Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Jonasnuts

Jonasnuts

Traz outro amigo, também

Jonasnuts, 22.04.24

Screenshot 2024-04-22 at 12.55.43.png

Este ano, como todos os anos, mas mais do que em todos os anos, é preciso muita gente a descer a avenida.

Arrebanhem aqueles amigos que sempre quiseram, mas nunca foram.

Convençam os hesitantes.

Expliquem a quem não gosta de ajuntamentos, que é só uma vez por ano.

Digam como é pacífico e alegre e que ninguém é obrigado a porra nenhuma.

Mostrem que podem ir onde quiserem.

Provem que é apartidária.

 

Este ano, temos de encher a avenida, várias vezes, muitas vezes.

 

Porque não passarão.

 

Porque eles são um milhão.

Porque eles são muitos, mas nós somos mais, porra.

No-reply

Jonasnuts, 11.04.24

Este é um post que me está atravessado há muito tempo. Há anos, mesmo. Mas acabou por nunca acontecer, até hoje.

 

Enquanto consultora para a área de comunicação digital, é minha competência, responsabilidade e dever, aconselhar os meus clientes, no que diz respeito a todas as vertentes da comunicação digital, quer com os seus clientes, quer com a sua audiência e restantes stakeholders.

 

Um dos meus mantras é: "nunca se deve desperdiçar uma oportunidade de contacto". Seja qual for o canal, todos o potencial meio de contacto deve ser valorizado e integrado no pipeline de atenção e resposta.

Pensei que isto fosse óbvio, uma espécie de lapalissada, um mantra generalizado por todos aqueles que trabalham em comunicação em geral, e em comunicação digital em particular.

 

Desde sempre que nos "meus" serviços todos os canais eram merecedores de atenção. Mail, mensagens, comentários num blog, tweets, comentários de facebook ou instagram, telefone, presencial, etc....


É por isso com muita estranheza que encontro com muita frequência mails cujo remetente é um no-reply. Normalmente são mails que sou obrigada a receber, por parte de fornecedores de serviços. Não só, mas sobretudo. E é sempre com muita perplexidade que vejo o no-reply no remetente.

O que é que passa pela cabeça destas pessoas, destas equipas de comunicação, das consultoras que as servem, desperdiçar desta forma uma oportunidade de comunicação?

 

Para mim, isto é um erro colossal de comunicação empresarial. Num momento em que as marcas lutam por conseguir a atenção das pessoas, investem milhões em marketing e publicidade e descuram uma forma tão óbvia de potencial de contacto com os destinatários dos seus mails. Lá está, são empresas antigas, que ainda alinham pela comunicação unidirecional, em vez de avançarem até ao século XXI, compreendendo que a bidirecionalidade da comunicação é o futuro (enfim, para algumas empresas é já o presente).

E porque é que este post, que está para ser escrito há tanto tempo, é escrito hoje? 

Porque a Galp me mandou um mail, com uma continha para pagar. Como habitualmente, o mail tem um anexo em PDF e, também como habitualmente, o remetente do mail é um no-reply.

E o anexo diz o seguinte:

IMG_1071.jpg

Gostava muito de explicar à Galp que quem gerou o pdf se enganou, e usou uma fonte proprietária, sem que tenha identificado uma alternativa, o que faz com que qualquer pessoa que não tenha esta fonte instalada, não consiga ler o documento. Gostava de explicar, mas não consigo, porque o remetente desta mensagem é um no-reply.

 

E reparem, a Galp até quer muito que eu seja sua cliente em mais áreas do consumo energético do que apenas no gás, e passa a vida a dizer-me isso (de forma muito irritante e intrusiva, diga-se), em anúncios online. Mas este canal de comunicação, barato, óbvio e eficaz, não valoriza.

Há casos em que o no-reply pode fazer sentido. Mas na maioria dos casos em que é usado, não só não faz o menor sentido, como é um desperdício.

Há mais casos de mantras e lapalissadas que eu sempre julguei óbvias, mas que tenho descoberto que afinal não são tão óbvias como isso.

Dedicar-lhes-ei algum tempo, brevemente.

 

João Abel Manta

Jonasnuts, 08.04.24

3.jpg

Não é de hoje, a admiração que nutro por João Abel Manta. Vem de há muitos anos, de quando ainda não sabia quem ele era, mas já lhe admirava a obra. Mesmo miúda, muitas mensagens conseguiam chegar. Não todas, evidentemente, mas muitas. 

 

Ao longo dos anos, tenho vindo a saber mais coisas, a conhecer mais, a aprofundar. Exposições, artigos, entrevistas (que evito muito, porque cada vez menos quero conhecer os artistas cuja obra me é fundamental - mas nunca desiludiu). E quanto mais conheço, mais gosto, e mais me espanto com o génio, e mais perplexa fico com o relativo desconhecimento dos portugueses, em relação a um dos mais geniais artistas portugueses. Ia dizer "da sua geração", mas ultrapassa largamente essa definição.

 

Isto tudo a propósito da exposição "Livre", que inaugurou no sábado, no Palácio Anjos, em Algés.

 

64222AF2-568A-4563-AA5C-95C86A0DBEC9.JPG

Moro quase ao lado, mas soube da coisa pelo facebook do curador, o Pedro Piedade Marques, de quem sou amiga de Facebook sabe-se lá por que portas e travessas, mas que tem sido o meu farol e barómetro, no que ao trabalho de João Abel Manta diz respeito.

 

Por isso, soube que na inauguração iria haver uma visita guiada, pelo Pedro Piedade Marques, pelo Jorge Silva e pela Mariana Manta (sem link, porque os que encontrei são pessoais), marquei na agenda e reservei a tarde. 

 

Não me arrependi. Uma visita muito rica, despretensiosa, acessível (tenho sempre imenso receio daquilo a que chamo a intelectualidade aguda, que faz com que algumas visitas se tornem meros exercícios de exibicionismo, que servem muito mal quer o público quer os artistas sobre quem se fala), e é sempre um gosto ouvir falar pessoas que percebem da poda, e se entusiasmam a falar da poda. Aprendi imenso e as mais de duas horas que durou pareceram poucos minutos.

Já tinha levado o puto à de Cascais (adorou), hei-de levá-lo também a esta. 

E já tenho marcada uma visita ao Museu de Gouveia, no dia 18 deste mês. 

Quem estiver por perto, que espere mais uns dias, que no dia 25 inaugura uma exposição nova, e um mural de homenagem à obra de João Abel Manta.

 

Quase no fim, mais uma perplexidade. Como é que é possível que não haja um Museu João Abel Manta? Em Lisboa, já agora, que foi a sua cidade (apesar de ser um homem do mundo).

Porque é que não há um espaço fixo, dedicado à divulgação da vida e obra deste genial artista?

Para terminar....... um pedido :-) 

Reproduções a preço acessível. Eu consegui arranjar dois cartazes, que tenho na sala, mas não só são reproduções muito ranhosas e impressas num papel  que não deve durar muito, como são poucas as coisas que se conseguem encontrar. 

Olha...... era a loja do museu :-)

 

 

 

Diagnósticos

Jonasnuts, 27.03.24

From_this_moment_despair_ends.jpg

Sempre gostei de informação. 

Estar informada acerca de algo, permite-me tomar melhores decisões. Lá está, decisões informadas.

 

Um diagnóstico, é informação.  Sobre nós, quando nos autodiagnosticamos ou quando recebemos um diagnóstico. Sobre os outros, quando os diagnosticamos ou partilham connosco um diagnóstico.

Um diagnóstico permite-nos conhecermo-nos melhor, identificar problemas, características, comportamentos, e agir, com base nessa informação, no sentido que queremos. Seja o de resolver problemas, alterar comportamentos (ou reforçá-los). Somos, na maior parte dos casos, muito mais do que apenas um diagnóstico, ou um conjunto de diagnósticos, mas tenho vindo a aprender que uma das primeiras coisas que devíamos fazer, na vida, era conhecermo-nos a nós próprias. E, nesse caminho, há diagnósticos que ajudam.

 

No caminho de nos conhecermos melhor, também importa, às vezes, conhecer melhor as pessoas de quem escolhemos estar próximas. Diagnosticá-las. É uma forma de as conhecer melhor, mas também de nos conhecermos melhor.

 

Tenho chegado a alguns diagnósticos, ultimamente. Póprios e alheios.

Tenho descoberto que os diagnósticos são, para mim, altamente libertadores.

 

Viva os diagnósticos.

Viagens na minha terra

Jonasnuts, 12.03.24

JonasNC10062021.jpg

Era para ter sido no final do ano passado, mais tardar início deste ano, mas é agora.

2023 foi o ano em que mais km fiz. Um trabalho que implicou muitas deslocações, para dar formação, e que me permitiu conhecer um bocadinho melhor (e em alguns casos, conhecer pela primeira vez) Portugal continental.

 

Nada de extraordinário, isto, não fosse dar-se o caso de ter feito todas as viagens de mota. Continua a não ter nada de extraordinário para o resto do mundo, mas é extraordinário para mim, que há meia dúzia de anos mal andava de bicicleta. Um post específico sobre isto, um destes dias.

Póvoa de Lanhoso, Tomar, Cartaxo, Valongo, Santa Comba Dão, Quarteira,  Guimarães, Braga, Viana do Castelo, Viseu e Coimbra (entre outros, mais perto e que não justificam presença na lista).

Mais de 6.000km, por estradas e auto-estradas, nem sempre com o tempo suficiente para visitas turísticas, mas mesmo assim, deu para conhecer muita coisa que não conhecia ainda.

Tanto sítio para onde me mudava já amanhã, sem pensar duas vezes.

Mas este é um post para assinalar km percorridos com a minha Maria.

Também teria dado para fazer de carro, mas não teria sido tão divertido (embora, devo confessar, em alguns casos, teria sido mais confortável - viajar à noite, de inverno, de mota, a chover e com frio e com vento não é o meu petisco preferido).

 

Mas foram km feitos, experiência ganha, para poder atirar-me a voos mais altos. Talvez no ano que vem :-)