administração, para explicar qualquer coisa, ou apresentar um power point.

Tricot, crochet, maternidade e tiro com arco

Jonasnuts, 29.09.09

Isto de ser mãe tem os seus quês. Disse ao puto que se ia acabar a mama do ano passado (em que não praticou nenhum desporto), e que este ano ia ter uma actividade física qualquer.

 

Andámos à procura da actividade certa. Futebol (já fez) não gosta, ténis (já fez) cansa muito, natação (fez desde os 2 anos) não precisa e tem a desvantagem de molhar, hóquei não deu, por ser demasiado velho.

 

Eu preferia um desporto de equipa, que isto de ser filho único é tudo muito bonito, mas depois ficam-lhe a faltar competências mais sociais (é um bicho do mato, como a mãezinha, o sacana), mas, já sei por experiência que se a escolha for só minha, corre mal. Tinha de ser uma coisa escolhida por ele. Assim como assim já sabe que, o que escolher, faz até ao fim, não há cá desistências a meio.

 

Julgava eu que, desporto de equipa ou desporto individual, pelo menos, ninguém lhe tirava a actividade física, até que ele deixa cair a bomba. Tiro com arco. Tiro com arco? Mas isso nem te mexes. Não me interessa, é um desporto, olímpico e tudo. Diz que é bom para a concentração, e se há puto com espaço para evoluir nesse capítulo, é o meu. Veremos no final da temporada.

 

Pronto...lá está, no tiro com arco, às segundas quartas e sextas (o que me dá cabo dos meus finais de dia). Vou buscá-lo, vou pô-lo, espero uma hora cá fora (só entrei da primeira vez para falar com o professor), e depois vamos para casa, onde chegamos quase à hora de (fazer o) jantar.

 

Naquela hora, em que a minha mente divaga por acidentes com arcos e flechas (e mais para mais o puto tem um nome com tradição no tiro com arco), não tenho muito que fazer. Uns sudokus no iPod, livros, revistas. Mas sentia-me um bocado inútil (e ver as mães, sempre as mães, quase sempre só as mães a levar as criancinhas, não ajuda). Pensei em capitalizar aquelas 3 horas semanais.

 

É desta que relembro o crochet que a minha avó me ensinou, e faço os presentes de Natal duma catrefada de gente. Até já sei qual é o projecto, que vi aqui e cujo resultado final me pareceu excelente. (De referir que a minha avó era uma artista, caraças. Lá está, capitalizava as longas horas de espera típicas do seu trabalho, e fazia verdadeiras obras de arte, uma delas, feita de encomenda para o meu "enxoval" às vezes aterra na minha cama).

 

Primeiro dia de tiro com arco, e toca de ir ali perto comprar as lãs e a agulha. A senhora da loja deve ter pensado que lhe tinha saído a sorte grande, olhe, dê-me um novelo de cada cor, se faz favor.

 

Pensei eu, burrinha, que se tinha aprendido a tricotar com o Knitting for dummies (e a coisa correu bem), com o crochet ia ser mais fácil, não só porque a minha avó me ensinou o básico, mas também porque já tinha o Crocheting for Dummies. Mas parece que sou mais dummie do que o que julgava, porque a última fila daquela coisa não fica com os double crochets que é suposto. Já tentei todas as combinações, e fica ou com espaços a mais ou com espaços a menos.

 

Já fiz mais de quase 20 hexágonos, mas não tenho nenhum, porque empanco sempre no mesmo sítio, e desmancho tudo.

 

Já me arrependi amargamente de ter escolhido aquele cor de rosa para experimentar, que já deito cor de rosa pelos olhos.

 

Mas, acima de tudo, gosto do ar ligeiramente enojado que as mãezinhas frequentadoras daquele ginásio selecto fazem, quando me vêem de agulha de crochet na mão. Acho que vou começar a levar um lenço na cabeça, e começar a ler as instruções alto, e a falar achim, para jugarem que sou a criada de casa do menino (é difícil, porque não dá para dizer crochet sem ser achim, e porque as instruções são em inglês). É engraçado, que já me acontecia com o tricot, mas com o crochet o ar de asco é maior.

 

Tenho de me fazer convidada para um encontro qualquer de crocheteiras, para ver se alguém me tira a dúvida (que deve ser uma coisa básica, obviamente), para ver se ponho aquelas 3 horas a render.

 

Enquanto isso não acontece, e uma vez que já esgotei todas as possibilidades e combinações de pontos que me ocorreram, em vez do crochet levo o 2666. Por mais page turner que aquilo seja, tenho ali para, pelo menos, 2 semaninhas.

O voto em branco

Jonasnuts, 28.09.09

Não Sofia, não és a única que se emociona, e sai de dentro da assembleia de voto com uma dose extra de felicidade, daquela que faz comichão na garganta, e que é inexplicável.

 

Sim, Sofia, também eu não percebo quem se abstém, quem olha pela janela e diz, epá, isto está mesmo bom é para ir para a praia (ou para o campo, ou para o centro comercial, não interessa) e não vale a pena maçar-me com votos, que mais um menos um não faz a diferença.

 

Mas, numa coisa discordamos. Os brancos.

 

Os brancos não estão ao nível de quem não vai lá. Pelo contrário, estão no seu completo oposto.

 

O branco é aquele que não prescinde do direito de votar, é aquele que vai lá, exercer o seu direito. Vai, e vota em branco, é um recado, senhores políticos, não acredito que nenhum de vós tenha os requisitos mínimos para governar o meu país. Não há o mal menor. O mal menor é para decisões mais comezinhas, menos importantes. Para o meu pais, quero o melhor, o menos mau não serve.

 

Nunca falhei umas eleições. Voto, porque a minha bisavó queria votar e não podia, porque era mulher. Voto, porque a minha mãe e a minha avó queriam votar, e não podiam porque vivíamos em ditadura. Vou, e voto, sempre. Mas não voto no mal menor. Ou bem que há um gajo em que eu acredito, e eu voto com convicção, ou, se é para votar no mal menor, no "rouba mas faz", não lhes concedo o privilégio do meu endosso. E é essa a mensagem do meu voto em branco.

 

Votar no mal menor, é nivelar por baixo. E se estou preparada para fazer isso no que diz respeito a muita coisa (que remédio), não estou preparada para fazer isso no que ao Governo do meu país concerne.

 

 

Blogs da minha vida

Jonasnuts, 27.09.09

Isto dito assim parece esquisito......quer dizer, há os livros da minha vida, as músicas da minha vida, o homem da minha vida, mas os Blogs da minha vida?

 

Pois. A coisa explica-se.

 

Eu ando nestas coisas da Internet há uns anos valentes. Sempre ligada a serviços de alojamento de conteúdos (Terràvista, Homepages do SAPO, etc...), e, fruto de deformação profissional, quando ouvi falar em Blogs pela primeira vez (tens de fazer uma plataforma de Blogs no SAPO), eu pensei, estes gajos drogam-se, um Blog não é mais do que uma homepage, quem quiser um Blog no SAPO que crie uma homepage e a actualize. Tecnicamente não andava muito longe da verdade, na realidade, um Blog é uma Homepage, com um interface de gestão mais simplificado, mas, como se sabe, um Blog não é uma Homepage, ou, pelo menos, não é só uma homepage.

 

Muito pouco convencida lá me mexi para começar a especificar a plataforma de Blogs do SAPO, condicionada por uma escolha tecnológica que não foi minha, e que mais tarde se provou ser absolutamente idiota (tal como a pessoa que fez a escolha, obviamente).

 

Sim senhor, lançámos a primeira plataforma de Blogs, e pelo caminho eu fui descobrindo a Blogosfera. E como é que se descobre a Blogosfera? Navega-se, usa-se a blogroll dos Blogs onde se vai chegando. E, fruto do destino, do azar ou seja do que for que rege estas coisas, eu conheci uma parte da Blogosfera a que não achava piadinha nenhuma. Os Babyblogs faziam-me imensa confusão. Era tudo muito perfeitinho, de mães extremosas e pacientes, que vivam para os filhos e para mais nada, e era tudo muito cor-de-rosa, e muito folhinhos e arabescos, e delicodoce, e escatológico, mas bonito. Os cocós daqueles bebés nunca cheiravam mal, os vomitados às 4 da manhã eram sempre encarados como uma benesse e eu já a pensar que tinha um filho alien e que eu própria era meia alien (que o cocó do meu filho sempre cheirou muito mal, e eu nunca gostei de vomitados, nem às 4 da manhã nem a mais nenhuma hora). Enfim.....parecia que eu era de outro mundo.

 

E de repente, não sei como, descobri um Blog. Já não existe (cof cof cof), mas chamava-se O meu filho e eu, e o endereço tinha a palavra amo-te. Nem sei porque é que comecei a ler, para dizer a verdade, eu já tinha desistido dos baby blogs. Mas comecei a meio, e rapidamente fez-se luz. Porra, afinal há mais pessoas como eu. Fiz o que sempre faço, nestes (raros) casos. Fui ao primeiro post, e consumi a coisa em meia dúzia de dias. Deve ter ajudado que o "baby" daquele Blog estivesse na mesma faixa etária do meu "baby" (se eles sonham que eu lhes chamo isto......), deve ter ajudado a coisa do mãe sozinha (mas não mãe só), enfim.....aquele Blog (e a sua Blogroll, já agora), mudaram a minha maneira de pensar acerca da Babyesfera.

 

O Blog acabou, e eu perdi o rasto à autora (ver post anterior). Com pena, mas com simpatia e compreensão pelas razões. Se se pretendia privacidade, era estúpido da minha parte ir atrás.

 

Reencontro-a por estes dias. Aparentemente era um segredo de polichinelo, e toda a gente sabia menos eu, devo ser o corno da história. Ando a falar com a Cat há imenso tempo e só noutro dia, por causa do Hóquei é que me caiu a ficha.

 

Enfim....já noutro dia escrevi aqui sobre o 31 da Armada, identificando-o como um dos Blogs da minha vida (mas não da minha política, bom dia Rodrigo:), este de que falo hoje, sem link pelos motivos óbvios, é outro Blog da minha vida. Curiosamente, pelos mesmos motivos. Ambos me abriram a cabeça e me esclareceram (além de me divertirem muito).

 

Há mais Blogs da minha vida, não muitos, mas há. Ficam para outro dia.

Casados, mini-saias, cocós e outros mimos

Jonasnuts, 27.09.09

Isto quem anda na Blogosfera às vezes dá nisto.

 

Já no tempo do IRC (não é o imposto, e só os mais antiguinhos é que percebem) era a mesma coisa. Mesmo depois de saber os nomes verdadeiros das pessoas, continuava a tratá-las pelo nick. Na Blogosfera é a mesma coisa. Mais coisa menos coisa, vai-se sabendo o nome real da pessoa que escreve no Blog.

 

Mas eu, não sei porquê, continuo a identificá-las pelo nome do Blog. A Sofia, se me telefone e me diz que é a Sofia, eu tenho de procurar na base de dados mental entre as várias Sofias, mas na realidade, Controversa Maresia há só uma.

 

Quem está de fora não percebe.

 

Na sexta-feira uma conversa surreal, com um casal amigo. Vão ao Mundo das Mulheres? Porreiro, vão conhecer a mini-saia e a cocó (cocó é o diminutivo carinhoso com que identifico a autora do Cocó na Fralda).

 

Às vezes gostava de ter dado outro nome a este Blog, ser a Jonas do Jonasnuts é um bocadinho narcisita demais, mas pronto, foi o que saiu na altura, que eu nem sequer queria ter Blog e só por causa do Vida de Casado (lá está, o Luís Luz), é que iniciei esta chafarica.

 

Isto às vezes dá em situações idiotas. Se a mesma pessoa escreve em 2 Blogs diferentes, ela é, para mim, duas pessoas. Foi por isso que andei uns tempos valentes a falar com a autora de um dos Blogs da minha vida (noutro post debruço-me sobre este tema, tentando não cair), sem saber que ela, era ela. Só passado muito tempo é que me caiu a ficha. Tu és a Cat do Blog coiso e tal (sem link porque é para ser sem link)? Sou, pensei que sabias. Burra, não sabia de nada eu, que divido as coisas por Blogs, e não por autores.

 

Sou boa para ler Blogs de esquizofrénicos.


P.S.: E antes que me apareçam aqui a dar na cabeça por causa do comentário à esquizofrenia, sim, eu sei que é uma doença mental, grave e controlável com medicação na maioria dos casos, e que caracterizá-la desta forma pode parecer desrespeitoso, mas não é.