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Jonasnuts

Jonasnuts

Publicidade online da boa

Jonasnuts, 24.09.08

Quem melhor me conhece não imaginaria que alguma vez se escrevesse aqui algo sobre publicidade online, boa. Muitos anos a trabalhar em agências de publicidade, utilizadora da Internet há muito tempo, e há já bastante tempo também, a trabalhar com serviços de internet, criaram uma série de exigências e requisitos no que à publicidade diz respeito.

 

Enfim, sou uma chata a verdade é essa.

 

Precisamente por causa disso é que quando vejo um exemplo de boa publicidade, que não abusa das ferramentas online, usando-as em todo o seu esplendor, fazendo-as funcionar a seu favor, derreto-me toda.

 

É o caso desta (têm mesmo de seguir o link)

 

Vão lá ver e depois digam qualquer coisa.

 

Via Celso, no Messenger.

Amanhã é um dia importante para a Blogosfera

Jonasnuts, 24.09.08

E não me refiro à Blogosfera portuguesa, refiro-me à Blogosfera toda.

 

Vai ser votada uma proposta que tem por objectivo clarificar o estatuto dos Blogs. (PDF aqui)

 

Já em Junho (que foi quando esta questão surgiu) falei sobre o assunto, mas pelos vistos não me ligaram nenhuma, lá na UE (não gosto de auto links por isso, se estiverem verdadeiramente interessados, está no arquivo, no final de Junho).

 

A senhora que propõe estas recomendações não tem Blog, e provavelmente conhece poucos Blogs.

 

É a velha história de recusa, perseguição, identificação, registo, cadastro e tentativas de terminar algo que não se compreende, e que não se controla. Se não percebo como é que posso controlar, tenho de regular, para controlar dessa forma.

 

Eu gostava de saber como é que uma proposta destas chega, sequer, a ser apresentada ara votação. Independentemente de ser aprovada ou não, não devia estar, sequer a ser apresentada. Alguém, do grupo parlamentar a que a senhora pertence, devia ter-lhe dado uma palmadinha nas costas e devia ter mandado a senhora fazer outra coisa qualquer. Não me choca muito que uma pessoa, ignorante, certamente, tenha a ideia peregrina de pensar no tema desta forma, mas choca-me pensar que há uma instituição, com poder, que permite que este tipo de imbecilidades cheguem onde esta chegou.

 

Não sei como é que funciona o Parlamento Europeu, mas pelos vistos, não funciona lá muito bem.

 

Sucintamente, a proposta pode ser vista aqui.

 

Reacção de quem interessa

Jonasnuts, 24.09.08

Fruto de trabalhar onde trabalho, consegui pôr as mãos num Magalhães. Parece que hoje no Rádio Clube a questão pode surgir, e eu gosto de saber do que falo. Pelo menos minimamente.

 

Até agora já li muito sobre o Magalhães, na Blogosfera, mas a realidade é que quem está na Blogosfera, não precisa de um Magalhães.

 

O Magalhães é para crianças, principal e especialmente para as crianças que não tiveram ainda uma experiência consistente de utilização de computadores. Crianças do 1º ciclo (6,7,8 e 9 anos), agora alargado às do 2º ciclo (10 e 11 anos).

 

Esta manhã, quando levei o meu filho à escola cheguei demasiado cedo (manias de quem detesta chegar atrasada e ainda não consegue prever o trânsito da marginal). Sentados no carro à espera ele pergunta-me: posso usar o Magalhães? Podes. O meu filho não é o target do Magalhães. Desde sempre que está rodeado por computadores e tem um computador dele, só dele, no quarto dele há, pelo menos, 3 anos. Mas queria brincar. Não precisei de lhe explicar muita coisa. Queixou-se de que era lento.

 

Decidi levar a experiência mais além, e quando entrei na escola, 15 minutos antes de começarem as aulas, levei o Magalhães comigo, e o puto sentou-se no bar, de Magalhães à frente.

 

Os putos pareciam espermatozóides à volta de um óvulo (ia dizer moscas à volta de uma bosta, mas prefiro uma imagem menos escatológica). Curiosos. Os pais, a mesma coisa. Muitas perguntas (dos pais, para mim, dos putos, para o puto).

 

Adorariam ter um, mas o do e-escolas é melhor. Estavam informados. Um deles até já se tinha candidatado ao computador do e-escolas.

 

Para aqueles, daquela escola, que já usam os computadores dos pais e já têm, por isso, experiência, o Magalhães não faz muito sentido, faz mais sentido o do e-escolas, mas para a miudagem que não tem acesso fácil a computadores, este Magalhães não é só um acessório, é uma necessidade.

 

Alguma vez eu havia de ver o dinheiro dos meus impostos aplicado a meu gosto.

Os pais do Magalhães

Jonasnuts, 23.09.08

Anda por aí meio mundo escandalizado porque o computador Magalhães que está a ser disponibilizado desde hoje a muitas das crianças em idade escolar, não vem o controlo parental activado.

 

Parece que vai ser a notícia do dia, e no que diz respeito à Blogosfera, a notícia da semana (aqui essas coisas arrastam-se).

 

Acho muito bem que tenha controlo parental. Como acho bem que tenha outras aplicações. Ora essas aplicações vão ser usadas, chamam-se ferramentas e, em última análise, é para isso que serve o computador, para ser usado.

 

Ora, um computador não funciona sozinho, é uma ferramenta, precisa de alguém que a opere.

É uma ferramenta que pode dar acesso a conteúdos e, como tal, cabe aos pais, definirem quais os conteúdos a que os filhos podem aceder. Não cabe a uma ferramenta (que é falível, como todas as ferramentas) definir o que é que os meninos podem ver ou não.

 

Chamam-se ferramentas de controlo parental por alguma razão. É suposto que haja alguém a fazer o controlo.

 

É suposto que seja o Governo a fazê-lo? Deus me livre. Não quero esse grau de intromissão por parte do Governo.

 

Ah, mas os pais não sabem mexer no computador, dirão os mais assanhados. E eu digo que, se quiserem, portanto, se se interessarem, aprendem, ou vão à cata de informação que lhes permita assumirem a responsabilidade que é, em grande maioria, deles.

 

É a mesma coisa com a televisão. Lá em casa os putos não podem pegar no comando da televisão e começar a fazer zapping. Não podem. É uma regra. Nos computadores lá de casa, existem configuradas umas cenas que lhes barram o acesso quando estão a ser encaminhados para sites que apresentam conteúdos que nós não queremos que eles vejam, ainda.

 

Mais formação para os pais? Sim senhor, acho importante e fundamental. Cursos de técnicas básicas de como consumir conteúdos online? Sim senhor. Evangelizar para a protecção dos dados pessoais como se fossem sagrados? Imprescindível.

 

O difícil, difícil mesmo, seria encontrar pais interessados em adquirir estas competências. As pessoas preferem pôr a culpa em terceiros (seja no governo, nas escolas, nas empresas, nos vizinhos, em qualquer lado) menos assumi-las.

 

Falta dizer que este post começou aqui.