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Jonasnuts

Jonasnuts

Caro Tó Zé Brito

Jonasnuts, 17.04.09

Como é possível que não conheça o Blog do Enrique Dans, sugiro que subscreva o feed de rss do mesmo, e chamo a sua atenção para este post do autor.

 

Em tendo tempo, passe também pelo CV, podendo verificar que não se trata de um desconhecido e/ou incompetente nestas (e noutras matérias).

 

Se passar pelo Slideshare, é capaz de encontrar uma ou outra apresentação deste autor. Bem sei que lhe custa visitar endereços que contenham a palavra "share", mas faça um esforço, que vale a pena.

 

Compreendo que não ligue nenhuma ao que eu escrevo por aqui, é natural, compreensível, e até denota uma razoável dose de perspicácia. Por isso lhe indico pessoas cuja opinião vale a pena ter em conta. Pessoas que sabem mais e escrevem bem melhor que eu.

 

Destaco (e traduzo), com o mesmo fulgor do autor original, a frase que resume aquela que é a principal dificuldade de compreensão da indústria a que pertence "OS DOWNLOADS NÃO VÃO ACABAR NUNCA".

 

Espero que aprecie a leitura e que esta o inspire. Bom fim-de-semana.

Estou a criar um monstro machista

Jonasnuts, 17.04.09

Todos os dias de manhã faço uma viagem de casa para escola do puto, para o deixar lá e seguir direitinha à minha vida. Ao fim do dia faço quase o percurso inverso. Não é uma distância muito longa, mas em função das horas, são viagens para demorar meia-hora, cada uma.

 

São momentos em que aproveitamos para conversar, para ficar calados, ouvir rádio, e avaliar o trânsito. O facto de viajarmos num Smart contribui para que a comunicação seja mais fácil. Ele está mesmo ali ao lado.

 

Gosto muito de conduzir, e acho que conduzo bem (há alguém que ache que conduz mal?), mas também acho que ao volante vamos (vou?) buscar o que de mais básico há em nós. A minha personalidade que durante o resto do tempo anda mais ou menos controlada, ao volante, deixa de ter controlo. Sou uma pessoa naturalmente agressiva e competitiva, e detesto chico-espertos, burros e lentos. E estas são características complicadas de gerir, quando se está ao volante.

 

Não chamo nomes aos outros condutores, nem praguejo quando ele está no carro (já quando vou sozinha, pareço uma carroceira, a falar com os botões). E apesar de me controlar bastante, principalmente ao nível da linguagem e da velocidade, quando ele vai comigo, há coisas que me saem pela boca fora, e que já não apanho a tempo.

 

Palhaço, caramelo, imbecil, ass hole são coisas que me oiço a dizer. E juízos de valor e de género. Estava-se mesmo a ver que tinha de ser uma mulher ou, eu sabia que tinha ser um gajo com mais de 250 anos, são coisas corriqueiras e que digo com frequência.

 

Hoje, uma "condutora" parada atrás de mim à porta da escolinha desligou o carro e esqueceu-se do travão de mão. Não faria diferença se a rua não fosse inclinada, como é. Estava eu descansadinha com o puto a tirar as coisas do meu porta-bagagens quando vejo o jipalhaço (what else?) a aproximar-se... Empurro o puto para o lado, dou uma murraça no capot do jipe, e a coisa lá parou. Muitas desculpas, muito atrapalhada, saiu do carro para ver se estava tudo bem, enfim, o expectável. Terminada a sessão, e já cada uma para seu lado, oiço o puto:

 

- Tinha de ser uma mulher!

As minhas desculpas, antecipadas, a todas as namoradas que o meu filho vai ter, mas olhem, aprendam a conduzir.