Acho que fui promovida
Acho que um dos meus últimos posts, mais exactamente aquele do "supônhamos" foi apelidado de "insulto brejeiro e soez". Confesso que tive de ir ver o que é que soez queria dizer. Os Blogs como espaço de cultura e educação, neste caso a minha. Soez quer dizer vil, torpe ou ordinário.
Acho que nunca tinham tentado insultar-me de uma maneira tão fina. Adoro gente educada. Ainda por cima, quem o fez, não escreveu aqui, provavelmente com medo de ser conspurcado pela minha "soezidade", o que se compreende, de resto. Provavelmente não pretendeu dignificar o meu post com uma resposta. É natural.
Foi sobre o post do estudo das meninas "investigadoras", e foi num comentário aqui. Mais exactamente, aqui. Aliás, para quem seguiu o tema, recomendo a visita. Para quem não seguiu o tema, recomendo a visita na mesma, ao blog em geral.
Aparentemente o tom do meu post não foi bem recebido:
"sinto uma grande tristeza por ver este espaço usado para dar expressão a vozes que não sabem merecer ser ouvidas (quem tem - ou acha que tem - argumentos válidos não precisa de fazer o que a senhora que o Pedro achou por bem referenciar faz)."
(a senhora, acho que sou eu).
Por acaso, a senhora (juntamente com outros dos presentes), no encontro de Blogs da Católica apresentou os seus argumentos que foram, na altura, aparentemente, anotados pelas "investigadoras" presentes. A senhora colocou todos os dados estatísticos da plataforma de Blogs do SAPO à disposição de qualquer investigador que quisesse trabalhá-los. À senhora (e restantes presentes) foi dito, pelas "investigadoras", que aquela apresentação era transitória, e que os comentários, por terem sido considerados relevantes, iriam ser dignos de debate e eventual introdução na apresentação final no Congresso de Ciberjornalismo.
Aparentemente a forma incomodou. Não estranho, a forma era, de facto, altamente irónica e, concedo, jocosa. O que estranho é que haja tal reacção à forma, e nenhuma reacção ao conteúdo.
No essencial, e de forma pouco jocosa: as "investigadoras" anunciaram uma montanha, e pariram um rato. Mais, passado tanto tempo, e depois de tantas (e mais relevantes que a minha) vozes se terem levantado a contestar a metodologia, o tratamento dos dados, as extrapolações, insistem em que está tudo bem, e que se trata de um estudo científico e não mudam, absolutamente nada. O que fica são as parangonas da montanha.
Gostava de ver uma crítica de jeito feita ao conteúdo do meu post, já que tanto zelo foi colocado em criticar a forma.