Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Jonasnuts

Jonasnuts

To pull a McGyver

Jonasnuts, 20.04.09

Parece que os falantes da língua inglesa, alguns deles pelo menos, descobriram Portugal, e não me refiro às terras algarvias.

 

O título do artigo é: The 10 coolest foreing words the English language needs.

Confesso que quando vi, pensei que me fossem dar com a charopada da saudade. Sabem? Aquela coisa de saudade ser uma palavra exclusivamente portuguesa, porque em mais nenhuma língua há uma palavra semelhante para expressar o mesmo tipo de sentimento. Foi giro este conceito, em tempos, hoje já se tornou cansativo.

 

Mas não. A palavra portuguesa que os senhores acham que faz falta no inglês é o desenrascanço.

E traduzem o conceito desta forma "to pull a McGyver".

E consideram esta palavra tão, mas tão importante, que até a colocam em primeiro lugar.

E eu sou contra.

 

Não acho que faça falta a ninguém o desenrascanço. É um conceito português, uma característica lusa, apurada ao longo de séculos, quiçá milénios, e que deveria ser marca registada, e fazerem como aquela coisa dos vinhos e dos queijos, e de ser de região demarcada, e com controlo de qualidade, e registar a coisa nas entidades internacionais competentes.

 

Já com o McGyver houve uma clara usurpação do conceito, o gajo que teve a ideia daquilo ou tinha ascendência portuguesa, ou passou cá umas valentes temporadas.

 

Podemos organizar visitas guiadas a exemplos da nossa capacidade de pull a McGyver, as reacções são sempre divertidas (ainda me lembro da cara dos senhores da SixApart quando viram o que tínhamos feito com uma instalação de MovableType), mas não partilharemos os truques e as idiossincrasias do desenrascanço. Isso é nosso, e só nosso.

 

Via 31 da Armada.

Sabem onde é que podem meter a lei da paridade?

Jonasnuts, 20.04.09

No lixo, que é de onde ela nunca devia ter saído.

 

Não gosto de quotas. Aquela coisa do "vamos lá contratar mulheres por decreto porque elas, coitadinhas, sem decreto não vão lá" colide-me com o sistema nervoso. Discriminação positiva é algo com que embirro, seja com mulheres seja com quem for.

 

Parece que há mais quem concorde comigo. Na Madeira (onde é que havia de ser?), parece que a recomendação do Sr. Jardim ficava num lugar não elegível. Não há problema nenhum, falamos com as senhoras das quotas, e dizemos que aquilo é só para a fotografia. Só precisamos delas para a campanha e pôr o povinho a pensar que acreditamos nessas merdas da paridade, porque depois, quando for trabalho a sério, claro que só pode ser levado a cabo por um homem, elas demitem-se e entram os cérebros.

 

A notícia pode ser vista aqui, mas quem ma deu em primeira mão foi o blog do Miguel Vale de Almeida.