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Jonasnuts

Jonasnuts

Nos bastidores de um Blog

Jonasnuts, 22.03.08
Ter a minha profissão é, muitas vezes, muito porreiro. Dá-me a oportunidade de estar em sítios onde outras pessoas não conseguem estar. Bom, suponho que isso se passe com todas as profissões, mas pronto, é bom fazer o que eu faço.

Um dos últimos sítios onde "estive" foi nos bastidores de um Blog. Desde o princípio, e por causa de motivos mais burocráticos que outros, fui adicionada à lista de destinatários dos autores, e por lá fui ficando, esquecida, provavelmente :)

Eu não sei como é que funcionam os Blogs multi-autores. Participo num, o Blog Oficial dos Blogs, mas os autores estão todos no mesmo sítio, sentamo-nos no mesmo espaço, o que não deve ser comum. Não sei se costumam funcionar por mail, por telefone, por messenger, por lista, não faço a mínima ideia. Sei que estes autores se "organizam" por mail.

E, meus senhores, a julgar pela conversa de bastidores (só os bastidores já davam um blog), é desta que vou, finalmente e depois de muitos anos, entregar-me de alma (que de corpo já me entreguei há muito tempo, que remédio) à Sinusite Crónica.


M'espanto às vezes, outras m'avergonho

Jonasnuts, 20.03.08
Bem sei que este título foi celebrizado por uma personalidade blogosférica (e não só), mas neste caso representa muito bem o meu estado de espírito face ao vídeo incontornável destes dias.

O link do vídeo, para qualquer incauto que por aí ande mais distraído, está aqui, é ir lá ver. Refiro-me obviamente ao vídeo da sala de aula, em que uma professora e uma aluna se digladiam para gáudio de quem assiste, impávido e sereno (e registando a coisa para a posteridade, abençoado Youtube, só tenho pena que a escolha de plataforma não tenha sido outra).

Não sou professora, nem nunca fui (a não ser pontualmente), e ainda bem, não só porque não tenho vocação e preservo muito a minha (já pouca) sanidade mental, como não duraria nem dois dias. Não é para mim.

Tenho no entanto contactado com muitos professores ao longo da minha vida, primeiro como aluna, agora mais recentemente como mãe de um estudante, e pela vida tenho encontrado professores.

Só se espanta com aquelas imagens quem está distante do panorama nacional. Há uns anos (mais de 10), vi e foram-me descritas cenas semelhantes e piores, que aconteciam vulgarmente numa escola primária (repito, primária) da grande Lisboa. lembro-me de ter visitado essa escola, onde uma amiga dava aulas (e era directora), e recordo-me de ficar espantada com a falta de respeito que era palpável. Estamos a falar de uma escola primária, reforço, onde os miúdos tinham 6, 7, 8, 9, 10, 11 anos, por aí (sim, havia mais velhinhos, porque se tinham atrasado).

Cá para mim andou toda a gente a ver muito high school musical, e muito O.C. e agora está tudo escandalizado, porque nas nossas escolas são possíveis cenas como aquelas que atingiram hoje as luzes da ribalta. Wake up, aquilo era para meninos. Há casos de professores a acabar nas urgências dos hospitais, professores com carros vandalizados, psicologicamente ameaçados por alunos e respectivos pais, é uma selva.

Portanto, não se espantem tanto, não se escandalizem com tanta facilidade, há tanto mais com que se podem, verdadeiramente escandalizar, as instalações das escolas, os pais das criancinhas, as criancinhas, os professores, as políticas..... é capaz de ser mais fácil enumerar as coisas que não escandalizam.

Neste caso em específico, eu tinha pregado dois tabefes na aluna e a minha carreira de docente tinha acabado naquela hora.

Gostava de saber o que é que vai acontecer. Aquela professora não tem a menor possibilidade de se fazer respeitar naquela escola (ainda teria essa possibilidade antes do vídeo?), aquela aluna será uma heroína nacional junto da classe estudantil e será, certamente, venerada pelos seus pares.

Portanto, senhoras e senhores, tirem da cara esse ar de virgens ofendidas, isto é uma ligeira, ligeiríssima demonstração do dia-a-dia nas escolas. Querem escandalizar-se a sério? Procurem bem. Às vezes nem é preciso sair de casa.

Nas ondas da rádio

Jonasnuts, 20.03.08
Sempre gostei muito de rádio. Sempre gostei, desde miúda. Provavelmente porque lá em casa se ouvia muita rádio. Rádio Comercial, todas as manhãs com o Zé Ramos, e à noite com o Rui Morrison, e aos Sábados com o Pão com Manteiga, e o Luís Filipe Barros, e o António Sérgio. É também (mas não só) por isso que provavelmente me mantenho ouvinte, embora divirja por outras paragens.

Mais tarde fiz rádio. Nada de extraordinário. Era um programa semanal, de duas horas, aos Domingos. Todo meu, rédea solta. Era uma rádio regional (das regionais a que tinha mais audiência), mas até os discos eram meus.

Hoje em dia, quando entro numa rádio consigo sempre cheirar o éter. Nos hospitais enjoa-me, nas rádios enebria-me. Há algo na rádio que me atrai. Não gosto de aparecer, mas gosto de rádio. É estranho.

Noutro dia fui convidada no programa da Maria de Vasconcelos, no Rádio Clube, e revivi um bocadinho o espírito. Foi bom, acima de tudo pela companhia, confesso :)

Isto tudo para dizer que no Domingo, às 11h0, na Antena 1, vou estar à conversa com o Pedro Rolo Duarte.

Depois ponho aqui o ficheiro.

Talvez um dia eu volte à rádio :)

Como diria o Rodrigo, coisinhas boas recebidas por email

Jonasnuts, 19.03.08
"aparte: sabes que já por várias vezes me perguntaram quanto é que o Sapo me pagou para mudar para a “nossa casa”? eu penso que deve ser por estares a apanhar todos os “who counts” que os “who-cunts” pensam isso e creio que nem te seja desconhecido este “mito”, mas mesmo assim achei por bem comentar"

O autor que se acuse se quiser, que eu sou pouco de ser indiscreta, além de que não concordo quando ele diz que estou a "apanhar" todos os who counts. Ainda há muitos who counts para apanhar.